sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Expertise não é desculpa!

Expertise pode ser conceituada como:
- competência ou qualidade de especialista;
- característica ou particularidade de especialista.

A "ausência de expertise" nos quadros próprios tem sido usada como argumentação para a contratação de pessoas sem concurso público pela ECT.  É o caso dos Assessores Especiais, cuja remuneração só é inferior à de Superintendentes Executivos.

A mesma argumentação – falta de expertise - deve ser usada também para trazer servidores de órgãos da administração direta “cedidos”. É o caso dos técnicos que são importados de diversos órgãos nada relacionados à atividade postal, para aqui ocuparem elevadas posições de assessoria e até de chefia executiva, multiplicando por várias vezes seus vencimentos da origem. Que expertises inexistentes entre os 120.000 trabalhadores dos quadros próprios um professor universitário ou um técnico de nível médio de Ministério, por exemplo, aportariam à ECT? A direção da Empresa não responde, certamente porque entende que não precisa explicar a acomodação por aqui de "amigos do poder".

A argumentação da “falta de expertise” não resiste a um sopro, pois a ECT dispõe em seu quadro próprio de milhares de profissionais qualificados nas mais diferentes especialidades, sem contar a experiência nos negócios e operações postais. E muitos desses profissionais estão subaproveitados, porque foram “encostados” em atividades de menor relevância para “dar espaço” à designação de outros trabalhadores “mais alinhados”. Essa, aliás, deve ser uma das principais razões do aumento das despesas com pessoal, o que seria comprovado se fosse devidamente analisado.

Cada assessor especial ou servidor cedido que ocupa uma alta posição na Empresa nos custa perto de meio milhão de reais por ano, desnecessariamente.

Assim, em vez de economizar protelando um mais que necessário concurso público para repor vagas que são abertas, a direção da Empresa deveria olhar para o quanto economizaria se soubesse utilizar a expertise dos trabalhadores do quadro próprio e não precisasse importar assessores especiais e cedidos, para montar verdadeiros feudos como os que existem em algumas vice-presidências, com destaque para a que jamais deveria dar esse mau exemplo.

Se a direção da Empresa quer economizar com pessoal, que comece a dar o exemplo e não culpe os trabalhadores pelo aumento das despesas com pessoal e nem os faça pagar pelo que se gasta a mais desnecessariamente com assessores especiais ou cedidos.


Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.
30/01/2015 - Notícias sobre os Correios

Funcionários dos Correios entram em greve no Rio Grande do Sul

Globo.com G1
29/01/2015

Os trabalhadores dos Correios estão em greve a partir desta quinta-feira (29) no Rio Grande do Sul. A paralisação foi decidida em assembleia da categoria. Os servidores querem negociar com a empresa a entrega de cartas e encomendas pela manhã e a contratação de funcionários através de concurso. A manifestação abrange quase todo o estado, exceto Santa Maria, e deve se estender até esta sexta-feira (30).

A greve começou à meia-noite desta quinta-feira (29) e é organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telegrafos do RS (Sintect-RS). Durante a manhã, os grevistas estarão em frente aos locais de trabalho chamando colegas para aderirem ao movimento. Às 10h está prevista uma concentração na Igreja Pompeia, no Centro da capital, e logo depois uma caminhada será relizada até a sede dos Correios, na Avenida Siqueira Campos.

Segundo o secretário-geral do Sintect-RS, Vítor Rittmann, a categoria reivindica melhores condições de trabalho e critica as condições de serviço, como falta de servidores e o calor enfrentado pelos carteiros durante as entregas.

“Buscamos o diálogo e temos tentado negociar com a empresa. Mas ela ignora as reivindicações dos trabalhadores, mantém as dobras, a entrega pela tarde e não cogita uma solução para a falta de pessoal. Há muitos trabalhadores adoecidos pelas precárias condições de trabalho e pela falta de trabalhadores”, argumenta.

Os Correios informaram, através da assessoria de imprensa, que nenhuma unidade da empresa deixou de funcionar e que não há barreiras impedindo saída de trabalhadores. O serviço Sedex foi mantido normalmente. Segundo a empresa, a paralisação é localizada e atinge municípios que são base do Sintect-RS. A assessoria também informou que está negociando com a categoria e que cumpre os compromissos firmados no acordo coletivo de trabalho.

Correios comercializará produtos licenciados dos Jogos Rio 2016

Correios
27/01/2015

Patrocinadores e Operadores Logísticos das Olimpíadas de 2016, os Correios assinaram contrato de licenciamento com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A iniciativa permite à estatal utilizar as marcas oficiais das Olimpíadas e do Time Brasil em produtos filatélicos e de conveniência.

A ação reforçará a marca Correios no evento e prevê, para o final de março, o lançamento da primeira emissão filatélica, composta por dez selos sobre as modalidades Olímpicas e Paralímpicas, com tiragem de 2.400.000 unidades.

Além das emissões de selos especiais, os Correios estudam a possibilidade de lançamento de outros produtos licenciados, fortalecendo, assim, sua presença nas Olimpíadas 2016.

Governo deve diminuir publicidade em vez de aumentar impostos, diz leitor

Painel do Leitor - Folha SP
21/01/2015

O governo, para aumentar a receita, só sabe aumentar os impostos. Jamais cortará despesas do tipo cargos de confiança, mordomias, cabides de empregos e tantas outras inutilidades. Todos os jornalistas e comentaristas denunciaram essa aberração, porém... Que curioso! Nenhum deles sugeriu que o governo cortasse as bilionárias verbas de publicidade oficial. Deve ser porque a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa e os Correios são, por coincidência, os patrocinadores dos noticiários onde eles têm seus empregos.

FERNANDO FABBRINI (Belo Horizonte, MG)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Postalis e Postal Saúde
  
Alguns associados têm indagado por que a ADCAP, ao mesmo tempo em que vem criticando veementemente a situação do POSTALIS e da Postal Saúde, noticia agora que apoia candidatos inscritos nas eleições das respectivas entidades. 

A resposta é que, embora a ADCAP não concorde com a maneira pela qual a Postal Saúde foi constituída e nem com a forma como são geridos o Postalis e a Postal Saúde, entende que uma das formas de começar a mudar esse quadro, ou de evitar que piore, é escolhendo bons candidatos para estarem nos conselhos deliberativo e fiscal. 

Assim, o apoio aos candidatos não esvazia nem esmorece de forma nenhuma as ações incisivas que a associação vem tomando contra os desmandos, prejuízos e aparelhamento político-partidário dessas instituições.  

A ADCAP continuará cobrando a intervenção no POSTALIS, o não compartilhamento dos débitos do serviço passado - RSTA e a responsabilização da Empresa pelos prejuízos causados ao plano BD saldado, já que é a patrocinadora que lá coloca os dirigentes e que tem, no Conselho Deliberativo, o voto de Minerva. 

De forma análoga, a ADCAP continuará questionando a forma como foi constituída a Postal Saúde, o atual estado de sucateamento desse importante benefício -  conquista dos trabalhadores, cobrando a regularização imediata dos serviços médicos, hospitalares e odontológicos. 

A ADCAP espera que os novos conselheiros façam jus à importância das cadeiras que ocuparão e estejam alinhados na busca de melhorias e de bons resultados no Postalis e na Postal Saúde

Veja mais a respeito da atuação da ADCAP no site da associação, em http://www.adcap.org.br


Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Eleições Postalis e Postal Saúde


Prezado Associado,

Você tem acompanhado a atuação da ADCAP em relação a dois temas muito importantes para todos os trabalhadores dos Correios e para os nossos associados: Postalis e Postal Saúde. A posição da ADCAP é de que os problemas de gestão das duas instituições têm levado a perdas de benefícios e qualidade nos atendimentos. Há somente um responsável - a Direção dos Correios.

Neste sentido, temos participado ativamente das campanhas para a eleição de representantes comprometidos, efetivamente, com os interesses dos trabalhadores. Candidatos sérios, combativos e que não se acomodarão com esse estado de desmando e gestão ruinosa dos nossos dois maiores benefícios - nosso plano de saúde e nosso fundo de pensão - ambos estão quase na insolvência.

Para os Conselhos do Postalis: Deliberativo e Fiscal os candidatos apoiados pela ADCAP são o Sérgio Bleasby e Angelo Donga, respectivamente. Para a futura eleição dos representantes na Postal Saúde estamos finalizando nossas tratativas com outras entidades e divulgaremos, oportunamente, os candidatos apoiados.

Como estamos recebendo apoio para os nossos candidatos ao Postalis, também iremos apoiar os candidatos indicados pelas entidades parceiras da ADCAP, de modo a termos nesses Colegiados, tanto do Postalis como da Postal Saúde legítimos representantes dos trabalhadores. Em razão desses encaminhamentos, não realizaremos prévias para a eleição da Postal Saúde, na medida que estaremos apoiando candidatos dessas entidades parceiras da ADCAP. 


Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Dia do Carteiro

Poucas profissões estão tão próximas dos destinatários finais de seu trabalho quanto a do Carteiro. Levando as cartas e encomendas até os domicílios dos clientes, o Carteiro é recebido nos lares e empresas como parte da família ou da equipe. Sua eventual ausência é sentida, sendo comum ouvir nessas ocasiões a pergunta “onde está o ´nosso´ carteiro"?
Com a responsabilidade de “embaixador dos Correios”, o Carteiro tem a missão de fazer a parte final de um trabalho que mobiliza milhares de outros trabalhadores, veículos terrestres, aeronaves, máquinas de triagem e outros equipamentos que, de forma sincronizada, permitem que os objetos postais cheguem a todos os cantos do Brasil.
Como nosso representante na “hora da verdade”, o Carteiro é muito importante.
Neste dia 25 de janeiro, a ADCAP gostaria, portanto, de parabenizar todos os Carteiros dos Correios, pelo transcurso do “Dia do Carteiro”.


Parabéns! 

Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Dia do Aposentado




Amanhã dia 24 é comemorado o "Dia do Aposentado".

A ADCAP cumprimenta todos os aposentados dos Correios, que contribuíram com seu trabalho para a construção de um serviço postal efetivo e útil à sociedade brasileira, e deseja-lhes saúde, alegrias e boas realizações nessa nova etapa de vida.

A ADCAP também reafirma sua disposição de lutar pela preservação dos benefícios a que os aposentados dos Correios têm direito, especialmente os relacionados a previdência privada (Postalis) e assistência médico-hospitalar e odontológica (Postal Saúde), reafirmando que a nossa posição é de que os desequilíbrios financeiros nestas instituições, que geram insegurança aos milhares de aposentados e seus familiares é fruto de gestões equivocadas e de total responsabilidade da empresa patrocinadora.

Parabéns a todos os aposentados dos Correios!



Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Esclarecimento sobre o caso DNIT X 

CORREIOS



Prezados Associados,

Na última semana, como fizemos as segundas, quartas e sextas, publicamos um clipping contendo todas as notícias veiculadas na imprensa nacional, que versem sobre Correios, Postalis e Postal Saúde.

Uma dessas notícias, publicadas em diversos jornais e blogs, tratava de um caso do DNIT e Diretoria Regional da ECT em Brasília, que envolvia o nome do nosso Associado Alberto Dias.

Para esclarecer a verdade sobre os fatos, divulgamos abaixo um texto recebido na ADCAP, redigido por nosso colega Alberto.

Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.



Aos meus amigos, colegas e familiares.
Peço que tomem conhecimento do texto que elaborei a seguir.
Explica uma situação grave em que me vi involuntária e inocentemente envolvido.

Na manhã do dia 14/1/2015, fui surpreendido e atordoado por diversos e-mails e telefonemas de amigos e colegas me retransmitindo notícias publicadas em rádios, jornais, blogs e clippings, pelas quais eu fui acusado de improbidade administrativa e informado de que estaria sendo solicitada a indisponibilidade de meus bens.

Bem assim, no lugar de uma notificação oficial, dezenas de publicações em todo o país, todas surgindo do nada.

Os textos eram parecidos, com pequenas variações, o que dava a entender que se baseavam em um mesmo “press release”, cuja origem desconheço.

Copio uma das matérias, que escolhi ao acaso, publicada sem comentário por meio do clipping de notícias dos Correios de 14/1/2014 (o clipping não me foi enviado oficialmente pelos Correios; não recebi informação prévia à publicação para que pudesse esclarecer minha posição):

Abro aspas:
BAND ON-LINE (14/1)
MP denuncia ex-diretores do Dnit e dos Correios
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça dois ex-diretores Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e três ex-dirigentes do Correios por improbidade administrativa. De acordo com os procuradores, os investigados são acusados de não cobrar multas de caminhões que trafegaram com excesso de peso pelas rodovias do país.

Conforme as investigações, os envolvidos deixaram de enviar aos infratores mais de 350 mil multas, fato que causou prejuízo de R$ 126 milhões aos cofres públicos. Na ação, o Ministério Público responsabiliza o ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antônio Pagot, o ex-coordenador de operações rodoviárias do órgão Luiz Cláudio dos Santos Varejão, além do ex-presidente dos Correios Carlos Henrique Almeida Custódio, e dos ex-diretores da empresa Alberto Dias e José Luiz Martins Chinchila.

Segundo os procuradores, os investigados atuavam para favorecer as empresas, que eram proprietárias dos caminhões. Os requeridos, conhecedores dos entraves administrativos, valeram-se da estrutura burocrática da Administração Pública para, assim, deixar de autuar por três anos as pessoas jurídicas responsáveis por trafegar com excesso de peso em rodovias federais , afirmaram.

Na defesa apresentada, os Correios e o Dnit afirmaram que as multas não foram cobradas porque o Dnit estava em dívida com órgão e não pagava pelos serviços postais, fato de impossibilitava o envio da cobrança. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o envio da notificação de multa deve ser feito em 30 dias para ter validade.”
Fecho aspas.

No site da ADCAP, entidade de classe à qual pertenço desde que foi fundada há décadas, está assim, também sem comentário (fiquei sabendo porque tomei a iniciativa de entrar no site; a situação também não me fora comunicada previamente à publicação,):

Abro aspas:
Diário do Poder
13 de janeiro de 2015

 A atuação de dois ex-diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e de três ex-dirigentes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC), que teriam causado prejuízo de R$ 126 milhões aos cofres públicos, é objeto de ação civil pública protocolada pelo Ministério Público Federal (MPF/DF). A investigação teve início em 2009, no Espírito Santo, a partir da denúncia de que o Estado estaria deixando de cobrar multas decorrentes da circulação de veículos com excesso de peso pelas rodovias federais.

Segundo as investigações, entre junho de 2007 e janeiro de 2010, os envolvidos no esquema deixaram de enviar aos infratores mais de 350 mil Avisos de Ocorrência por Excesso de Peso (AOEPs). Outra ação do MPF pede a indisponibilidade de bens dos suspeitos, como forma de garantir o ressarcimento do erário.

A ação pede que respondam por improbidade administrativa o ex-diretor-geral do Dnit Antônio Pagot, o ex-coordenador-geral de operações rodoviárias do Dnit Luiz Claudio dos Santos Varejão, o ex-presidente dos Correios Carlos Henrique Almeida Custódio, o ex-diretor-regional dos Correios em Brasília Alberto Dias e o ex-diretor-regional do Departamento de Vendas dos Correios no DF José Luiz Martins Chinchila. Se o pedido do MPF for aceito pela Justiça Federal, os cinco deverão se tornar réus e terão 15 dias para se manifestar sobre as denúncias.

Esquema
Os envolvidos se omitiram para permitir que as empresas infratoras se livrassem da obrigação de pagar multas e depois, ao serem descobertos, tentaram ainda reduzir o problema a uma simples questão de falta de pagamento. Durante as investigações, os suspeitos afirmaram que o Dnit ficou inadimplente e que, em consequência desse atraso, os Correios suspenderam o envio das notificações aos infratores. O procedimento está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) e deve ser feito em, no máximo, 30 dias, sob pena de a Administração perder o direito à cobrança.
Fecho aspas.

Até o momento em que tudo isso desabou sobre mim, desconhecia completamente haver qualquer processo em andamento sobre esse assunto ou mesmo qualquer outro.

Não fora informado pelo MPF nem pelo Tribunal nem pelos Correios.

Continuo até agora sem receber nada oficialmente.

Li cada palavra publicada pela imprensa para procurar entender a situação. Servi-me também da minha memória e da de alguns colegas. Cada vez parece mais com o “O Processo” do Franz Kafka.

Trabalhei nos Correios quase quarenta e sete anos (de 27/7/1962 a 1/5/2009). Estou aposentado, portanto, há quase seis. Fui estafeta, carteiro, técnico postal, administrador postal e administrador. Fiz dois concursos públicos e alguns processos seletivos internos para crescer profissionalmente. Fiz dois cursos profissionais, para técnico postal de nível médio (Centro de Treinamento de Bauru) e para administrador postal (Escola Superior de Administração Postal). Trabalhei em quatro Diretorias Regionais e na Administração Central. Ocupei diversas funções, por décadas, sem interrupção: chefe de carteiros, chefe de serviços, chefe de seção, adjunto de gerente, gerente, assessor técnico de diretor regional, diretor regional adjunto e diretor regional (em Santa Catarina e em Brasília). Prestei consultoria internacional aos Correios do México. Assinei milhares de contratos de todos os tipos e valores (construção, aluguel, transporte, compra de materiais, contratação de serviços, prestação de serviços, venda de produtos etc.), ou seja, fui gestor de contratos como provedor e prestador. Este contrato com o DNIT nem mesmo foi dos mais importantes. Jamais tive qualquer registro desabonador por parte de qualquer órgão interno ou externo de controle. Ao contrário, durante meus períodos como gestor das Diretorias Regionais de Santa Catarina e Brasília, ambas foram reconhecidas com prêmios por qualidade de gestão, prêmios esses internos e externos (inclusive prêmios de qualidade do governo federal). Quando me aposentei, por um PDV, por ter sido ordenador de despesas, tive como condição extra para me candidatar que fossem apresentadas certidões negativas de irregularidades de órgãos de controle interno e externo. Nada havia a me desabonar, caso contrário não seria incluído no PDV. A propósito, também não tive e não  tenho processos na polícia e na justiça.

Fui diretor regional em Brasília de 14/9/2005 a 22/1/2008, pouco mais de dois anos. As investigações sobre este caso, pelo que inferi, começaram em 2009 e ocorreram apenas dentro do DNIT.

Agora, tantos anos passados, surge do nada esta acusação e esta ameaça cujo alcance nem consigo imaginar.

Tento construir, de fiapo em fiapo de informação, uma ideia do que poderia ter acontecido. Como já disse, O que soube foi apenas o que saiu na mídia. Até agora não tive acesso ao material produzido pelo Ministério Público ou pelo Tribunal.

O DNIT deixou de cobrar milhares de multas em valores de muitos milhões.

Para se justificar, o DNIT alegou que teria um contrato de entrega com os Correios e que, por falta de pagamento (por parte do DNIT), os Correios suspenderam ou denunciaram o contrato (ainda não sei qual teria sido a modalidade, suspensão ou cancelamento).

Enfatizando, as multas que tinham sido postadas até então pelo contrato continuaram no processo de entrega normalmente, embora sua postagem não viesse a ser paga posteriormente, como exigido em contrato. Esclarecendo, o contrato dava direito ao pagamento posterior. Se os objetos já postados não viessem a ser pagos, seriam considerados como custos e prejuízos para os Correios, porém jamais seriam atrasados ou retidos em sua tramitação. Atrasar ou reter é uma operação praticamente impossível, pois os Correios tratam de milhões e bilhões de encomendas e correspondências e todas são consideradas no atacado, em um mix geral, sem identificação fácil, por dezenas de milhares de empregados espalhados por milhares de unidades postais e até por máquinas. Uma vez no sistema, não há autoridade administrativa nem permissão legal capaz de impedir que qualquer correspondência chegue ao destino. A inadimplência não implica deixar de entregar o que já está postado. Na prática, o pagamento de uma postagem dessa modalidade com contrato ocorre sempre meses depois de a entrega ter sido feita. Se o pagamento não acontecer, não há como buscar de volta a correspondência das mãos dos destinatários. A suspensão ou cancelamento do contrato apenas impede a postagem de novos objetos. Os Correios jamais impediram o DNIT de enviar as multas. Foi suspenso um contrato especial entre os Correios e o DNIT, o qual previa facilidades de postagem, entrega e controle de entrega e até preços diferenciados e vantajosos ao DNIT. O calote não impedia o DNIT de usar uma agência de correios, própria ou franquiada, pagar à vista e enviar suas remessas, como todos fazem, pessoas físicas ou jurídicas, particulares ou públicos. Postar correspondências é um direito constitucional e legal e nenhum empregado dos Correios tem o direito ou o poder de impedi-lo.

Também há a considerar que o direito constitucional (dos cidadãos e usuários) e a obrigação legal (dos Correios) referentes ao sigilo postal impedem, sob pena de incorrer em crime, que qualquer empregado dos Correios tome conhecimento do conteúdo de objetos postais. Assim, não se pode saber oficialmente se o DNIT está enviando multas, orientações, alertas ou cumprimentos aos seus destinatários.

Na lei postal há uma cláusula que proíbe os Correios de concederem gratuidade. Como consequência da tese do MPF, os Correios deveriam ter descumprido a lei postal e concedido gratuidade ao DNIT, o que não ocorre com qualquer outro órgão público.

Como reforço do argumento, os Correios, durante minha gestão, jamais deixaram de pagar uma multa emitida pelo DNIT ou outros órgãos de trânsito contra veículo de sua considerável frota urbana e interurbana composta por veículos leves e pesados. Também não foi pedida isenção de multas.

Aí os promotores do Ministério Público teriam enxergado uma relação de causa e efeito inexistente. Na tese, próxima de uma “teoria da conspiração”, teria havido um “esquema” (palavra usada em uma das publicações) entre os Correios e o DNIT para “livrar a cara” (desculpem a linguagem coloquial) dos caminhoneiros multados.

Em resumo, estou sendo acusado de ter cumprido a lei postal, bem como a política, as normas e os procedimentos dos Correios. Na verdade, foram cumpridas todas as políticas dos Correios: econômica (receita), financeira (caixa), comercial (contratos), cobrança (negociação e, em último caso, suspensão ou cancelamento do contrato).

O fato é que pode ter havido desorganização, omissão, desinteresse, irresponsabilidade ou, quiçá, até má fé, mas não dentro dos Correios e não mesmo durante minha gestão de pouco mais de dois anos na Diretoria Regional de Brasília. O DNIT foi incapaz nas duas pontas, não recebia porque não cobrava as multas e, por outro lado, não pagava o contrato com os Correios. É oportuno mencionar que contratos na administração pública não podem ser assinados sem que haja orçamento. Sendo assim, o que justifica a inadimplência neste caso?

Uma pergunta a ser feita é por que somente são as mencionadas as multas por excesso de peso dos caminhões.

Na minha defesa, terei que invocar a proteção dos Correios. Tudo que alegar em minha defesa também o será em defesa dos Correios. Tudo o que fiz foi cumprir as leis do país, bem como as políticas, as normas e os regulamentos dos Correios. Um diretor regional, como eu era, não tem poder de alterar estes dispositivos e muito menos a capacidade de descumpri-los. Áreas dos Correios como comercial, financeira, jurídica e de auditoria terão que ser ouvidas. Ilustrando, a auditoria interna dos Correios tinha como ponto cobrar dos gestores providências sobre o grau de inadimplência dos clientes. Os controles externos também tinham exigências a respeito.

O que está sendo questionado, portanto, são leis, políticas, normas e procedimentos em vigor. Caso viesse a ser conveniente uma mudança nesses documentos, ela teria que ser feita no nível governamental, pois o DNIT e os Correios estão subordinados a ministérios distintos. Um Diretor Regional não tem poderes para tanto. Uma Diretoria Regional é um órgão de execução.

Num dos textos antes transcritos, é usada a palavra “esquema”, como se tivesse havido um grande conluio. Foi imaginada uma intenção conspiratória que jamais poderá ser provada, uma vez que não existiu. Há uma contradição incompreensível em tudo isso. O DNIT está sendo exigido por não ter cobrado as multas, o que era de sua obrigação. Os Correios estão sendo criticados por terem cumprido sua obrigação de cobrar as postagens do DNIT.

Até o momento em que escrevo nada foi publicado a meu favor.

De tudo o que eu disse acima, há provas documentais, em papel e em meio magnético, nos arquivos dos Correios. Desde que me aposentei não tenho mais acesso a eles. Vou necessitar do apoio dos Correios para isso.

Uma outra publicação (Correio Braziliense de 14/1/2015) faz o seguinte comentário: A reportagem procurou todos os acusados, mas nenhum foi encontrado para comentar o caso. Moro há trinta anos em Florianópolis e há mais de vinte no mesmo endereço. Meu endereço, meus telefones e meus e-mails estão atualizados nos cadastros de Correios, Postalis, Inss, Receita Federal, Cartório Eleitoral, Denatran e dos três órgãos de classe a que sou filiado (ADCAP – Associação dos Profissionais de Níveis Superior, Técnico e Médio da ECT - Núcleo de SC; UNACOB – União dos Aposentados dos Correios em Bauru; ANAPOST- Associação Nacional dos Participantes Postalis. Só não tenho ficha na polícia e na justiça. Desconheço de que forma algum órgão de imprensa me procurou para comentar o caso. 

Para mim tudo isso está muito claro. O DNIT deu calote nos Correios, o DNIT não enviou as multas e aí sobrou para mim (mais uma vez a expressão coloquial me parece mais adequada).

Todavia, como o caso chegou a este ponto, sei que vou entrar em um período turbulento. Vou gastar muito tempo, energia e dinheiro para desmontar essa tese que o Ministério Público levou cinco anos para montar. Uma dificuldade extra é que moro em Florianópolis e o processo corre em Brasília, o que vai exigir mais tempo e dinheiro. Pelo que deu para inferir, eu já estava aposentado quando a investigação começou. E ela aconteceu no DNIT, não nos Correios. Pode ser mesmo que nem a administração atual dos Correios soubesse disso. Isso veremos mais para a frente. Num dos textos acima consta: “Na defesa apresentada, os Correios e o Dnit afirmaram que as multas não foram...” Então, pode ser que os Correios em um momento tenham sido chamados a se defenderem. Eu, que estou sendo acusado, ainda não tive essa oportunidade. Quando os Correios fizeram essa suposta defesa, se meu nome estivesse no processo eu deveria ter sido ouvido.

Resumindo, um “press release” transformou-se em peça acusatória, sem direito a defesa.


Enfim, somente pelo que aconteceu até agora já sofri danos morais, prejuízos ao meu prestígio profissional e dúvidas quanto à minha idoneidade como cidadão.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

"Hoje aniversaria um dos grandes responsáveis pelo sucesso dos Correios"


19/01/2015

A ADCAP registra com orgulho o aniversário de 90 anos do Engenheiro Adwaldo Cardoso Botto de Barros, ex-presidente dos Correios entre o final da década de 1970 e inicio da década de 1980 e Ex-secretário geral da UPU. O engenheiro Botto foi responsável direto por ações marcantes e decisivas que marcaram de modo definitivo o serviço postal no Brasil e o sucesso da Empresa de Correios. Apenas para citar alguns fatos marcantes da administração Botto de Barros, pode-se identificar:


1. A implantação do padrão D+1 para entrega de correspondências;
2. A criação da Rede Postal Aérea Noturna - RPN;
3. A criação da ESAP e dos Centros de Treinamento para formação de profissionais especializados, gestores e técnicos, em Correios;
4. A implantação do SEDEX;
5. O Projeto de reestruturação dos Correios, com apoio de consultoria do Correio Frances, que estabeleceu as bases de organização dos serviço postais no Brasil.


Estes exemplos mostram a força de uma liderança visionária, que com projetos claros, atuação empreendedora e valorização do corpo técnico dos Correios construiu uma instituição respeitada e vencedora.


Parabéns,  Coronel Botto,  pelos seus 90 anos e pelo exemplo que deixou entre todos os profissionais dos Correios do Brasil.


Diretoria da ADCAP.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Reunião na PREVIC

Conforme carta expedida à PREVIC nesta data, tivemos hoje uma reunião da Presidente da ADCAP com técnicos da Diretoria de Fiscalização daquela entidade.
Infelizmente, a reunião não nos trouxe novidades relevantes, como pode ser visto em nossa carta.
A ADCAP continuará cobrando de todos os órgãos e autoridades competentes medidas para solucionar as questões relacionadas ao Postalis.





Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

14/01/2015 - Notícias sobre os Correios

BNDES reconhece dívida com fundo

14/01/2015
Valor

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em 30 de dezembro, o reconhecimento de dívida com seu fundo de pensão, a Fapes, de R$ 4 bilhões. O valor equivale a 40% do patrimônio da fundação.

Em comunicado distribuído aos participantes, a Fapes ressalta que a "formalização desse reconhecimento" está condicionada à manifestação do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), do Ministério do Planejamento.

Na reunião, a diretoria do banco reconheceu uma dívida de R$ 2,8 bilhões que, adicionada ao reconhecimento já aprovado em maio do ano passado, de R$ 1,2 bilhão, totaliza os R$ 4 bilhões. Esse é o valor corrigido do passivo de R$ 3,6 bilhões cobrado pela Fapes desde 2013.

O Valor apurou que o BNDES decidiu reconhecer a dívida com base em pareceres jurídicos e que espera fazer o pagamento entre 10 e 30 anos, caso o plano seja devidamente aprovado pelo Dest. Procurado, o banco não comentou. A Fapes ressaltou, em nota, que a decisão do BNDES está "condicionada à necessária e prévia manifestação do Dest" e que "todos os termos e condições desse equacionamento (...) serão negociados somente após a obtenção da manifestação favorável daquele órgão".

A maior parte da dívida se refere a obrigações que o banco supostamente teria com o plano de benefícios para cobrir déficits que deveriam ter sido resolvidos há mais de 15 anos, mas que não foram cobrados à época. Os pareceres do BNDES indicaram que os fatos que geraram a dívida não prescreveram.

A Fapes desenvolveu um estudo para analisar o passivo atuarial do plano de benefícios, que identificou eventos derivados de exclusiva decisão do banco que aumentaram os compromissos do fundo de pensão, mas que não foram observados à época. Como esses eventos ocorreram antes da lei que instituiu a paridade de contribuição entre patrocinadores e participantes, a fundação argumenta que os valores devem ser cobertos de forma unilateral pela patrocinadora.

Em novembro, último dado disponível, a Fapes tinha um patrimônio de R$ 9,5 bilhões e um déficit de R$ 1,3 bilhão. Se com o resultado de dezembro o saldo negativo permanecer nesse nível - acima de 10% do patrimônio -, a fundação terá que equacioná-lo já em 2015, como determinam as regras do setor. Ou seja, será dividido entre participantes e o BNDES.
A dívida cobrada pela Fapes é alvo de investigação de outros órgãos do governo. Em agosto, o Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou investigação criminal para apurar os aportes feitos pelo BNDES no fundo de pensão, a partir de uma denúncia anônima que questiona o pagamento da dívida apenas pelo BNDES. No processo, o MP também apura a responsabilidade da Previc, órgão regulador do setor, e do Dest no caso.

Em outubro foi a vez da Previc se movimentar. O órgão abriu uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o BNDES para apurar possíveis aportes irregulares da instituição no fundo de pensão de seus funcionários.

O pagamento de dívidas com fundos de pensão de forma unilateral, porém, não é consenso dentro do governo. Exemplo disso é a contestação de uma dívida que os Correios reconheceram com o seu fundo de pensão, o Postalis, em 2008. O pagamento das parcelas mensais foi suspenso em abril do no passado sob o entendimento do Tesouro de que ela deveria ser dividida com os participantes.

MPF propõe ação contra responsáveis por prejuízo milionário ao erário

Diário do Poder
13 de janeiro de 2015

A atuação de dois ex-diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e de três ex-dirigentes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC), que teriam causado prejuízo de R$ 126 milhões aos cofres públicos, é objeto de ação civil pública protocolada pelo Ministério Público Federal (MPF/DF). A investigação teve início em 2009, no Espírito Santo, a partir da denúncia de que o Estado estaria deixando de cobrar multas decorrentes da circulação de veículos com excesso de peso pelas rodovias federais.
Segundo as investigações, entre junho de 2007 e janeiro de 2010, os envolvidos no esquema deixaram de enviar aos infratores mais de 350 mil Avisos de Ocorrência por Excesso de Peso (AOEPs). Outra ação do MPF pede a indisponibilidade de bens dos suspeitos, como forma de garantir o ressarcimento do erário.

A ação pede que respondam por improbidade administrativa o ex-diretor-geral do Dnit Antônio Pagot, o ex-coordenador-geral de operações rodoviárias do Dnit Luiz Claudio dos Santos Varejão, o ex-presidente dos Correios Carlos Henrique Almeida Custódio, o ex-diretor-regional dos Correios em Brasília Alberto Dias e o ex-diretor-regional do Departamento de Vendas dos Correios no DF José Luiz Martins Chinchila. Se o pedido do MPF for aceito pela Justiça Federal, os cinco deverão se tornar réus e terão 15 dias para se manifestar sobre as denúncias.

Esquema
Os envolvidos se omitiram para permitir que as empresas infratoras se livrassem da obrigação de pagar multas e depois, ao serem descobertos, tentaram ainda reduzir o problema a uma simples questão de falta de pagamento. Durante as investigações, os suspeitos afirmaram que o Dnit ficou inadimplente e que, em consequência desse atraso, os Correios suspenderam o envio das notificações aos infratores. O procedimento está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) e deve ser feito em, no máximo, 30 dias, sob pena de a Administração perder o direito à cobrança.

Funcionários dos Correios de Lorena paralisam atividades na terça (13)

G1
13/01/2015

Funcionários do Centro de Distribuição dos Correios de Lorena (SP) paralisaram seus trabalhos na terça-feira (13).  O sindicato da classe pede melhores condições de trabalho e segurança no prédio que fica na Rua Comendador Custódio, no Centro.

Segundo o sindicato, a paralisação comprometeu a distribuição de correspondências nesta terça-feira. A unidade recebe entre 12 mil e 35 mil correspondências por dia. Já a agência de postagem, que fica na Rua Dom Bosco, no Centro, funcionou normalmente.

A Direção Regional dos Correios informou que 60% dos empregados do centro de distribuição trabalharam normalmente. “Ressaltamos que os Correios não foram comunicados antecipadamente da paralisação, como prevê a lei de greve”, disse em nota. De acordo com funcionários, o prédio que fica na Rua Comendador Custódio apresenta problemas nas instalações elétricas e em toda estrutura. As atividades foram paralisadas após curto-circuito, ocorrido nessa segunda-feira (12), que queimou lâmpadas e os ventiladores.

“A manutenção do prédio é precária. Esperamos que o problema fosse resolvido nesta terça, como não foi, decidimos para as atividades”, disse o diretor sindical da unidade, Ewerton Fernando Alves.

Quanto às reivindicações alegadas, os Correios informaram que já estão tomando as providências necessárias para sanar os problemas. As reclamações dos trabalhadores foram protocoladas junto ao Ministério do Trabalho.

Funcionário dos Correios é preso por desvio de encomendas, no ES

G1
13/01/2015

Um funcionário dos Correios foi preso, nesta terça-feira (13), por desviar encomendas encaminhadas através da empresa. Segundo a Polícia Federal do Espírito Santo, os produtos desviados, normalmente celulares e tablets, eram vendidos a duas lojas de produtos eletrônicos de Vila Velha, na Grande Vitória. Dois empresários também foram presos na operação. A polícia acredita que os crimes vinham sendo praticados há aproximadamente seis meses. De acordo com os Correios, os envolvidos responderão pelos atos por meio sindicância interna.Segundo a Polícia Federal, a ação ilícita ocorria quando um funcionário do serviço de triagem dos Correios, que funciona no município de Viana, desviava encomendas adquiridas em lojas virtuais, antes que fossem remetidas aos adquirentes. Os objetos desviados eram vendidos a duas lojas de produtos eletrônicos, localizadas nos bairros Santa Inês e Aribiri, em Vila Velha.

Com o funcionário, a polícia encontrou várias encomendas ainda embaladas com o logotipo dos Correios. Com os empresários foram localizadas dezenas de celulares oriundos da ação ilícita. Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato e receptação qualificada, com penas que podem chegar a 12 anos de reclusão.

Correios

De acordo com os Correios, a área de segurança detectou o ilícito em dezembro de 2014 e prontamente acionou a Polícia Federal. Os envolvidos responderão pelos atos por meio sindicância interna.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Nova Política para Alocar, Reter e Valorizar Empregados no Exercício de Funções
Gerenciais e Técnicas 


Alguns associados têm manifestado preocupação com a nova política para alocar, reter e valorizar empregados no exercício de funções gerenciais e técnicas recentemente divulgada pela VIGEP. Não estranhamos a preocupação dos associados, já que, em 26/01/2011, vivenciamos um golpe vergonhoso à meritocracia na empresa, com a súbita mudança das regras para designação, dispensa e substituição de função, com consequente alteração do módulo 34 do MANPES. Tal mudança teve o objetivo único de promover o aparelhamento político-partidário da Empresa e, lamentavelmente, obteve êxito.

Agora nos deparamos como uma nova alteração que nos deixa novamente apreensivos, ainda mais que tal política anunciada não foi debatida com as representações dos trabalhadores e parece,  inicialmente,  algo feito principalmente para salvar os companheiros que foram colocados em posição de gestão por indicação política. E a preocupação se agrava quando percebemos que a implantação dessa nova política chega de forma surpreendente e simultaneamente a uma reestruturação da Empresa.

A ADCAP tomou conhecimento da política na mesma ocasião que os demais trabalhadores, por meio da divulgação oficial da Empresa. A partir de então, a ADCAP tem recebido inúmeras demandas dos associados de todo o Brasil e também de quem não é associado, bem como tem procurado compreender essa nova política  política. Até o momento percebemos possivelmente nessa proposta elementar alguns avanços, mas também muitos riscos, como comentaremos a seguir.

Avanços

- Sugere, em princípio,  uma tendência a hierarquização de Funções – em nosso entendimento fórmula salutar para assegurar que as pessoas se desenvolvam progressivamente na Empresa, evitando-se grandes saltos na carreira, os quais, em muitos casos, não estão atrelados às competências, habilidades ou desempenhos, mas sim ao alinhamento político-partidário;
- Indica alguma dificuldade para a retirada aleatória dos empregados técnicos que hoje ainda ocupam uma função;
- Indica alguma dificuldade para designação de empregados sem um histórico mínimo de função;
- Elimina designações dentro da “excepcionalidade”.

Riscos
- Maior dificuldade para substituição de pessoas politicamente indicadas que se encontram, atualmente, em funções;
- Poderá garantir a estas pessoas politicamente indicadas uma favorável pontuação no novo critério Exercício em Nível de Função – TNF, quando da possível indicação para uma função superior;
- A política de realocação de gestores dispensados por motivo de dois desempenhos negativos no GCR pode sugerir um privilégio ao mau desempenho;
- Subjetividade perigosa do motivo para dispensa da função por “prerrogativa do gestor, quando o mesmo entender que a substituição gerará ganhos para o desempenho da função”;
- A implantação simultânea a uma reestruturação, dependendo da forma como essa última transcorrer, pode significar redução de remuneração para inúmeros trabalhadores que hoje exercem funções de confiança, assim como a   possibilidade de ampliação da quantidade de funções a serem ocupadas por pessoas de fora da empresa;

Pelo histórico de falta de transparência, de ausência de diálogo e de prejuízos ao quadro próprio da Empresa, a ADCAP tem declarado que não confia na direção da Área de Gestão de Pessoas.  Assim, estará atenta à implantação da nova política e não hesitará em denunciar na Justiça do Trabalho e em outros fóruns, se houver utilização das novas regras para beneficiar indicados políticos ou para lesar a coletividade de trabalhadores da Empresa.

A ADCAP entende que, quando a Empresa elencou entre seus valores a meritocracia, visava, entre outras coisas, ter regras justas para a alocação de pessoal em funções, o que, lamentavelmente, não estamos tendo.

A ADCAP entende que uma empresa deva evoluir com o tempo. Isso, porém, tem que acontecer com a participação dos trabalhadores e com melhorias de condições de trabalho para todos.  Qualquer coisa diferente disso receberá as críticas e naturalmente as reações da associação. Também estamos dispostos a atuar em conjunto com os sindicatos, para a preservação dos empregos dos trabalhadores ecetistas e da própria Empresa pois, apesar de muitos sindicatos terem fechado os olhos e até contribuído com os desmandos oriundos da VIGEP e da própria diretoria da empresa, acreditamos que muitos outros já perceberam que o modelo implantado não funciona e tem causado imensos prejuízos (alguns irreparáveis) à ECT e, consequentemente, aos seus trabalhadores. 

O momento é de união e defesa dos Correios.

Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

09/01/2015 - Notícias sobre os Correios

Surfista será indenizado em R$ 20 mil por atraso em entrega de pranchas

Estadão
09 janeiro 2015

Os Correios deverão pagar R$ 20 mil a título de indenização por danos morais e materiais a um surfista que deixou de participar de competições por atraso na entrega de pranchas enviadas por Sedex. O caso aconteceu em 2011 e a decisão de indenização prolatada em 1.ª instância foi confirmada em 2.ª e também pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).O surfista profissional Estevão Célio Moura Neto enviou cinco pranchas de surfe via Sedex de Fortaleza para Fernando de Noronha. A postagem foi feita no dia 25 de janeiro de 2011, mas a encomenda só chegou no dia 15 de fevereiro de 2011. O atraso inviabilizou a participação em duas competições que estavam marcadas.

Condenado, os Correios recorreram da decisão alegando aumento no número de bagagens e dificuldade de acesso ao arquipélago de Fernando de Noronha, sem negar, no entanto, o atraso na entrega. Os argumentos não foram acolhidos pela Justiça. Segundo a Corte, a pessoa jurídica de direito público responde pelos danos que seus agentes causam a terceiro, assegurado o direito de regresso contra o responsável.

“É patente o atraso na entrega dos bens, tanto que a própria apelante (ECT) não o nega, procurando eximir-se pela demora, o que não afasta sua responsabilidade. Quanto às dificuldades de logística, não podem ser imputadas ao demandante (surfista)”, afirmou o Tribunal Regional Federal da 5.ª região, onde foi apreciado recurso de 2.ª instância, acrescentando que não foi feita nenhuma advertência sobre a possibilidade de entrega fora do prazo.

Apreciação. Em seu voto, o relator da apelação no STJ, ministro Herman Benjamin, afirmou que é inviável analisar a tese defendida pelos Correios no recurso especial, segundo a qual ela teria se empenhado para que as pranchas chegassem ao destino da forma mais breve possível. Isso porque essa avaliação exigiria o reexame das provas dos autos, o que é vedado pela Súmula 7 do STJ.

Quanto ao valor da indenização por danos morais, o ministro Benjamin destacou que o STJ somente reavalia esse aspecto quando ele se afigura exorbitante ou irrisório, o que não é o caso. “O TRF5 manteve em R$ 20 mil o montante da indenização. Rever tal entendimento demanda igualmente revolvimento de matéria fática, incabível na via eleita, em razão do óbice da Súmula 7”, afirmou o ministro.

Postalis tem prejuízo com papéis atrelados à dívida da Venezuela

Valor
08/01/2015

Após perder dinheiro com papéis atrelados à dívida argentina, o fundo de pensão dos Correios, o Postalis, agora tem prejuízo com títulos lastreados a papéis da Venezuela.

O BNY Mellon, administrador do fundo que detém os papéis, informou em comunicado que o "relevante aumento do risco Venezuela" - que serve como lastro para determinados papéis - e a atualização de parâmetros de avaliação de outra aplicação levaram a um impacto negativo de 14,41% no patrimônio líquido do fundo.

O recuo nos preços do petróleo tem levado investidores a questionar a capacidade da Venezuela de pagar suas dívidas e gerado preocupações sobre a saúde econômica do país, que já sofre com alta inflação, elevado déficit fiscal e desabastecimento.

O BNY Mellon ressaltou que o impacto negativo de 14% não representa um prejuízo realizado - ou seja, os títulos não foram vendidos, o que concretizaria a perda. "Vale ressaltar que as decisões de investimento relacionadas ao Fidex são de exclusiva responsabilidade da gestora escolhida pelo cotista, a Atlântica Administração de Recursos Ltda", informou o administrador do fundo.

De acordo com o dado mais recente na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo "Brasil Sovereign II" tinha patrimônio de R$ 125 milhões em 6 de janeiro. A baixa no valor dos ativos foi feita em 31 de dezembro, quando o patrimônio caiu de R$ 144,3 milhões para R$ 123,8 milhões.

O fundo, que tem o Postalis como único cotista, já havia registrou em agosto do ano passado prejuízo de R$ 200 milhões com investimento em títulos emitidos por instituições financeiras no exterior, lastreados na dívida argentina. A aplicação foi feita de forma irregular, já que, pelo regulamento, o fundo deveria manter ao menos 80% do patrimônio em papéis do Tesouro brasileiro.

Procurado, o Postalis informou, via assessoria de imprensa, que esses investimentos foram feito a sua revelia e que move ação na Justiça contra a Atlântica e o BNY Mellon. "Até o momento temos bloqueados R$ 240 milhões [dos réus] e um novo pedido de reforço de garantia será protocolado na Justiça para contemplar a perda comunicada no último fato relevante", disse.

O BNY Mellon destacou, em nota, que como administrador do fundo não tomou a decisão de investimento e, por isso, não é responsável pelo desempenho das aplicações. "A decisão de investimento foi tomada pelo ex-gestor."

Controladoria-Geral da União gerou expulsão de 550 servidores em 2014

Folha SP
08/01/2015

A Controladoria-Geral da União divulgou nesta quinta-feira (9) que gerou a demissão de 550 agentes públicos por descumprimentos à lei que regula o funcionalismo. O número é o maior registrado nos últimos 12 anos.

Ao todo, foram 423 demissões de servidores efetivos; 58 destituições de ocupantes de cargos em comissão; e 69 cassações de aposentadorias.

As penalidades atingem apenas órgãos da Administração Pública Federal –não abarcam empregados de empresas estatais, como a Petrobras ou os Correios.

O principal motivo das expulsões foi a comprovação da prática de atos de corrupção, 66% do total.

Abandono de cargo, inassiduidade ou a acumulação ilícita de cargos são as outras causas mais comuns, que atingiram 126 pessoas.

Também figuram entre as razões que afastaram servidores proceder com desleixo no trabalho e participar em gerência ou administração de sociedade privada.

De acordo com o ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, é necessário julgar e punir com rigor os desvios. "É tarefa da Controladoria ser implacável com aqueles que não andarem na linha", afirma. Ele também destaca que a conduta ética e regular dos gestores e servidores públicos, no cumprimento de suas atribuições, contribui para a melhoria da qualidade de vida da população.

IMPEDIMENTOS

O servidor penalizado, a depender do tipo de infração cometida, não poderá ocupar cargo público pelo prazo de cinco anos ou até mesmo ficar impedido de retornar ao serviço público.

Também fica inelegível por oito anos, conforme a Lei da Ficha Limpa.

Em todos os casos, as condutas irregulares ficaram comprovadas após condução de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que garante aos envolvidos o direito a defesa.

Demissões atrasam entregas dos Correios na região de Campinas

G1
08/01/2015

Moradores da região de Campinas (SP) reclamam dos atrasos constantes nas entregas dos Correios. Segundo o sindicato da categoria, o problema foi agravado com a demissão de 432 funcionários após o  fim do contrato com uma empresa terceirizada, além de um déficit de aproximadamente mil trabalhadores.

As correspondências acumularam e o aposentado Osvaldo dos Santos teve que ir retirá-las diretamente na agência dos Correios em Monte Mor (SP) para evitar atraso nos pagamentos. “Todas as correspondências do mês chegam até o dia 5 e desta vez não chegou no tempo hábil. Já tem mensalidade que vai vencer dia 9 de janeiro e hoje é 8”, explica.

Mesmo problema enfrentado pela advogada Priscila Cremonesi, moradora do Jardim Nova Europa, em Campinas. Para driblar a falta de entrega das correspondências, ela está fazendo os pagamentos pela internet. “O Correio não tem uma normalidade de entrega no nosso bairro. As contas vencem e não recebemos. A gente precisa ficar de olho quando a conta está vencendo para tirar uma segunda via na internet para conseguir pagar”, explica.
A advogada afirma ainda que mandou um email para os Correios e a resposta recebida era de que o problema na entrega era um caso isolado. Ela conta que também ligou várias vezes para o órgão para reclamar. “Eles dizem que aqui no bairro não tem um carteiro específico e por isso, estão trabalhando em regime de mutirão. Por isso, que as entregas não estão normalizadas. Eles admitem falta de funcionários há cerca de três meses”, ressalta.

Déficit
Segundo o diretor do sindicato dos funcionários dos Correios, José Ivaldo da Silva, falta funcionário há alguns anos. No entanto, ele destaca que neste mês a situação piorou porque terceirizados foram demitidos. Só na Região Metropolitana de Campinas são 432 trabalhadores a menos. “Só em Campinas são 12 unidades que estão sofrendo com esse tipo de problema. Dez funcionários a menos por unidade, em média, porque tem unidade que falta muito mais”, destaca.

O sindicato afirmou que na região há um déficit de aproximadamente mil funcionários. Por meio da assessoria de imprensa, os Correios informaram que no dia 31 de dezembro de 2014 foi encerrado o contrato com a fornecedora de trabalhadores temporários na RMC. De acordo com a nota enviada ao G1, atuavam 247 profissionais e não 450, como informou o sindicato. A empresa nega que o déficit na RMC seja de mil profissionais. Segundo o órgão, em 2011 foram contratados cerca de 200 para Campinas e região e que a entregas neste mês de janeiro têm o apoio de empregados de outras cidades.

Sobre em áreas de risco, os Correios apontam que elas são feitas em prazos diferenciados e até de forma interna, ou seja, o consumidor recebe um aviso e tem que se dirigir a uma unidade para receber a encomenda com hora marcada. As entregas de correspondência são feitas normalmente nestes locais, mas em alguns locais não diariamente.

Aplicativo avisa clientes sobre entrega de encomendas

Blog Correios
07/01/2015

Os Correios acabam de lançar o aplicativo oficial “SRO Mobile”, ferramenta que possibilita acompanhar, de maneira automatizada, o status da entrega de encomendas no Sistema de Rastreamento de Objetos da estatal.

Após cadastrar o código de rastreamento de 13 dígitos, o cliente passa a receber notificações automáticas sobre as alterações de status da entrega. Nos casos em que a encomenda estiver aguardando retirada em uma unidade dos Correios, o “SRO Mobile” também mostrará o endereço do local e o mapa com o melhor trajeto para chegar até lá. Além disso, todas as informações do fluxo postal podem ser compartilhadas com outras pessoas interessadas na entrega, via e-mail ou por meio de aplicativos de mensagens instantâneas, como o Whatsapp.

Com o aplicativo, também é possível ter acesso a informações como o tipo de envio (PAC, Sedex ou Sedex a cobrar), bem com saber o peso da encomenda e se o pacote foi enviado com aviso de recebimento (AR) e mão própria (MP).


Disponibilizado para smartphones e tablets com o sistema operacional Android em um primeiro momento, o aplicativo é gratuito e atende solicitações realizadas pelos próprios clientes. O “SRO Mobile” está disponível no Google Play, para o sistema Android 3.0 ou superior. Até o final de abril, será disponibilizado nas versões para o sistema IOS e para WindowsPhone.