quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

CGU considera IRREGULARES as contas da Diretoria Executiva dos Correios em 2016


O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão do Governo Federal responsável por realizar atividades relacionadas à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio de ações de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria.
Anualmente a CGU realiza auditoria de contas nos Correios e nas outras estatais, para verificar a regularidade e a efetividade das ações dos dirigentes. Os trabalhos de auditoria são realizados após o encerramento do exercício com a aprovação dos relatórios e das demonstrações pela Assembleia Geral da ECT.
Em relação a 2016 não foi diferente e o relatório de contas daquele ano foi concluído em novembro de 2017, quando foi encaminhado para ciência do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, responsável pela supervisão da ECT.
O resultado do trabalho, com a manifestação do referido Ministro supervisor, foi disponibilizado no site dos Correios, conforme determinação legal.
A novidade nesse caso é o resultado a que chegou o órgão máximo de controle do Governo Federal.
À exceção de 2 membros do Conselho de Administração, dentre eles o representante dos empregados, todos os demais membros tiveram suas contas consideradas regulares com ressalvas.
Ainda mais gravosa é a situação dos membros da Diretoria Executiva, onde TODOS tiveram suas contas consideradas IRREGULARES.
Até onde se tem notícias, essa é uma situação inédita na história recente dos Correios.
Conforme a própria CGU apontou em seu parecer, as ações adotadas pela diretoria (muitas delas nefastas aos empregados) não surtiram os efeitos desejados, pois ”verificou-se que a recorrente flexibilização dos critérios para a ocupação de funções, além de constituir irregularidade aos requisitos formais de acesso aos cargos diretivos e todos os demais efeitos nocivos citados acima, como o aparelhamento da empresa, incompetência, decisões inadequadas, queda na qualidade dos serviços, foi um fator relevante na deterioração da saúde financeira dos Correios”.
E prossegue a CGU, indicando que “constatou-se a baixa efetividade dos serviços de consultoria técnica contratados nos últimos anos pelos Correios com a finalidade de, entre outros aspectos, definir novo modelo organizacional, adequar os processos de trabalho e, assim, proporcionar melhorias no desempenho empresarial. Restou demonstrado que os objetivos contratados, tais como crescimento de receitas e melhor eficiência do gasto, não foram atingidos. Além disso, registraram-se falhas no alinhamento de contratações dessa natureza, em montante superior a 30 milhões de reais, com o planejamento estratégico de longo prazo da Empresa, acarretando em sucessivas reestruturações organizacionais. Tal fato é evidenciado, por exemplo, na reestruturação organizacional proposta pela consultoria da Ernest & Young, cuja implementação foi iniciada em julho de 2015, porém, foi interrompida, antes de ser totalmente concluída, em função de uma nova reestruturação iniciada em julho de 2017.”
E para arrepio geral, novas contratações de valores milionários com a mesma Accenture são divulgadas ou se encontram em andamento.
Essa diretoria irregular é a mesma que insiste em destruir benefícios dos empregados e atropelar direitos legitimamente adquiridos, enquanto mantém assessores especiais ilegalmente e pessoal cedido sem qualquer necessidade a custos astronômicos. Em contrapartida, vários empregados são dispensados de suas funções e atirados na sarjeta organizacional, desprezando-se suas experiências e seus conhecimentos.
Diante disso, a ADCAP protocolou carta junto ao Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União, questionando o efeito prático dessa classificação da Diretoria Executiva como irregular, pois até o momento nenhuma providência foi adotada pelo Ministro Supervisor, após ter tomado conhecimento do relatório, desaprovando as contas da Diretoria dos Correios.




Direção Nacional da ADCAP.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Foco das privatizações deve ser eficiência e não solução de caixa, dizem economistas

G1
30/1/18

Governos federais, estaduais e municipais têm ao menos 238 projetos para oferecer à iniciativa privada, mostra levantamento do G1; para economistas, privatização deve trazer mais investimentos.

Com os governos em crise, as privatizações são necessárias para acelerar a retomada do investimento na economia brasileira, avaliam especialistas consultados pelo G1. Eles alertam, no entanto, que a escolha de projetos não deve considerar apenas as receitas extras, mas também uma melhora na eficiência das estatais e dos serviços prestados à população.

Levantamento do G1 mostra que há ao menos 238 projetos em desenvolvimento pelos governos federal, estaduais e capitais no Brasil. O objetivo é obter recursos para fechar as contas públicas e atrair investimentos privados.

"Os projetos precisam ser pautados pela busca da maximização da eficiência e não como uma alternativa para solução de caixa de curto prazo", disse Rodrigo Reis, sócio fundador do Radar PPP, empresa que monitora os negócios entre governos e iniciativa privada.


Para ele, os projetos de concessão e PPP (parceria público-privada) exigem planejamento e visão de longo prazo. "É comum políticos se declararem favoráveis a projetos com o argumento de falta de recursos. Contudo, as PPPs e algumas concessões podem introduzir compromissos fiscais aos governos muito semelhantes ao dos contratos públicos tradicionais", observa. Mais investimentos Para o economista Cláudio Frischtak, sócio da Inter.B Consultoria, tanto as privatizações quanto as concessões são necessárias para garantir a retomada do nível de investimentos e desafogar a necessidade de aportes públicos nos caixas de estatais.

Levantamento da Inter.B mostra que o volume de investimentos em infraestrutura no país caiu 26% em 2017 na comparação com 2016, para R$ 90,38 bilhões, ou o equivalente a 1,37% do PIB – o pior patamar das últimas 5 décadas. Até 2015, o índice se manteve acima de 2%.

A avaliação de Frischtak é que os leilões já realizados e os em elaboração ajudarão a recuperar o nível de investimentos no país já a partir deste ano. A previsão é que o montante alcance R$ 101,5 bilhões. "Se tiver modelo consistente, regulação previsível e projetos de boa qualidade, poderemos checar a 4% do PIB daqui a 3, 4 anos", avalia. Dificuldade de tirar projetos do papel Dados do Radar PPP mostram que prefeituras, governos estaduais e União bateram recorde de projetos lançados em 2017, com 340 tentativas de tirar concessões ou PPPs do papel. Desse total, entretanto, apenas 3 resultaram em contratos assinados. Em 2016 a taxa de êxito foi melhor, com 13 contratos em um universo de 181 projetos anunciados.

Apesar da dificuldade dos governos de tirar os projetos do papel em ano de eleições, a expectativa é de novo recorde de projetos em 2018. "Chegamos ao número de 103 contratos de assinados no Brasil [desde 2004] e há um aumento relevante e crescente da participação dos municípios brasileiros", destaca Reis.

Entre os segmentos com maior potencial de crescimento, ele cita iluminação pública, saneamento e resíduos sólidos.

"O processo de privatização não tem mais volta. O governo não tem mais condições de tirar recursos do caixa para investir em infraestrutura. E não podemos mais ter empresas estatais dependentes do Orçamento", resume o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Santos de Vasconcelos. 442 estatais no país O número de estatais no Brasil é acima da média mundial. Levantamento divulgado no ano passado pelo Observatório das Estatais da FGV, coordenado por Holland, identificou 442 estatais no país, sendo 149 sob controle da União. Desse total, 101 são subsidiárias e 95 são controladas por Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil. Nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a média é de 50 estatais. O ex-secretário cita como exemplo de estatais deficitárias os Correios, as instituições financeiras de fomento e bancos estaduais como Banrisul, BDMG, Banpará e Badesul.

Estudo da Secretaria do Tesouro Nacional mostra que as estatais geraram mais custos do que retorno para a União nos últimos 5 anos. Segundo o documento, as empresas da União custaram R$ 122,31 bilhões ao governo entre 2012 e 2016, ao mesmo tempo em que geraram um retorno de R$ 89,35 bilhões neste mesmo período.

Outro estudo, da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado Federal, mostrou que somente 18 estatais dependentes do orçamento da União custaram R$ 40 bilhões ao Tesouro Nacional nos últimos 2 anos. Revisão de modelos Holland ressalta que as privatizações ainda esbarram em modelos e estudos fracos para conseguir sair do papel. "Acho que o governo Temer colocou mal a questão em meados de 2017, pois anunciou privatizações sem apresentar o modelo e estudos qualificados de seus impactos", afirma.

O economista defende uma reedição do Programa Nacional de Desestatização (PND), com maior participação de órgãos controladores como Tribunal de Contas da União (TCU) e tribunais de contas estaduais para a definição das empresas passíveis de serem repassadas para a iniciativa privada e do modelo de privatização mais adequado para cada ativo.

"A história das estatais no Brasil é de sucessivos abusos do poder controlador. É fundamental que o assunto [privatização] retorne à agenda de política econômica, mas precisa vir mais qualificado, com anúncio de programa e sua governança", resume.
Correios estudam novo modelo de entrega para áreas restritas

O GLOBO ONLINE
29/1/18


Os Correios avaliam mudar o modelo de entrega nas áreas restritas, aquelas às quais os carteiros vão com escolta, ou sequer vão, por questões de segurança.

No Rio de Janeiro, por exemplo, essa áreas representam 18% de todos os logradouros do estado.

Hoje, o destinatário precisa se deslocar a um centro de distribuição para tirar a correspondência. A distância a esses centros e o tempo de espera têm sido motivo de reclamações frequentes dos usuários.

Pelo modelo em análise, as mercadorias seriam entregues nas agências, com mais capilaridade e geralmente mais próximas ao destino final do produto. O presidente dos Correios, Guilherme Campos, quer entregar o novo modelo até abril, antes de se desincompatibilizar e deixar o cargo para disputar as eleições.
Os empregos mais ameaçados pela tecnologia nos próximos anos

ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE
29/1/18


Os advogados estão a salvo? E o carteiro, massagista, arquiteto e historiador? Descubra

Os profundos avanços tecnológicos encontraram diversas maneiras para substituir funções que os humanos têm realizado há décadas. Mas quais trabalhos serão menos e mais afetados? Levantamento divulgado pelo myForesight aponta o risco de extinção de empregos que a automação e a robotização trazem em quatro grandes áreas: profissões que requerem treinamento especializado e graduação nos campos de ciências ou artes (Professional Services), indústria (Manufacturing,Technical & Maintenance), setores com baixas barreiras de entrada, aqueles que exigem pouca habilidade, experiência e educação (Low Entry Barriers Works), e negócios que lidam diretamente com os clientes, buscando atender às suas necessidades (High Touch Services). O levantamento foi realizado a partir de dados de pesquisa da Deloitte nos Estados Unidos, da Universidade de Oxford e do Planet Money.

Considerando a categoria Low Entry Barriers Works, foram listadas profissões como motorista de ônibus, manicure, pintores, atendentes de postos de serviços postais (Correios), telemarketing, telefonistas e garçons. Na área industrial, sofrem alto risco funções como operadores de máquinas de embalagens, profissionais de serviços de manutenção de estradas, montadores e operadores de equipamentos de resfriamento. Considerando serviços que lidam com os clientes diretamente, estão ameaçados guias turísticos, agentes de viagens e vendedores de seguros. Já em Professional Services, os empregos mais ameaçados são os de contadores, corretores e cartógrafos, entre outros.

Risco alto (60% a 80%) Barbeiros, bartenders, empregados domésticos e carteiros aparecem entre as profissões com alto risco na área de Low Entry Barriers Works. Também se destacam mecânicos de aviões, carpinteiros e maquinistas na área industrial. Já em Professional Services aparecem bibliotecários, analistas de marketing e inspetor de obras. Risco médio (40% a 60%)

Nos empregos inclusos na categoria Low Entry Barriers Works, aparece a profissão de guarda de trânsito. Na área que lida diretamente com os clientes, estão as profissões de fotógrafo, massagistas e terapeutas. Em Professional Services, com essa porcentagem de risco, estão economistas, historiadores, executivos de vendas e até programadores de computadores. Risco baixo (20% a 40%) Atores, motoristas de ambulância e profissionais funerários são algumas das profissões com baixo risco de desaparecimento entre os empregos com menor qualificação. Comissários de bordo, tradutores e desenvolvedores web, além de detetives, epidemologistas, geólogos, policiais, estatísticos e escritores também têm hoje baixo risco de perderem seus empregos. Menor risco (0% a 20%) Atendentes de shopping aparecem com menor risco junto com design de interiores, enfermeiros, veterinários e relações públicas, além de dentistas, advogados, cientistas e sociólogos.
Ainda longe da meta inicial, Correios Celular ultrapassa 80 mil chips vendidos


MOBILE TIME
29/1/18

A Correios Celular, operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) dos Correios, vai completar um ano de atuação no fim de março e acumula até agora 80 mil chips vendidos e 200 mil recargas, revela o presidente da empresa, Guilherme Campos. A meta é passar de 200 mil chips vendidos até o fim deste ano. Mas vale lembrar que quando o projeto foi lançado, no começo de 2017, a meta era chegar ao final do primeiro ano com 1 milhão de acessos.

O foco é a classe D, com um plano pré-pago mais simples e barato. Os chips são vendidos em suas próprias agências. A Correios Celular opera atualmente em 12 estados brasileiros, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo. "Ainda não estamos no Brasil inteiro por causa de problemas de ordem burocrática em alguns estados para conseguirmos as inscrições estaduais", comenta Campos. Há planos para vender smartphones atrelados ao chip nas agências dos Correios no futuro, mas é preciso fazer uma concorrência para a escolha do fabricante e isso demora um pouco, relata o executivo. Marketing O presidente dos Correios lamenta não ter verba para mais investimento em marketing. "Só não temos um resultado maior por não termos condições de bancar uma campanha publicitária mais forte a respeito do serviço. A telefonia celular é um mercado muito disputado e a comunicação publicitária é importante. De todo modo, temos um crescimento consistente", avalia Campos. O balanço de quase um ano de operação é positivo, afirma o presidente dos Correios, especialmente no que diz respeito ao ganho para a imagem da empresa. "O principal ganho para os Correios é de imagem. Passamos a ser vistos como uma empresa preocupada em inovação, em novos serviços para os cientes, deixando para trás aquela imagem de empresa do passado, que era somente de serviços postais, só de produtos de monopólio", comenta. Fórum de Operadoras Alternativas O vice-presidente de canais dos Correios, Cristiano Barata Morbach, participará do painel "A vez das MVNOs", que acontecerá no dia 26 de março, no WTC, em São Paulo, como parte do Fórum de Operadoras Alternativas, evento organizado por Mobile Time e Teletime. O seminário também discutirá a atuação de operadoras de Wi-Fi no Brasil e o surgimento de redes específicas para Internet das Coisas.

Para conhecer a programação atualizada, acesse o site www.operadorasalternativas.com.br. Ingressos antecipados estão à venda com 30% de desconto até esta sexta-feira, dia 2, através da plataforma online Sympla ou diretamente com o departamento de vendas de Mobile Time (11-3138-4619 ou eventos@mobiletime.com.br).
Costa Rica: vereadores cobram mais agilidade dos Correios na entrega de mercadorias e correspondências

Jornal Dia a Dia
29 de Janeiro de 2018

A Câmara Municipal de Costa Rica-MS cobra melhorias no serviço de entrega de encomendas e correspondências, que é prestado pela agência dos Correios da cidade. Por conta disso, cinco vereadores costarriquenses estiveram em Campo Grande-MS na semana passada, onde trataram do assunto durante visita à Superintendência Estadual de Operações dos Correios em Mato Grosso do Sul. Ainda na capital, os parlamentares municipais se reuniram com autoridades estaduais e federais reivindicando uma patrulha mecanizada para atender os pequenos produtores rurais de Costa Rica.

Segundo o vereador Jovenaldo Francisco dos Santos, o Juvenal da Farmácia (PSB), a agência dos Correios de Costa Rica não possui nenhum automóvel para realizar a entrega de mercadorias e correspondências de grande médio e grande porte – os carteiros contam apenas com motocicletas e bicicletas.

Diante desse entrave, os Correios contratam taxistas da cidade para fazerem as entregas que não podem ser transportadas de moto ou bicicleta. “O serviço é terceirizado, mas a demanda é muito grande e não está dando para cumprir com rapidez as entregas”, explicou Juvenal da Farmácia, ao cobrar mais agilidade na entrega de correspondências e encomendas de médio e grande porte.

Na terça-feira (23/01), em busca de uma solução para o impasse, Juvenal da Farmácia, Lucas Lázaro Gerolomo (PSB), Rayner Moraes Santos (PR), Claudomiro Martins Rosa, o Cocó (PSD), e o presidente da Câmara, José Augusto Maia Vasconcellos, o Dr. Maia, se reuniram, em Campo Grande, com o superintendente estadual de Operações dos Correios em Mato Grosso do Sul, Júlio Cesar Gonzalez Nascimento.

Ao longo do encontro, inicialmente os edis costarriquenses pediram que os Correios adquiram um automóvel – estilo furgão – para a agência do órgão no município. Já Júlio Cesar explicou que os Correios adotaram uma política de contenção de gastos e suspenderam a compra de veículos no estado.

Mesmo assim, diante da pressão e a cobrança dos vereadores, o superintendente sinalizou que é possível os Correios contratarem uma empresa terceirizada, que possua um veículo estilo furgão, para prestar o serviço em Costa Rica e assim resolver o problema do atraso na entrega das encomendas no município.

PATRULHA MECANIZADA

A viagem a Campo Grande também serviu para os cinco vereadores costarriquenses se reunirem com o delegado federal da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (SEAD), no estado de Mato Grosso do Sul, Daniel Mamedio do Nascimento, e com o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER), André Nogueira Borges. Nesses dois órgãos, os parlamentares municipais cobraram a disponibilização de uma patrulha mecanizada para atender os pequenos produtores rurais de Costa Rica, formada por um trator e implementos agrícolas.

“A patrulha mecanizada poderá ser utilizada gratuitamente pelos pequenos produtores, sob a supervisão da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento, para as mais diversas atividades que auxiliam na produção agropecuária, como na abertura de estradas de acesso, no preparo da terra, no plantio de sementes, garantindo facilidades para a comunidade rural do município, que certamente se beneficiará da patrulha mecanizada”, enfatizou o vereador Lucas.

Tanto na AGRAER, como também na Delegacia Federal da Agricultura Familiar, os vereadores foram orientados a fazerem gestão junto à bancada de senadores, deputados federais e deputados estaduais, como forma de agilizar a liberação dos recursos para aquisição da patrulha mecanizada. “A nossa agenda nesses dois órgãos foi muito positiva, representando mais um passo em busca do nosso objetivo, que é conquistar uma patrulha mecanizada para Costa Rica. A próxima etapa, nesse sentido, é cobrarmos os senadores e deputados, conforme as conversas que tivemos com o André e o Daniel”, afirmou o vereador Lucas.

Em junho de 2017, o até então delegado federal de Desenvolvimento Agrário de Mato Grosso do Sul, Dorival Betini, garantiu à classe política de Costa Rica que em agosto do ano passado Costa Rica seria contemplada e receberia uma patrulha mecanizada. Inclusive, o site da Câmara de Vereadores do município chegou a anunciar a conquista.


No entanto, o prazo estipulado por Betini escoou, ele assumiu posteriormente o cargo de superintendente do Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), mas a promessa não foi cumprida. “Diante dessa situação, novamente nós fomos em Campo Grande cobrar as autoridades competentes e vamos fazer isso incansavelmente até que alcançar essa conquista para os nossos produtores rurais”, finalizou o vereador Rayner.
Correios lançam rastreamento de encomendas por CPF

Exame
28 jan 2018

Os Correios anunciaram nesta semana o rastreamento de encomendas usando apenas o número do CPF. Antes, era preciso ter o número de protocolo do envio.Os Correios afirmam que essa era uma demanda. “Atendendo a uma demanda antiga dos nossos clientes, criamos uma ferramenta que irá melhorar a experiência de quem usa os serviços dos Correios. Agora, basta informar o número do CPF para saber o andamento de uma encomenda”, diz o presidente dos Correios, Guilherme Campos, em comunicado.

Ao fazer a consulta, o cidadão terá de colocar o número de seu CPF. Ele poderá ver a situação de transporte de qualquer encomenda na qual ele seja destinatário ou remetente. Correios x Transportadoras: Qual a melhor forma de envio de produtos? Veja com a Tray Patrocinado 


Para a consulta, basta ir até o portal de rastreamento dos Correios (o mesmo que era usado para busca pelo código de rastreamento). Será preciso efetuar login usando o CPF e senha cadastrados. Caso seja o primeiro acesso, será preciso criar uma conta.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Dia do Carteiro: Funcionário que atua há 31 anos nos Correios fala dos desafios: 'Profissão que tem respeito da população'

G1
25/01/2018 

Em 31 anos de profissão, o carteiro de Araraquara (SP) Marco Aurélio Petroni, de 50 anos, acompanhou a evolução dos meios de comunicação e dos hábitos de consumo por meio das suas entregas diárias. Ao longo dos anos, viu as cartas serem substituídas por pacotes e as correspondências entregues cada vez mais rápido.

“O mundo passou por uma grande transformação, hoje as engrenagens são muito rápidas”, afirmou o carteiro que trabalhou por 15 anos entregando correspondência de casa em casa e hoje atua na entrega de encomendas.

Só uma coisa não mudou: o carteiro, que tem seu dia comemorado nesta quinta-feira (25). “É uma profissão boa, tem o respeito da população”, definiu Petroni.

Das cartas para as encomendas

Quando Petroni entrou para os Correios, aos 19 anos, a internet e celular não existiam e o telefone era algo raro e caro. A forma mais comum de dar notícias e falar com entes queridos era por carta.

A comunicação era feita com muito mais cuidado e era preciso paciência para receber as respostas, que eram aguardadas com ansiedade.

Mas com a popularização da internet e a disponibilização primeiramente dos e-mails e atualmente dos aplicativos de mensagens, Petroni viu o número de cartas que passam pelos Correios diminuir.

Por outro lado, o comércio eletrônico se fortaleceu, as pessoas passaram a comprar pela internet e receber os produtos em casa.

Nesse processo, os carteiros pedestres foram ficando menos necessários e os carros de entrega passaram a circular pelas cidades. Petroni deixou de caminhar quilômetros por dia e começou a dirigir por toda Araraquara.

O carteiro acredita que essa transformação também se refletiu nas pessoas. “Antigamente era mais ‘nós’, hoje as pessoas querem tudo rapidamente, falam rapidamente, estão mais centradas em si. Hoje mexo com encomendas para uso imediato. As pessoas compram e já esperam para o dia seguinte. A engrenagem é mais rápida”, analisou.Um dos carteiros mais antigos de Araraquara, Petroni é um profissional exemplar. Casado, pai de uma filha, passou quase dois terços da sua vida no único trabalho. “Fiz a minha vida dentro dos Correios”, disse.

Por causa da profissão, conhece a cidade toda e normalmente é cumprimentado por quem o reconhece, mesmo sem uniforme.

Ele acredita que isso acontece por causa do profundo respeito com que leva a profissão e os seus clientes.

“É uma satisfação ver a pessoa receber sua encomenda, é a sensação de dever cumprido. A gente age com respeito, eles veem o cuidado que a gente trata a encomenda deles e retribuem o carinho. Depois que recebem a encomenda muitos me dizem ‘Vá com Deus', 'Deus te proteja’. Isso para mim é gratificante, é o melhor agradecimento”, disse.

Papai Noel

Uma das maiores entregas de Petroni nos Correios não foi como carteiro. Ele é o Papai Noel oficial da unidade Centro de Entrega de Encomendas (CEE). Logo nos primeiros anos da ação em Araraquara ele foi entregar um brinquedo a uma criança do Jardim Maria Luiza.

“O Papai Noel chegou e assim que desceu da viatura com o presente na mão perguntamos quem era a criança. Bateu um desespero muito grande nessa criança de uns 5, 6 anos, ela estava só de short, estava um calor muito grande, ela começou a correr em volta da gente, não tinha palavras, não conseguia falar, entrou em estado de choque. Ficou marcado, a gente teve que pegar no colo, acalmar ela. Todo mundo ficou impressionado, foi uma emoção muito grande”, lembrou-se.Petroni foi um dos seis carteiros de Araraquara a receber o prêmio “Adão Couto” (homenagem a um famoso carteiro de Araraquara). A Lei Municipal de 2011, instituiu o prêmio que homenageia o profissional que se destacou no ano anterior. A premiação é feita na Câmara Municipal no Dia do Carteiro.

“Eu fiquei muito feliz. Foi um reconhecimento do meu trabalho. Eu gosto muito do que faço aqui. Eu quero continuar até quando conseguir, até quando Deus me der saúde”, afirmou.

Perguntado pelo G1 se algum dia destes 31 anos ele pensou em deixar de ser carteiro, Petroni riu.

“Quando eu entrei nos Correios, fui à psicóloga em Ribeirão Preto e falei para ela: ‘Ah doutora, estou entrando, mas se por acaso aparecer alguma coisa melhor a gente sai’. Isso foi há 31 anos. Às vezes eu lembro e dou risada. Nesses 31 anos nunca pensei em sair”, afirmou.

Dia do carteiroA História da humanidade está marcada fatos envolvendo mensageiros, mas a profissão de carteiro é bem mais recente. No Brasil, ela foi regularizada em só apareceu em 1835, quando teve início a entrega de correspondência nos domicílios. Até essa data as pessoas usavam mensageiros, bandeirantes ou escravos para levarem as suas mensagens de um lugar para outro.

A data de 25 de janeiro foi escolhida em homenagem à criação do Correio-Mor da Monarquia Portuguesa no Brasil, em 25 de janeiro de 1663.

Luiz Gomes da Matta Neto foi o nome do primeiro "carteiro" do Brasil. Ele já atuava como Correio-Mor em Portugal, passando depois a ser o responsável no Brasil pela troca de correspondências da Corte portuguesa.


Atualmente, existem mais de 56 mil carteiros trabalhando nos Correios, que distribuem mais de 8,3 bilhões de encomendas por ano.
Correios celebram 355 anos dos serviços e dia do carteiro nesta quinta-feira

Diário de Pernambuco
25/01/2018

Desfile da frota dos Correios será realizada na manhã desta quinta-feira, 25, em comemoração aos 355 anos dos serviços postais no Brasil e em dedicação ao dia do carteiro. O grupo sairá do Complexo Operacional, no Bongi, em direção ao edifício-sede da empresa, no centro do Recife, onde será hasteada a bandeira e disponibilizado um café da manhã coletivo para a categoria. 

Atualmente, a empresa  com cerca de 106 mil funcionários. Destes, 57 mil são carteiros, profissionais responsáveis e comprometidos com a entrega anual de bilhões de objetos postais em todos os cantos do país, atividade com desempenho reconhecido por variadas premiações e pesquisas.

Em 2017, foi entregue a empresa o prêmio de Confiança, realizado pela revista Seleções. A homenagem foi concedida pelo 15º ano consecutivo, reafirmando que a instituição é uma das mais confiáveis no país.

Novidades

Em clima de festa, os Correios também anunciou o lançamento de uma nova ferramenta que comunica o profissional com o cliente. A partir do recurso, o usuário poderá acompanhar as encomendas e registrar os objetos por meio da identificação do CPF ou CNPJ, dispensando a obrigatoriedade de informar o código do objeto.

A função é gratuita e todo o conteúdo poderá ser acessado pela página de rastreamento no site dos Correio, basta criar previamente um cadastro. 

Origem da profissão 

Como principal nome da profissão destaca-se o mensageiro Paulo Bregaro, responsável por entregar a D. Pedro I, no dia 7 de setembro de 1822, correspondência da Imperatriz Leopoldina informando sobre novas exigências de Portugal com relação ao Brasil. De fato, este foi o primeiro serviço da profissão que viria se firmar como "carteiro". 


Ao recebê-la, às margens do Riacho do Ipiranga, D. Pedro reagiu às imposições da Corte e declarou no ato a Independência do Brasil. Por seu feito, Paulo Bregaro é o patrono dos Correios. 
Encomendas podem ser acompanhadas com CPF e CNPJ nos Correios

G1
25/01/2018

Usuários poderão acompanhar as encomendas pelos Correios através do CPF e CNPJ, dispensando a obrigatoriedade de informar o código do objeto encomendado. A mudança passa a valer a partir dessa quinta-feira (25).

"O remetente informa o CPF do destinatário no momento da postagem e o destinatário faz uma cadastro nos Correios e é possível através desse cadastro saber de todas as encomendas que são encaminhadas", explica o coordenador dos Correios de Palmas, Jamilton Dias.

O código rastreador continuará existindo, mas ao invés de usá-lo, é possível digitar apenas o número do CPF no cadastro. "A partir do momento que o CPF é inserido, aparecem todas as encomendas destinadas"

Para fazer o cadastro é simples. "Somente com o CPF ou CNPJ, nome a pessoas vai adquirir um usuário e um login e pode a qualquer momento entrar o site dos Correios."


Também é possível ser informado sobre o andamento da encomenda via SMS. "De posse do código do objeto é possível fazer a consulta no site dos Correios e a partir desse momento o site dá a opção de inserir um celular e toda a informação dessa encomenda passa a ser recebida por mensagem."

Parabéns aos colegas Carteiros!


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Caso BNY Mellon - ADCAP aciona MRE e 

Embaixada dos EUA


Prezado Associado,

A ADCAP protocolou hoje, 24 de janeiro, uma carta no Ministério das Relações Exteriores e outra na Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, endereçadas, respectivamente, ao Ministro Aloysio Nunes Ferreira e ao Embaixador P. Michael Mckinley. Veja abaixo as cartas na íntegra.
 
Direção Nacional da ADCAP.



terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Explique-se

COLUNA DO ESTADÃO
23/1/18

O procurador Ivan Claudio Marx abriu inquérito civil para apurar se a ministra Ana Arraes, do TCU, agiu com “isonomia e imparcialidade” ao arquivar denúncia acerca de irregularidades em contratação de auditoria atuarial pelos Correios. Com a palavra. A assessoria da ministra informou que ela seguiu recomendação da área técnica e que a denúncia era inconsistente.
MPF-SP emite parecer contrário ao fim da intervenção do Postalis 

VALOR ONLINE
22/1/18

RIO - O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo emitiu parecer contrário ao pedido da Associação de Profissionais dos Correios (Adcap) sobre o fim da intervenção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) no Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios. No final do ano, a Adcap obteve uma decisão que suspendeu portarias do regulador que determinaram a intervenção do fundo de pensão. Na ocasião, o juiz federal da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo, Victorio Giuzio Neto, estabeleceu a recondução dos integrantes dos órgãos deliberativos e os administradores do fundo de pensão a seus cargos. Dias depois, a Previc obteve liminar que restabeleceu a intervenção do Postalis.

Apesar de a liminar concedida pela 24ª Vara Federal Cível ter sido suspensa pelo TRF-3, o MPF afirma no parecer que faz questão de "deixar registrado seu posicionamento", que é "contrário ao deferimento da tutela (liminar), concordando com a decisão do tribunal que suspendeu seus efeitos".

Na visão do procurador da República Luiz Costa, "os prejuízos no Postalis não decorreram de situações pontuais ou de um infortúnio", mas em virtude de "problemas estruturais de governança". O MPF requer que, caso a Justiça Federal não extingua o processo, a procuradoria volte a ter vista da ação após a apresentação da contestação pela Previc.

A Adcap entrou com ações idênticas na Justiça Federal de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Na visão da entidade, falta motivação à intervenção, que feriria também, alega, os princípios do devido processo legal, da eficiência e da proporcionalidade.

Na visão do procurador, o Postalis preenche os requisitos legais para sofrer intervenção e ele cita irregularidades na administração da entidade em seu parecer, como "conflito generalizado" entre os órgãos de governança, demonstrações contábeis não-fidedignas, rejeição destas demonstrações pelos conselhos deliberativo, fiscal e uma auditoria independente. Também cita investimentos de baixa qualidade, pedido do conselho fiscal de intervenção no Postalis e a falta de uma gestão uniforme na entidade.

Para o MPF, a resposta da Previc sobre a intervenção foi completa e só não aconteceu antes por falta de previsão na lei que criou o regulador e não lhe concedeu poderes para atuar preventivamente.
Ministério Público investiga ministra do TCU por arquivar denúncia envolvendo os Correios

Época
22/01/2018 


O Ministério Público Federal avança numa investigação contra a ministra Ana Arraes, do Tribunal de Contas da União (TCU). Ana Arraes é suspeita de cometer infrações funcionais ao arquivar denúncia apresentada ao tribunal acerca de irregularidades na contratação de auditoria autuarial pelos Correios

A ministra nega as irregularidades e afirma ter sido alvo de apuração interna pelo corregedor do TCU que concluiu não ter havido descumprimento de deveres funcionais por parte dela ou de servidores da instituição.
Prestadores de serviços dos Correios não recebem pagamento

Jornal da Região
22/01/2018

Vários prestadores de serviços do Centro de Distribuição dos Correios em Cajamar estão reclamando que há dois meses os salários estão atrasados. Eles também não recebem o vale refeição e outros benefícios.

Os trabalhadores contam que a empresa prestadora de serviços para os Correios não dá esclarecimentos. Eles são obrigados a ligar para o RH em Goiânia e ninguém sabe dar informações.

“É só enrolação. Sempre dão uma data e não cumprem. Isso é um grande absurdo. Todos os dias entramos em contato c o RH em Goiânia, mas eles sempre dizem que não tem prazo determinado para resolver nossa situação. E nós ficamos sem dinheiro, trabalhando feito escravos, com nossas contas tudo vencidas. É revoltante”, desabafa um dos funcionários.


A empresa foi procurada, mas ninguém podia dar informações. Os trabalhadores esperam que o Sindicato da categoria faça alguma coisa junto à Justiça Trabalhista.
Clientes ainda esperam encomendas de Natal feitas pela internet

Jornal Nacional
22/01/2018

Faz quase 30 dias que os brasileiros entregaram e receberam o presente de Natal. Mas, para um grupo muito grande de pessoas, são quase 30 dias de uma frustração enorme com o serviço dos Correios.

É cada vez maior o número de brasileiros que fazem como a Raphaela. Ela comprou a boneca da filha, o computador, vestidos e até o violão sem sair de casa. Brinquedos, e roupas de crianças, a televisão, os móveis na sala, quase tudo foi comprado pela internet.

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico diz que no mês passado foram feitos 27 milhões de pedidos. Os Correios garantem que 89% das encomendas foram distribuídas no prazo. Mas o Jornal Nacional conversou com muita gente que reclama de atrasos e falta de informação. 

A Raphaela não sabe o que aconteceu com o vestido de ano novo que comprou num site chinês em setembro. “Eles receberam a encomenda, está no centro de distribuição, mas eles não têm um prazo para me entregar. Eu acabei tendo um custo duplo, porque eu comprei este que não chegou e depois eu tive que correr atrás de uma outra roupa para comprar para usar no réveillon”, conta Raphaela Gentil – empresária.

Nos últimos dias, a equipe do Jornal Nacional visitou três vezes um centro de distribuição dos Correios na Zona Norte do Rio. As queixas são parecidas. “A minha mercadoria eles falaram que está num mar de encomendas”, conta Ivan Nobre, empresário.

O João queria economizar e comprou o material para a reforma do banheiro em São Paulo. Só que a obra parou e a demora na entrega da encomenda deu prejuízo. “Fica ao Deus dará. Pagando diária ao pedreiro. O pedreiro fica lá sem trabalhar e a gente aqui pagando por isso”, desabafa João Augusto Trairi Filho, fisioterapeuta.

Os itens mais encomendados nessa época são celulares, eletrônicos, roupas, acessórios, objetos de casa e decoração. É um negócio que faturou mais de R$ 8,5 bilhões desde o fim de novembro.

A Bruna mandou trazer dos Estados Unidos os brinquedos que o Arthur sonhava ganhar do Papai Noel. Eram dois pacotes, mas apenas um deles chegou. “É muito impressionante que duas caixas enviadas no mesmo dia, elas tenham tomado rumos diferentes. Sendo para o mesmo endereço. O endereço não era nem diferente. Endereço era o mesmo endereço. É complicado explicar para uma criança de sete anos que ainda acredita em Papai Noel, que Papai Noel não deu pra fazer aquele presente pra ele. E isso realmente frustrou muito a gente”, conta Bruna Vazquez, enfermeira.


Os Correios declararam que estão trabalhando para normalizar a distribuição, que ficou sobrecarregada com o volume de encomendas pela internet, principalmente na época do Natal.
Moradores de Várzea reclamam dos Correios

Jornal da Região
22/01/2018

Vários leitores do “Jornal da Região” reclamam dos Correios em Várzea Paulista. Segundo Esdras Regina ela fez uma compra de produto e não foi entregue em sua casa. Os Correios informaram que o bairro é zona de “risco” e por isso ela tem de ir buscar na central de distribuição. No prédio dos Correios a fila de espera chega a duas horas. “É um sofrimento”.

Outros leitores também reclamaram dos Correios. A empresa confirma que não entrega mais objetos em determinados bairros do município, devido o elevado índice de roubos aos carteiros.


O Procon tem exigido que as empresas que vendem produtos pelo Sedex se informem antes com os Correios se os locais de endereçamento têm serviços de entrega. Do contrário elas não podem cobrar pelo frete. Ou devem dar descontos para os clientes.
A situação econômica da Empresa tem preocupado os associados que não compreendem como uma organização lucrativa e independente passou de repente a ostentar prejuízos bilionários.

Nesta entrevista exclusiva com o conselheiro eleito pelos trabalhadores para o Conselho de Administração dos Correios, Marcos César Alves Silva, a ADCAP buscou a resposta, que é trazida na matéria a seguir.
 
Direção Nacional da ADCAP.


“As verdadeiras causas do prejuízo
dos Correios.”


Por Rosiane Amaral, para a ADCAP

“Não é má gestão, declínio na quantidade de cartas, redução da rentabilidade e nem os custos com o plano de saúde dos empregados a real causa do prejuízo que, desde 2013, os Correios vêm registrando.” A afirmação é do representante dos empregados no Conselho de Administração dos Correios, Marcos César Alves Silva. Para ele o que, de fato, abalou a situação econômico-financeira da empresa foi a mudança nos critérios contábeis, que determinaram o provisionamento para a cobertura das despesas com o pós-emprego dos trabalhadores. Os novos critérios, que seguem parâmetros internacionais e foram introduzidos no país pela norma CPC 33, passaram a ser praticados nos Correios também em 2013. 

Segundo o conselheiro, a implantação dessas mudanças contábeis em estatais, que são grandes empregadoras, não recebeu a atenção necessária por parte do Governo Federal. Argumenta que, no mínimo, essas organizações deveriam ter sido preparadas de alguma forma para o impacto econômico-financeiro que sofreriam em decorrência da modificação contábil. “No caso dos Correios, a situação foi ainda mais grave, em função do cenário encontrado. A empresa já vinha descapitalizada pelo congelamento de tarifas, ocorrido entre 2012 e 2014, e também pelo recolhimento excessivo de dividendos, muito além do limite mínimo de 25% estabelecido em lei. Entre 2007 e 2013, foram recolhidos como dividendos, além do mínimo, cerca de R$ 6 bilhões em valores corrigidos”, justifica Marcos César. 

Relatório – O detalhamento dos prejuízos está no relatório 201700921, no qual a Controladoria Geral da União (CGU) avalia a situação dos Correios de 2011 a 2016 e aponta a gravidade da situação econômico-financeira da empresa. 

Visão aprofundada – A partir da divulgação do relatório, a situação dos Correios passou a pautar entrevistas e noticiários, gerando uma série de dúvidas e questionamentos. Embora o prejuízo seja real, as justificativas apresentadas, até agora, não contemplaram uma análise mais aprofundada, sendo muitas vezes baseadas em informações equivocadas e sem o devido conhecimento dos fatos geradores. 

Preocupada em mostrar contrapontos à versão que vem sendo colocada para a população e para o mercado, a Associação dos Empregados dos Correios (ADCAP) foi ouvir o representante dos empregados no Conselho de Administração. Pela complexidade da situação e por considerar as novas regras contábeis “uma caixa preta”, Marcos César tem se dedicado a estudá-las com profundidade. Constantemente tem levado o assunto para debate nas reuniões do Conselho de Administração e também mantido contatos com autoridades. O objetivo é buscar apoio e assim tentar encontrar formas para amenizar os impactos que a empresa vem sofrendo. 

As respostas, a seguir, constituem importantes subsídios para que se compreenda as reais causas da situação econômico-financeira dos Correios, que são, na visão do conselheiro, bem distintas das que vêm sendo apregoadas por autoridades.

1) Os Correios realmente estão apresentando prejuízo?

Sim, mas este resultado se deve, em grande parte, à mudança contábil introduzida a partir da norma CPC 33, que trata do pré-pagamento dos benefícios do pós-emprego. Não fosse a contabilização que decorre exclusivamente dessa norma, a empresa seria lucrativa. Isso pode ser comprovado com a leitura atenta do relatório nº 201700921 - "Avaliação da Situação Econômico-Financeira-Correios - Exercícios de 2011 a 2016", produzido pela Controladoria Geral da União (CGU).  

2) O que dizer da afirmação de que ninguém mais manda carta?

Embora o segmento “mensagens” tenha apresentado uma queda de receita de 4% em 2017, o volume de mensagens nos Correios, incluindo as cartas, continua bastante expressivo. São indevidas as declarações que fazem alguns desavisados ao comentar que “as cartas estão acabando por que ninguém mais as escreve”. Isso só demonstra o completo desconhecimento do assunto, pois há décadas as cartas pessoais representam apenas traço nas estatísticas postais brasileiras. Mesmo assim, por muitos anos, a postagem de cartas cresceu, alavancada por objetos comerciais – boletos e contas – esses, sim, representam, há muito, a quase totalidade dos objetos enviados. 

3) Os serviços tradicionais dos Correios, especialmente a carta, não enfrentam nesse momento uma situação de obsolescência, com a proliferação da comunicação eletrônica? 

Em 1997, com a popularização da internet, foi anunciado o fim da comunicação em papel. Naquela ocasião, os Correios lançaram, de forma pioneira no mundo, o telegrama e a carta via internet, demonstrando que não há que se ter receio da inovação, mas sim aproveitá-la em benefício dos clientes. A comunicação em papel tem ainda um espaço importante na vida das pessoas, pois em muitas situações é mais conveniente ou eficaz que a comunicação eletrônica.

4) Sobre o desequilíbrio econômico-financeiro, o relatório da CGU explica suas causas?

A CGU menciona as questões da defasagem tarifária e das mudanças dos critérios contábeis. Talvez fosse importante que enfatizasse mais a importância das mudanças contábeis, em função de seu significativo impacto para o quadro econômico-financeiro dos Correios. Quem lê o relatório rapidamente, talvez não perceba isso com facilidade.

5) Se a empresa sempre deu lucro, por que a partir de 2013 começou a acumular prejuízos?

Diferentemente do que vem sendo afirmado, o desequilíbrio financeiro dos Correios não decorre da redução de seus negócios, nem dos efeitos do plano de saúde dos trabalhadores, vilanizado pela atual direção. Na verdade, o fator que influenciou, de forma decisiva, para a inversão de resultados foi mesmo a mudança na contabilização das obrigações com o chamado benefício pós-emprego. Além disso, entre 2007 e 2013, o Governo Federal levou dos Correios, em valores atualizados, cerca de R$ 6 bilhões de reais de dividendos, além do mínimo estabelecido em lei, que é 25% do lucro líquido. Isso descapitalizou a empresa, que chegara a ter, aproximadamente, esse mesmo valor em caixa.

Em resumo: o acionista, por meio de recolhimentos excessivos, limpou o caixa, deixando a empresa sem recursos para seus investimentos e muito menos para a constituição de um fundo para enfrentar os novos critérios de provisionamento das despesas pós-emprego. O resultado disso vem espelhado nos balanços dos Correios desde 2013, conforme retrata o relatório produzido pela CGU.

6) O que é pós-emprego?

São as despesas futuras que a empresa terá com seus empregados, a partir do momento em que deixarem a organização. Trata-se principalmente das despesas com planos de previdência privada e com assistência médica, hospitalar e odontológica.

7) Como os benefícios pós-emprego eram tratados nos Correios, antes da adoção dos novos critérios contábeis de provisionamento?

Antes a sistemática utilizada era de pagamento à medida em que a despesa se apresentava (pay-as-you-go). Com a mudança nos critérios contábeis, passou a ser exigido o pré-pagamento, ou seja, o provisionamento (pre-funding).

8) Por que essa mudança contábil gerou um impacto tão grande nas finanças da empresa? 

A partir de 2013, com a implantação da norma CPC 33, que exige a contabilização prévia de despesas com pós-emprego (saúde, previdência etc), os Correios foram obrigados a provisionar um volume elevado de recursos, até novembro/17, em torno de R$ 9 bilhões, para arcar no futuro com tais despesas. Esse provisionamento compromete praticamente todo o patrimônio da empresa. E, além do provisionamento, os Correios também precisam contabilizar anualmente o serviço (juros) referentes a esse valor, que representa algo em torno de R$ 1 bilhão. Esse montante equivale ao maior lucro já registrado pela empresa.

9) Como era a situação econômico-financeira da empresa antes da adoção das novas regras contábeis?

Em 2012, último ano antes da adoção da contabilização do pós-emprego, a empresa teve receitas de R$ 16,5 bilhões e um lucro líquido de 1,04 bilhão. A partir de 2013, com as novas regras, a situação mudou radicalmente, produzindo resultados catastróficos no patrimônio da empresa e em seus resultados anuais.

10) Se esses novos critérios contábeis foram tão danosos, a empresa poderia optar por não os adotar? 

O reconhecimento do benefício pós-emprego nos balanços das empresas é uma medida legal no Brasil e está alinhado a práticas internacionais, ainda que nos EUA não constitua uma obrigação das empresas, que podem fazer ou não esse tipo de provisionamento. Segundo soubemos, apenas 30% das empresas listadas na Fortune 1000 (mil maiores empresas norte-americanas) fazem esse tipo de provisionamento.

11) A empresa poderia ter sido preparada para enfrentar essas mudanças na forma do provisionamento? 

Com certeza, sim. Primeiramente, sabendo da mudança contábil a ser implantada, o Governo Federal poderia ter evitado o recolhimento excessivo de dividendos da empresa. Poderia também ter mantido nossas tarifas atualizadas. E, por último poderia ter orientado a formação de um fundo, para garantir o pós-emprego. Em vez disso, o que se viu foi a ausência de medidas preliminares do Governo Federal e das próprias direções da empresa para lidar com o impacto contábil dessa magnitude. As conseqüências aparecem claramente no balanço. Houve falha de órgãos como a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional / Ministério da Fazenda (PGFN/MF) e a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais / Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (SEST), que deveriam cuidar da sustentabilidade das estatais, antevendo riscos e preparando contramedidas. 

12) Considerando que não foram tomadas medidas preventivas, ainda é possível buscar soluções para reverter a situação?

Para que os Correios e outras grandes empregadoras estatais possam lidar com essa nova realidade contábil, imposta sem a devida preparação, serão necessárias medidas estruturantes. No entanto, enquanto elas não existem, medidas paliativas podem, pelo menos, assegurar os compromissos assumidos com os benefícios do pós-emprego. As autoridades do Governo Federal deveriam se concentrar na avaliação de medidas como, por exemplo, a montagem de um fundo com títulos públicos para capitalizar os Correios. O que não se pode aceitar é que empresas estatais como os Correios sejam abandonadas à própria sorte. Ameaças de privatização ou, simplesmente, atribuir aos direitos conquistados pelos trabalhadores a culpa pelo quadro deficitário é, no mínimo, uma atitude irresponsável.

13) Se os reais motivos do desequilíbrio financeiro dos Correios são as mudanças contábeis e a descapitalização da empresa, por que autoridades e, mesmo, dirigentes continuam atribuindo a responsabilidade a uma série de outros fatores?

Realmente, não é raro ouvir análises superficiais que buscam atribuir a responsabilidade pelo atual quadro econômico-financeiro às despesas com o plano de saúde ou à ineficácia de gestões anteriores. Ao afirmarem isso, não levam em conta que o plano de saúde dos Correios existe há décadas e que em outros anos as métricas utilizadas apontavam para uma organização saudável, com resultados equilibrados e consistentes, conforme consta nos balanços e relatórios de gestão e de administração. Considero imprescindível que isso seja bem esclarecido, porque a busca de soluções passa sempre por entender as reais causas de um problema.

14) O que está acontecendo com os Correios no Brasil já ocorreu com outros correios?

Em 2006, o correio americano (USPS) teve que adotar uma mudança contábil similar a essa. O contexto era um pouco diferente do nosso, ou seja, não se tratava da implantação de uma nova norma contábil, pois lá esse pré-pagamento não é obrigatório, mas sim de uma determinação do Congresso. Decisão tomada para manter com o Tesouro Americano um excedente de recursos recolhidos pelo correio para o fundo previdenciário. Com o tempo, a medida se mostrou desastrosa para o USPS e tem motivado uma série de discussões sobre sua adequação. O USPS não tem conseguido pagar as prestações no prazo estabelecido (dez anos). Para tentar resolver a situação, cogitam eliminar a obrigatoriedade do pré-pagamento ou o financiamento do pagamento em 40 anos, em vez dos atuais 10, mas o tema não está ainda pacificado por lá. 

O fato concreto é que, após essa medida, o USPS, que nunca dependera do Tesouro Americano, não conseguiu mais se reequilibrar financeiramente.  

15)  Como representante dos empregados no Conselho de Administração dos Correios, qual tem sido a sua posição em relação a este tema? 

Para que se encontre o caminho da sustentabilidade, é fundamental adotar medidas de correção dos efeitos da aplicação das novas práticas contábeis nos Correios. Com o intuito de auxiliar na busca de medidas efetivas, tenho me dedicado a estudar o assunto e realizado reuniões com áreas técnicas da empresa. Também estou buscando aprender com a experiência de outras organizações, que estão passando pela mesma situação, como é o caso do correio americano. 

16) Que providências o conselheiro já tomou para tentar minimizar a situação?

Em novembro apresentamos, em reunião do Conselho de Administração, Comunicação abordando o tema pós-emprego e seu impacto nos resultados da empresa. A partir da apresentação da Comunicação, adotamos as seguintes medidas relacionadas ao aprofundamento da discussão do tema:

- envio de ofício aos ministros - MCTIC, Fazenda, Planejamento e Casa Civil, apresentando a alternativa adicional de se avaliar o ajuste de normas e leis, para reduzir o impacto dessas mudanças contábeis nas empresas estatais; essa alternativa se somava à proposta originalmente apresentada de aporte de capital;
- recebimento de resposta da Coordenação-Geral de Participações Acionárias do Tesouro Nacional, informando a posição da Coordenação, contrária à mudança das normas e leis, e acrescentando que a Coordenação estava ciente das dificuldades econômico-financeiras enfrentadas pela empresa e que vinha adotando, no âmbito de sua atuação, todas as medidas cabíveis para solução do problema;
- envio de ofício à Coordenação-Geral de Participações Acionárias do Tesouro Nacional esclarecendo alguns pontos do posicionamento inicialmente apresentado e reforçando a expectativa de que encontrem meios de corrigir os efeitos causados na empresa pela aplicação da CPC 33, logo após um processo de forte descapitalização induzido pelo controlador (Governo Federal).

Além disso, realizamos diversas reuniões com áreas técnicas da empresa, buscando aprofundar nosso conhecimento sobre o tema. Temos convicção de que adotar medidas para corrigir os efeitos da aplicação das novas práticas contábeis aos Correios é fundamental para que se encontre o caminho da sustentabilidade.

17) Quais os maiores desafios que os Correios precisam vencer na atualidade para se manterem sustentáveis? 

Em primeiro lugar, resolver a contabilização do pós-emprego, de forma que a empresa tenha uma visão mais adequada de seus reais resultados. Em paralelo, aprimorar a qualidade operacional, considerando, inclusive, a absorção de crescentes volumes de encomendas; desenvolver a empresa, aproveitando as oportunidades abertas pela Lei nº 12.490/11, de modernização dos Correios, e implantar, de maneira integral, as disposições da Lei nº 13.303/2016 (lei das estatais), profissionalizando a gestão do topo à base.

Marcos César Alves Silva (foto) é Administrador Postal Senior, membro eleito pelos trabalhadores para o Conselho de Administração dos Correios e associado da ADCAP.