Presidente dos
Correios tenta evitar paralisação
VALOR ECONÔMICO
25/4/17
O presidente dos Correios, Guilherme Campos, tem dedicado boa parte de sua agenda às tratativas com os sindicalistas a fim de convencer os funcionários da estatal a não paralisar os trabalhos neste momento.
"Uma greve agora seria horrível para os
Correios. Jogaria por terra todo o esforço que fizemos até aqui para
honrarmos os nossos compromissos", afirmou o presidente ao Valor se
referindo à paralisação evitada no fim do ano passado.
Os trabalhadores dos Correios já foram convocados por sindicatos da categoria para decidir amanhã sobre a possibilidade de dar início a uma greve, em meio a uma situação financeira delicada enfrentada pela estatal. Se aprovada, a paralisação dos trabalhos terá início no mesmo dia da realização da assembleia, com suspensão imediata das atividades pelos funcionários do turno da noite.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), José Rivaldo da Silva, afirmou que o movimento grevista surgiu porque a categoria não aceita mais assistir a "perdas de direitos" para ajudar sozinha a estatal a enfrentar a atual situação de dificuldade financeira. Para o dirigente sindical, a diretoria da estatal precisa apresentar aos trabalhadores uma estratégia convincente de recuperação do negócio.
Nos últimos anos, os Correios tentam levar a frente um plano de modernização das atividades para reduzir a dependência da receita com serviços postais. Embora atue com exclusividade no mercado de entrega de correspondências, o serviço tem cedido espaço às novas tecnologias.
Hoje, além da diminuição de receita na entrega de cartas, a estatal ainda sente os efeitos do rombo no fundo de pensão dos funcionários (Postalis) e enfrenta dificuldade em avançar na negociação com os empregados sobre a divisão de despesas crescentes do plano de saúde, que neste ano deve chegar a R$ 1,8 bilhão. No ano passado, o benefício custou R$ 1,6 bilhão.
O dirigente da Fentect acha difícil ceder aos apelos do presidente enquanto a diretoria da estatal tem tomado decisões contrárias aos interesses da categoria. Ele mencionou a produção de um parecer jurídico que possibilitaria a demissão de trabalhadores concursados, a suspensão de férias para conter gastos e o recente pedido ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que intervenha nas negociações sobre o custo do plano de saúde.
"Os motivos da greve são muito frágeis. Os trabalhadores precisam cair em si e se dar conta que o plano de saúde de hoje consome 10% do faturamento", disse Campos. Para ele, o gasto com pessoal precisa ser revisto para que a estatal dê seguimento a sua reestruturação, que já deve mostrar resultado ao longo dos próximos meses.
O presidente dos Correios avalia que a estatal precisa urgentemente elevar a produtividade com investimento na área operacional. "Nosso crescimento no setor de encomendas está abaixo do mercado como um todo. Precisamos de mais investimento em automação e tecnologia da informação".
Campos afirmou que, sem poder contar com recursos do governo, tem buscado parcerias e financiamento oferecido pelos próprios fornecedores. Além disso, tem conversado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES) para financiar a compra do novo maquinário.
Os trabalhadores dos Correios já foram convocados por sindicatos da categoria para decidir amanhã sobre a possibilidade de dar início a uma greve, em meio a uma situação financeira delicada enfrentada pela estatal. Se aprovada, a paralisação dos trabalhos terá início no mesmo dia da realização da assembleia, com suspensão imediata das atividades pelos funcionários do turno da noite.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), José Rivaldo da Silva, afirmou que o movimento grevista surgiu porque a categoria não aceita mais assistir a "perdas de direitos" para ajudar sozinha a estatal a enfrentar a atual situação de dificuldade financeira. Para o dirigente sindical, a diretoria da estatal precisa apresentar aos trabalhadores uma estratégia convincente de recuperação do negócio.
Nos últimos anos, os Correios tentam levar a frente um plano de modernização das atividades para reduzir a dependência da receita com serviços postais. Embora atue com exclusividade no mercado de entrega de correspondências, o serviço tem cedido espaço às novas tecnologias.
Hoje, além da diminuição de receita na entrega de cartas, a estatal ainda sente os efeitos do rombo no fundo de pensão dos funcionários (Postalis) e enfrenta dificuldade em avançar na negociação com os empregados sobre a divisão de despesas crescentes do plano de saúde, que neste ano deve chegar a R$ 1,8 bilhão. No ano passado, o benefício custou R$ 1,6 bilhão.
O dirigente da Fentect acha difícil ceder aos apelos do presidente enquanto a diretoria da estatal tem tomado decisões contrárias aos interesses da categoria. Ele mencionou a produção de um parecer jurídico que possibilitaria a demissão de trabalhadores concursados, a suspensão de férias para conter gastos e o recente pedido ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que intervenha nas negociações sobre o custo do plano de saúde.
"Os motivos da greve são muito frágeis. Os trabalhadores precisam cair em si e se dar conta que o plano de saúde de hoje consome 10% do faturamento", disse Campos. Para ele, o gasto com pessoal precisa ser revisto para que a estatal dê seguimento a sua reestruturação, que já deve mostrar resultado ao longo dos próximos meses.
O presidente dos Correios avalia que a estatal precisa urgentemente elevar a produtividade com investimento na área operacional. "Nosso crescimento no setor de encomendas está abaixo do mercado como um todo. Precisamos de mais investimento em automação e tecnologia da informação".
Campos afirmou que, sem poder contar com recursos do governo, tem buscado parcerias e financiamento oferecido pelos próprios fornecedores. Além disso, tem conversado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES) para financiar a compra do novo maquinário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário