Presidente dos
Correios prevê 90 dias cruciais
VALOR ECONÔMICO
30/3/17
30/3/17
Os próximos 90 dias serão
"cruciais" para a definição do futuro dos Correios. O presidente
da estatal, Guilherme Campos, disse ontem que após esses três meses será
possível avaliar os resultados das medidas de restruturação da companhia e
corte de despesas, que incluem a revisão de benefícios oferecidos aos
funcionários. Campos considera que a questão mais urgente para a superação da
crise financeira dos Correios é a revisão do plano de saúde dos empregados, em
que 93% dos custos ficam com a estatal e outros 7% com o corpo funcional.
Segundo ele, o benefício representou R$ 1,8 bilhão do total de R$ 2 bilhões de
prejuízo registrado em 2015.
Em audiência pública no Senado, o presidente da estatal disse que a discussão sobre o plano de saúde poderá ser levada à Justiça se as negociações não avançarem essa semana. Ontem, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, voltou a dizer que a empresa pode ser privatizada se não superar as dificuldades financeiras. Apesar de admitir a gravidade da crise, Campos preferiu não comentar a possibilidade de transferir o controle para o setor privado.
Com o desafio de sanear as finanças, a estatal já acionou o departamento jurídico para avaliar a viabilidade de promover "demissões motivadas", apesar de os empregados contarem com um plano de estabilidade, conforme informou o Valor na segunda-feira. O levantamento preliminar indicou a necessidade de desligar até 25 mil funcionários. Campos informou que os Correios têm buscado diferentes saídas para equilibrar as contas da companhia. No ano passado, uma consultoria com experiência na restruturação de empresas de serviços postais foi contratada. "Se isso não for feito rápido, eu temo pela descontinuidade da empresa. Por isso, estamos num esforço muito grande de implementar neste ano tudo que não foi feito nos últimos dez", disse. Os Correios negociam contratos com órgãos federais para obter remuneração por meio do compartilhamento dos pontos de atendimento. O presidente da estatal disse que já se reuniu com representantes da Caixa para discutir possíveis parcerias. "Por que não ter uma loteria postal? É uma alternativa que aproveita a nossa capilaridade e abrangência nacional", afirmou.
Em audiência pública no Senado, o presidente da estatal disse que a discussão sobre o plano de saúde poderá ser levada à Justiça se as negociações não avançarem essa semana. Ontem, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, voltou a dizer que a empresa pode ser privatizada se não superar as dificuldades financeiras. Apesar de admitir a gravidade da crise, Campos preferiu não comentar a possibilidade de transferir o controle para o setor privado.
Com o desafio de sanear as finanças, a estatal já acionou o departamento jurídico para avaliar a viabilidade de promover "demissões motivadas", apesar de os empregados contarem com um plano de estabilidade, conforme informou o Valor na segunda-feira. O levantamento preliminar indicou a necessidade de desligar até 25 mil funcionários. Campos informou que os Correios têm buscado diferentes saídas para equilibrar as contas da companhia. No ano passado, uma consultoria com experiência na restruturação de empresas de serviços postais foi contratada. "Se isso não for feito rápido, eu temo pela descontinuidade da empresa. Por isso, estamos num esforço muito grande de implementar neste ano tudo que não foi feito nos últimos dez", disse. Os Correios negociam contratos com órgãos federais para obter remuneração por meio do compartilhamento dos pontos de atendimento. O presidente da estatal disse que já se reuniu com representantes da Caixa para discutir possíveis parcerias. "Por que não ter uma loteria postal? É uma alternativa que aproveita a nossa capilaridade e abrangência nacional", afirmou.
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