A
revista Veja desta semana traz uma matéria com o Secretário de Desestatização
do Ministério da Economia Diogo Mac Cord, onde ele declara que “No momento em
que o e-commerce explode no Brasil, os Correios ficaram parados, porque a
empresa é ineficiente.”
O
Secretário segue a trilha malsinada de seu antecessor, Salim Mattar, de tentar
a todo custo desqualificar os Correios para, assim, justificar a decisão de
privatizar a estatal.
O
Brasil talvez seja o único local do planeta em que o agente público responsável
por coordenar os processos de desestatização vem à imprensa fazer declarações
que depreciam e desqualificam os ativos cuja desestatização se encontra em
análise. É como se o corretor de um imóvel desse entrevistas dizendo que o
imóvel que pretende vender não presta, é ruim.
No
caso presente, é ainda pior porque as declarações do Secretário são também
injustas e falsas, pois foram os Correios, com sua infraestrutura em pleno
funcionamento, que ajudaram as empresas brasileiras, principalmente as menores,
a continuarem operando pelo comércio eletrônico durante a pandemia.
Com
relação à empresa estar parada, apesar de essa ser a tônica da atual direção,
comandada pelo general Interventor Floriano Peixoto, indevidamente elogiado
pelo Secretário, felizmente a dinâmica organizacional, empurrada pelos
trabalhadores, franqueados e fornecedores, tem feito a Empresa evoluir. A frota
dos Correios, por exemplo, está entre as mais novas dos grandes operadores
logísticos brasileiros. A partir de 2019 foram adquiridos mais de 7.000
veículos novos. Nada mais falso, portanto, dizer que os Correios estão parados.
Podem estar com o freio de mão puxado pela atual direção, para não desagradar
seu chefe maior, mas não estão parados e podem acelerar muito se a Empresa
voltar a ter uma direção à altura de seus desafios e o governo parar de atirar
injustamente pedras na companhia o tempo todo.
A
motivação de um agente público tentar macular a imagem de uma empresa estatal
que está trabalhando a pleno vapor pelo Brasil, inclusive ajudando no
transporte de materiais para o combate da pandemia, é algo incompreensível que,
em qualquer outro país, já teria merecido atenção superior. Aqui não. Um agente
público ofender a reputação de quem trabalha e chega a pagar com a vida por
isso parece normal. Mas não é. Um dia a sociedade brasileira vai acordar,
enxergar bem a situação e cobrar a responsabilidade por tudo isso.
ADCAP – Associação dos Profissionais dos
Correios
-----------------------------------------------------
A ADCAP – Associação
dos Profissionais dos Correios reconhece e valoriza a atividade jornalística e
mantém-se à disposição da imprensa para fornecer informações
qualificadas sobre
os Correios
Nenhum comentário:
Postar um comentário