Guedes quer 'plano de voo' para diminuir dependência de estatais do Tesouro
União banca hoje 19 estatais; manobra evita
Correios de entrarem na conta do teto de gastos
Folha SP
16/12/2020
O ministro Paulo Guedes (Economia) pretende
criar um "plano de voo" para estatais dependentes do Tesouro. O
objetivo oficial é elaborar um projeto de reequilíbrio das contas de cada
empresa para reduzir gastos da União, mas a medida também cria uma espécie de
manobra para evitar que empresas como os Correios demandem recursos e
estourem o teto de gastos.
Parte do plano foi proposto na modificação do
PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) na terça-feira (15). O texto
foi aprovado pelo Congresso nesta quarta-feira (16).
Guedes enviou uma modificação no projeto
apresentado em abril para inserir uma meta fixa de resultado primário exigida
pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Ele aproveitou para propor ajustes nas
normas para estatais.
Antes, o PLDO previa em termos gerais que as
estatais com um plano de sustentabilidade ou reequilíbrio econômico-financeiro
aprovado continuariam a receber recursos da União, mas não detalhava a medida.
A modificação desta semana cria critérios mais claros para melhorar as contas
das empresas.
Tecnicamente, o texto prevê um mecanismo de
transição das estatais entre os chamados Orçamento fiscal (que abrange as
dependentes e que impacta o teto de gastos) e o Orçamento de investimentos (que
engloba as independentes, e que não impacta o teto de gastos).
Marcos Mendes, especialista em contas
públicas e colunista da Folha, diz que o governo tenta, com a medida, adiar a
inclusão de mais empresas dependentes no Orçamento regular, o que diminui o
impacto no teto.
Isso porque estatais que se tornam
dependentes do Tesouro têm que passar a ter suas despesas que são pagas pela
União (como folha de pagamentos) registradas no Orçamento. Aconteceu, por
exemplo, com a Telebras, que era independente e virou dependente a partir de
2020.
A interpretação é que há várias empresas
independentes que deveriam ter virado dependentes, como Correios e Casa da
Moeda.
"Para evitar colocá-las no orçamento
fiscal, e impactar o teto de gastos, criou-se uma transição com a concordância
do TCU de passar primeiro por um programa de ajustamento, para tentar reverter
a dependência de verbas do Tesouro e voltar a ser independente. Isso adia por
algum tempo a decisão de colocá-las para dentro do orçamento fiscal. O correto
seria privatizar ou extinguir, mas isso está politicamente cada vez mais
difícil", afirma.
Membros da equipe econômica dizem que o plano
servirá principalmente para que empresas que viraram dependentes façam um plano
para sair dessa situação, ou ainda para evitar que outras entrem nesse quadro.
O principal caso citado é justamente o dos Correios, que nos últimos anos gerou
alertas sobre o risco de passar a depender do Tesouro.
São consideradas dependentes as estatais que
recebem recursos da União para cobertura de despesas com pessoal e para custeio
em geral. Há 19 empresas nessa situação atualmente, como Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Valec, de construção e manutenção de
ferrovias.
As subvenções do Tesouro para as estatais
dependentes crescem a um ritmo nominal de 15% ao ano e em 2019 chegaram a R$
17,5 bilhões. Em ao menos 12 casos, as subvenções representaram mais de 80% de
toda a receita obtida por esse conjunto de empresas.
O conjunto das estatais federais dependentes
tem registrado prejuízos recorrentes mesmo com o recebimento de subvenções. Em
2019, o resultado dessas companhias ficou negativo em R$ 1,9 bilhão.
O objetivo da equipe econômica é avaliar com
profundidade a condição de dependência da empresa durante o período em que o
plano da estatal vigorar, além de criar medidas administrativas e orçamentárias
para a melhora nos números.
A pasta vem chamando internamente o processo
de "plano de voo" das estatais, algo que ainda precisaria ser
regulamentado por ato do Executivo.
O mecanismo é entendido por técnicos do
governo como um aperfeiçoamento para as desestatizações, mas especialistas
apontam um alcance limitado da medida e veem até retrocesso para as
privatizações.
Técnicos do Congresso avaliam que o novo
texto suaviza o PLDO anterior, permitindo uma transição mais suave e não
obrigando mudanças imediatas de todas as dependentes.
A economista Elena Landau, diretora de
privatizações do BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social) de 1994 a
1996, também afirma que o plano representa um abrandamento na desestatização.
Isso porque porque quando as companhias
passarem para o orçamento de investimentos, deixam de disputar recursos com
outras rubricas.
"Isso é muito ruim, do ponto de vista
conceitual. Se você não colocar a estatal competindo por Orçamento, pelas
despesas mais nobres, aí mesmo que você não vai privatizar. Precisa ficar claro
para a sociedade que você precisa vender", afirmou. "No fundo, está
flexibilizando", disse.
O PLDO ainda diz que as estatais precisam
entrar no PND (Plano Nacional de Desestatização) para permanecer no Orçamento
de investimento e receber aportes da União em 2021.
Mesmo assim, Landau vê alcance limitado.
"O fato de entrar no PND não quer dizer nada. Os Correios, por exemplo,
estão lá. Você só acelera a privatização se não afrouxar nada", afirma.
Programa de privatizações empaca e maioria dos leilões previstos para 2020 vira promessa para 2021
Lista de projetos adiados inclui, além da
venda de estatais, o leilão do 5G, aeroportos, rodovias, ferrovias e parques.
Nova meta do Ministério da Economia é realizar 9 privatizações em 2021.
G1
17/12/2020
A equipe do ministro da Economia, Paulo
Guedes, teve grande dificuldade para avançar em 2020 com o programa federal de
privatizações. Em dois anos de governo, nenhuma estatal de controle direto da
União foi vendida e muitos dos leilões de concessão ou de parceria com a
iniciativa privada previstos para o ano foram adiados ou cancelados.
Em novembro, Guedes admitiu estar
"bastante frustrado" por ainda não ter conseguido vender uma estatal.
Na ocasião, ele afirmou que "acordos políticos" no Congresso têm
impedido as privatizações.
Em 2020, apenas 9 projetos federais da
carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foram anunciados como
concluídos. Em janeiro, o governo previa leiloar ao menos 64 projetos.
O governo ainda conta com a conclusão de mais
8 projetos até o final do ano, incluindo o leilão de 11 lotes de linha de
transmissão de energia marcado para esta quinta-feira (17). Ainda assim, o
número total no ano não será nem a metade do registrado em 2019, quando foram
realizados 36 leilões. Veja no gráfico abaixo:
"O ano de 2020 foi de frustração porque
existia uma expectativa – mais do governo até do que do próprio mercado. Eu
diria que houve uma inabilidade, inaptidão e falta de capacidade mesmo dos
principais atores do governo para tocar essa agenda", afirma o economista
Fernando Camargo, sócio-diretor da LCA Consultores.
A lista de promessas frustradas no ano
inclui, entre outros, o leilão do 5G (tecnologia que promete conexões
ultra-rápidas de internet e que vem sendo alvo de disputas entre EUA e China),
22 aeroportos, 6 rodovias, 3 parques, 2 ferrovias e a venda de estatais como
Eletrobras, Casa da Moeda e Ceagesp.
Quando assumiu o cargo, Guedes estimou que a
privatização das estatais poderia render mais de R$ 1 trilhão para os cofres
públicos – valor considerado superestimado pelos analistas.
Mesmo após o choque trazido pela pandemia do
novo coronavírus, Guedes pretendia fazer ao menos quatro grandes privatizações
em 2020: Eletrobras, Correios, Porto de Santos e Pré-Sal Petróleo S.A. Em
agosto, afirmou que o governo anunciaria "três ou quatro grandes
privatizações" em até dois meses.
Nenhuma estatal de controle direto da União,
no entanto, foi vendida até o momento. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro
decidiu se posicionar conta a privatização de empresas federais incluídas no
PPI, como Casa da Moeda e Ceagesp.
O programa de privatizações do governo prevê
a venda de estatais, além de projetos de concessão, arrendamento e outros
modelos de parceria em diferentes áreas como transportes, defesa, óleo e gás,
energia, mineração e até parques nacionais e florestas.
Ao todo, são mais de 200 ativos federais
atualmente na carteira em diferentes áreas como transportes, defesa, óleo e
gás, energia, mineração e até parques nacionais e florestas, além do apoio a
projetos subnacionais (municipais e estaduais) em saneamento, resíduos sólidos,
iluminação pública e gás natural.
A nova meta da equipe econômica é realizar
104 leilões em 2021, incluindo 9 privatizações, entre as quais Eletrobras e Correios,
além de 25 projetos de estados e prefeituras. Se os projetos saíram do papel, a
expectativa é que resultem em mais de R$ 371 bilhões em investimentos ao longo
dos anos de contrato. Veja no quadro abaixo:
No dia 11 de dezembro, o Ministério da
Economia anunciou também um programa para acelerar a venda de imóveis da União
e tentar levantar R$ 110 bilhões até 2022. No início do ano, Guedes havia dito
que o governo poderia vender R$ 1 trilhão em imóveis para abater dívida.
O ministro continua defendendo a
desestatização como medida para baixar a dívida pública e, com isso, economizar
no pagamento de juros, que somam de R$ 300 bilhões a R$ 400 bilhões por ano.
Segundo dados do Tesouro Nacional, o governo
detém 46 empresas estatais de controle direto e 160 de controle indireto – a
maioria delas subsidiárias da Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil.
O que saiu do papel em 2020
No ano, até o momento, foram considerados
concluídos apenas 9 projetos da carteira do programa de desestatizações. São
eles:
1 ferrovia (renovação da concessão da
Rumo-Malha Paulista)
1 rodovia (concessão da BR-101/SC)
2 terminais portuários (arrendamentos de áreas em Santos)
1 óleo e gás (2º Ciclo de Oferta Permanente de áreas de exploração)
1 mineração (1ª Rodada da Disponibilidade de Áreas)
2 liquidações de empresa pública (Companhia de Armazéns e Sios do Estado de
Minas Gerais- CASEMG e Companhia Docas do Maranhão - CODOMAR
1 autorização de dissolução societária (início da desestatização da Ceitec)
Embora inicialmente a intenção fosse vender Ceitec (Centro Nacional de
Tecnologia Eletrônica Avançada), o governo publicou no dia 15 de dezembro
decreto autorizando a dissolução societária da estatal que atua na área da
indústria de microeletrônica. Na prática, a medida dá início ao processo de
liquidação da Ceitec, após conclusão de que não haveria interesse de mercado
pela empresa.
No dia 15, foram recebidas propostas de seis
grupos interessados na concessão dos Parque Nacional de Aparados da Serra (RS)
e do Parque Nacional da Serra Geral (SC). A disputa, porém, só deverá ser
concluída no dia 11 de janeiro, quando serão conhecidas as propostas
econômicas.
O que o governo prevê realizar até o fim de 2020
3 ferrovias (renovações da EFVM e EFC, e
projeto da Ferrovia de Integração Centro-Oeste - FICO)
4 terminais portuários (arrendamentos de áreas em Paranaguá/PR, Maceió/AL e em
Aratu/BA)
1 leilão de energia (11 lotes de linha de transmissão)
Caso todos esses projetos sejam concluídos até o final do ano, a estimativa do
PPI é que o programa de privatizações e concessões feche o ano com a
contratação de cerca de R$ 39 bilhões em investimentos e uma arrecadação de R$
4,7 bilhões, considerando também os projetos subnacionais.
Em 2019, 1º ano do governo Bolsonaro, os 36
leilões de realizados no âmbito do PPI – a maioria deles estruturado ainda no
governo de Michel Temer – garantiram investimentos da ordem de R$ 446,2 bilhões
e uma arrecadação de R$ 90,7 bilhões aos cofres públicos.
O que foi adiado ou cancelado
Levantamento do G1 a partir dos cronogramas
divulgados pelo PPI mostra que, dos 64 projetos que estavam previstos no começo
do ano para saírem do papel em 2020, ao menos 50 foram adiados e 5 tiveram o
andamento suspenso ou cancelado.
Entre os leilões de infraestrutura que foram
adiados para 2021 estão o do 5G, rodovias BR-153/080/414/GO/TO,
BR-163/230/MT/PA, Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e 22 aeroportos
divididos em 3 blocos regionais.
Dois leilões de geração de energia também
foram suspensos em razão da pandemia de coronavírus.
O leilão do terminal de passageiros de
Mucuripe (CE) foi abortado e segue sem novo cronograma em razão do abalo da
crise da Covid-19 no setor de turismo e, por extensão, na atratividade do
projeto.
Ao longo do ano, o governo também desistiu de
buscar um sócio privado para a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3,
paralisadas há anos.
A privatização da Casa da Moeda foi em definitivo
para a gaveta. Em setembro, Bolsonaro anunciou que a estatal não será mais
privatizada no seu governo, tendo em vista informações que teve de outros
países que "a privatizaram e depois voltaram atrás”.
Em outubro, o governo também recuou e decidiu
revogar em menos de 24 horas um decreto que autorizava o Ministério da Economia
a realizar estudos sobre a inclusão das unidades básicas de saúde (UBSs) no
programa de privatizações.
Outro revés no programa de privatizações foi
a decisão do consórcio vencedor do leilão da Lotex de se retirar do processo de
concessão, após ter pedidos não atendidos pela Caixa Econômica Federal e pelo
governo. A Lotex foi a primeira concessão federal no setor de loterias e era
tratada como um teste para uma maior abertura do mercado de jogos.
Já o projeto de privatização da Ceagesp,
inicialmente previsto para ser concluído em 2020, foi retirado dos cronogramas
e apresentações divulgadas pelo PPI. No dia 15, Bolsonaro afirmou que não vai
deixar que "ratos sucateiem" e "privatizem" a Companhia de
Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo.
O G1 procurou o Ministério da Economia e
solicitou esclarecimentos sobre o status e futuro da Ceagesp no PPI. A pasta respondeu
que "não vai se manifestar sobre o assunto".
Agenda de privatização tem avanços nos
estados
Entre os destaques do ano, estão projetos de desestatização estaduais e
municipais nas áreas de iluminação pública, saneamento básico e distribuição de
energia.
Em outubro, a concessão dos serviços de
abastecimento de água e esgoto da região metropolitana de Maceió rendeu um
pagamento de R$ 2 bilhões em outorga. Já a concessão de esgotamento sanitário
dos municípios de Cariacica e Viana, no Espírito Santo, garantiu R$ 580 milhões
em investimentos.
No dia 4 de dezembro, a privatização da CEB
Distribuição – braço da Companhia Energética de Brasília, marcou a retomada no
país dos leilões de venda de estatais do setor de energia após 2 anos sem
avanços e de impasses sobre a venda da Eletrobras. A empresa foi vendida por R$
2,51 bilhões, 76,63% acima do valor mínimo fixado pelo edital.
Para 2021, são esperadas as privatizações das
empresas estaduais CEA (Amapá), CEEE-D e CEEE-GT (Rio Grande do Sul), MSGás,
Sulgás, além das concessões de companhias estaduais de saneamento no Rio de
Janeiro, Acre e Porto Alegre, cujos processos estão sendo estruturados sob a
coordenação do BNDES.
Expectativas e desafios
Apesar dos adiamentos de diversos leilões e das incertezas em torno da venda de
estatais, os analistas destacam que a agenda de concessões e parcerias
público-privado segue com boas perspectivas, com ampliação do número de
projetos em estruturação e de áreas a caminho de uma maior abertura de mercado.
Para o advogado Alberto Sogayar, sócio da
área de infraestrutura do L.O Baptista Advogados, a consequência positiva da
frustração de expectativas em 2020 é que o mercado de infraestrutura tende a
ficar "aquecido a partir do ano que vem”.
A privatização mais aguardada continua sendo
a da Eletrobras, que é avaliada em cerca de R$ 60 bilhões. Mas, como os
Correios, também depende de provação de projeto no Congresso Nacional para ter
seu controle transferido para o setor privado.
Na área de concessões, as maiores e mais
aguardadas são o leilão do 5G, ainda envolto por dúvidas sobre eventual
restrição para a tecnologia chinesa, a relicitação da rodovia Dutra, o leilão
de mais 22 aeroportos, marcado para março de 2021, e a concessão da Ferrovia de
Integração Oeste-Leste (FIOL), prevista para abril.
Em meio à perspectiva de recuperação lenta da
economia em 2021 e de uma necessidade cada vez maior de fontes extras de
recursos e de medidas para o reequilíbrio das contas públicas, a avaliação do
mercado é que a agenda de privatizações possa enfrentar menor resistência.
A taxa de investimento em percentual do PIB
(produto Interno Bruto) vem registrando sucessivas quedas nos últimos anos e
encerrou o 3º trimestre em 16,2%. Em 2013, chegou a superar 21% do PIB. Já são
7 anos seguidos de déficit fiscal, ou seja, com as despesas do governo
superando as receitas de impostos e contribuições, o que tem feito o país ficar
mais dependente do setor privado para garantir uma retomada dos investimentos.
Black Friday confirma frete expresso e foco no consumidor entre as tendências para 2021
E-commerce Brasil
17/12/2020
As melhores expectativas do e-commerce
brasileiro sobre a Black Friday 2020 se confirmaram na última semana de
novembro, quando novos e antigos consumidores correram para aproveitar os
descontos das lojas virtuais.
Segundo levantamento realizado pela
Ebit|Nielsen, o faturamento alcançado nas vendas online durante os dias 26 e 27
foi de R$ 4 bilhões, um aumento de mais de 25% em relação a quinta e
sexta-feira da semana promocional em 2019.
Já a pesquisa da Neotrust mostra crescimento
ainda mais significativo, de 31% nos dois dias mais movimentados, o que gerou
cerca de R$ 5,1 bilhões em faturamento no setor.
Mais do que bons resultados, a Black Friday
de 2020 também trouxe as confirmações de algumas tendências para 2021.
Para começar, está a participação de pequenos
e médios e-commerces, que seguem conquistando sua fatia no mercado.
No Melhor Envio, plataforma de intermediação
de frete que busca aumentar a competitividade das empresas de menor porte, o
período registrou aumento de 33% em relação à movimentação de 2019.
Outro dado importante observado pela
plataforma de fretes foi sobre a Cyber Monday, que teve um aumento de 40% no
número de frete gerados em relação à sexta-feira e 360% mais alto do que no
mesmo dia do ano anterior.
Foco no consumidor é essencial para sair na
frente
Não há dúvidas que o e-commerce ganha cada vez mais relevância no varejo. O
processo, que já vinha de alguns anos, foi acelerado consideravelmente pelos
cuidados com distanciamento social exigidos pela pandemia do coronavírus, que
levou milhões de brasileiros a realizarem sua primeira compra online em 2020.
Contudo, a maior demanda foi acompanhada pela
maior oferta de lojas virtuais, com novos negócios surgindo a cada dia. Diante
deste cenário, oferecer o que o público procura é essencial para sair na frente
da concorrência.
E é fácil perceber que os consumidores, com
todo o direito, estão cada vez mais exigentes, e que apenas ter o menor preço
não é mais garantia de sucesso.
Entrega expressa ganha preferência
A escolha da modalidade de frete preferida no Melhor Envio durante o período da
Black Friday comprova esse perfil do consumidor.
Diferente do que muita gente pode imaginar, o
serviço mais escolhido nos fretes pelos Correios foi o Sedex, modalidade
de entrega expressa da estatal, com 49% dos envios realizados na transportadora
por meio da plataforma.
Ou seja, lojistas e clientes preferiram
trocar os valores mais baixos do PAC – modalidade de entrega econômica – pela
agilidade.
Vale saber, os Correios seguem em alta entre
pequenos e médios lojistas, e a transportadora foi escolhida em 65% dos fretes
gerados no Melhor Envio na Black Friday.
Público busca identificação com as empresas
Em um primeiro momento, donos de pequenos e médios e-commerces podem se
assustar com grandes concorrentes, como as gigantes Amazon e Via Varejo, que
apostam alto nas vendas pela internet.
Todavia, um novo perfil de consumo apresenta
notícias reconfortantes. Pautas como sustentabilidade e identificação com
empresas, além da preferência por negócios locais, aparecem com mais força nas
escolhas do público. Muitos clientes que compram pela internet afirmam buscar
negócios que tenham posturas compatíveis com essas preocupações.
Com isso, o uso de materiais eco-friendly e
recicláveis, tanto na produção dos artigos, quanto nas embalagens usadas para
envio, se mostra uma boa tendência para perseguir em 2021, assim como o
investimento no público local.
É claro que a comunicação e o marketing
também devem seguir o mesmo caminho. Aqui, é importante combinar o discurso com
as ações, já que todos aspectos de uma empresa são observados pelos consumidores.
Atendimento é ponto decisivo na experiência
do cliente
Quando falamos que “todos os aspectos são observados”, não é exagero. Isso
explica por que tem se falado tanto na importância da experiência do cliente.
O público procura por lojas online que
ofereçam uma experiência satisfatória do início ao fim do processo de compra.
Começando, claro, pela navegação no site, que deve ser intuitiva, simples e
agradável – seja no desktop ou nos dispositivos móveis.
Entre outros pontos básicos, estão a facilidade
na finalização da compra e variedade de meios de pagamento disponíveis, por
exemplo. E, claro, a entrega eficiente, dentro do prazo e com os artigos em
perfeitas condições.
Contudo, com toda a concorrência, não é
interessante ficar apenas no “básico”.
É bom lembrar, por exemplo, que os clientes
gostam de encontrar muitas alternativas para realizar as compras da forma que
acharem mais conveniente. Por isso, é sempre interessante apostar em diferentes
meios de pagamento e opções de entrega.
Como os resultados do Melhor Envio na Black
Friday comprovam, nem sempre o frete mais barato será o preferido, já que muita
gente topa pagar um pouco mais para receber os produtos em menos tempo.
Logo, quanto mais alternativas de frete,
melhor. A entrega econômica e a expressa não podem faltar, mas o ideal é
oferecer uma série de opções em prazos e valores, deixando a escolha com os
consumidores.
Finalmente, é preciso saber que todo o
trabalho vai ser em vão se o e-commerce não garantir atendimento de primeira
linha. Apesar da distância física das compras pela internet, o consumidor tende
a valorizar um atendimento personalizado e, claro, acessível.
Ou seja, é importante que seus clientes
consigam fazer contato com a loja virtual sempre que acharem necessário, seja
para tirar dúvidas sobre produtos, concluir uma compra ou, principalmente,
encontrar a resolução de um problema.
Bem-estar e autocuidado em alta
O ano de 2020 fez muita gente repensar hábitos cotidianos em busca do bem-estar
e autocuidado, mesmo em meio a tantas mudanças e dúvidas sobre o futuro. E, com
mais tempo dentro de casa, as atividades de rotina também passam por mudanças.
Tanto que as categorias de Beleza &
Cuidados Pessoais e Arte, Papelaria & Armarinho aparecem com destaque nos
fretes intermediados pelo Melhor Envio durante a Black Friday, com 9% e 8% do
total de entregas, respectivamente.
Porém, categorias de roupas e acessórios
alcançaram, com folga, os primeiros lugares entre as mais vendidas. Segundo a
plataforma de intermediação de fretes, a categoria de Calçados, Roupas &
Bolsas foi a grande campeã, responsável por 20% dos envios realizados. Logo
depois temos Joias & Relógios, com 11% nos fretes gerados.
Os números apresentados pelo Melhor Envio
acompanham a tendência geral do varejo durante a Black Friday 2020, como mostra
o levantamento da Neotrust|Compre & Confie.
Mais uma vez, Moda & Acessórios aparece
na primeira posição, seguida por Beleza, Perfumaria & Saúde. Artigos para
Casa, Entretenimento e Eletrodomésticos também seguem no topo da lista.
Lições que ficam para 2021
Como deu para perceber, 2020 deixou algumas lições importantes no e-commerce,
que devem ser lembradas no planejamento para o próximo ano. Uma das principais
é que o público está exigente, e sua loja online deve se preparar para atender
a essas expectativas.
Isso vai além dos produtos oferecidos na
vitrine virtual, já que toda a experiência de compra é avaliada, desde a
navegação do site até a entrega do produto na casa do cliente.
Felizmente, a tecnologia está aqui para
ajudar.
O Melhor Envio é uma plataforma de
intermediação de frete que realiza a cotação simultânea com diferentes
transportadoras, permitindo que lojistas e seus consumidores escolham sempre a
opção mais conveniente naquele momento.
Com mais de 300 mil lojistas cadastrados e
alto volume de entregas, a plataforma negociou contratos vantajosos com essas
empresas de transporte, ajudando na competitividade de pequenos e médios
e-commerces ao reduzir os custos com o frete dos produtos.
Além disso, a plataforma garante uma série de
ferramentas para organização e acompanhamento das entregas e integração com
plataformas de e-commerce, ERPs, HUBs e marketplaces. Dessa forma, a rotina da
loja virtual fica muito mais fácil, rápida e menos suscetível a erros.
Todos os serviços oferecidos pelo Melhor
Envio são gratuitos, livre de mensalidades, contratos pagos ou número mínimo de
encomendas por mês. O lojista paga apenas pelos fretes gerados na plataforma!
Faça como milhares de lojistas por todo o Brasil e aproveite todas as vantagens
do Melhor Envio.
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Release distribuído pela ADCAP à imprensa
O desafio logístico da distribuição de vacinas
Por ADCAP
No momento em que, felizmente, começam a ser
distribuídas vacinas anti-coronavirus, fica ainda mais evidenciada a
importância dos serviços de logística no mundo moderno, incluindo a fundamental
participação nesse processo dos Correios, que possuem uma malha de distribuição
que chega às localidades mais afastadas do País.
O desafio de levar muito rapidamente a vacina
aos cidadãos é complexo, em função da peculiaridade de se tratar de um produto
que demanda cuidados adicionais de acondicionamento e que precisa ser entregue
ao destino em prazos bem exíguos. Mas não é algo com que as empresas postais e
de logística não tenham lidado, em proporções menores.
As dimensões dessa gigantesca operação
logística que desafiará os países acrescentam um aspecto que demandará a
conjugação de esforços de muitos atores, para que o desfecho se dê da melhor
forma possível. Não há “bala de prata” aqui; a solução virá de boa coordenação,
esforços convergentes de todos que puderem contribuir e muito trabalho.
No Brasil, como nos EUA e em muitos outros
países do mundo, os Correios constituem uma infraestrutura pública importante,
capaz de contribuir muito para o sucesso dessa complexa operação. Vamos torcer
para que o governo federal consiga fazer uma boa coordenação desse processo, juntando
os esforços necessários, incluindo o dos Correios.
Direção
Nacional da ADCAP.