01/12/2014 - Notícias sobre os Correios
Correios atrasam salários no Natal
O ESTADO DE S.PAULO
01 Dezembro 2014
Para
equilibrar despesas, pagamento a 125 mil funcionários tradicionalmente feito no
dia 19 este ano ocorrerá somente no dia 31
Um
dos maiores empregadores do País, os Correios decidiram alterar a data
de pagamento dos salários dos seus 125 mil funcionários no mês de dezembro. A
segunda parte do 13º salário também só será pago no dia 19 e não mais no
primeiro dia de dezembro, como ocorre tradicionalmente. Funcionários da empresa
disseram ao 'Estado' que há pelo menos 20 anos os Correios fazem a antecipação
salarial e do benefício no período do Natal.
Os
Correios depositam os salários dos funcionários no último dia do mês. Em
dezembro, contudo, o dinheiro entra na conta no dia 19, antes do Natal. Neste
ano, os funcionários já foram avisados de que os salários só serão depositados
no dia 31 de dezembro, 12 dias depois.
No
caso do 13º, o benefício tradicionalmente é pago no primeiro dia de dezembro.
Mas os Correios prorrogaram para o dia 19 o pagamento. O conselho de
administração da empresa questionou a diretoria sobre a quebra na tradição no
período natalino, mas ainda não obteve resposta.
O
"arrocho" nos Correios não é uma reação antecipada ao fiscalismo da
nova equipe econômica, que será comandada pelo ministro indicado da Fazenda,
Joaquim Levy. Por meio da assessoria, os Correios informaram que a mudança na
data dos pagamentos em dezembro devese à necessidade de "equilibrar as
despesas do período e atende o disposto pela legislação brasileira."
Segundo
os Correios, "em 2014 a empresa teve grandes desembolsos no segundo
semestre com o acordo coletivo de trabalho que reajustou os salários de 90 mil
trabalhadores em cerca de 18% e com o plano de demissão incentivada." Com
a possibilidade de fechar 2014 no vermelho, a empresa enfrenta denúncias de corrupção
no fundo de pensão dos funcionários, o Postalis, que acumula déficit de R$ 2,7
bilhões nos dois últimos anos uma conta que será dividida entre os
funcionários e a empresa.
Desvios.
A Operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos na Petrobrás, encontrou
indícios de que o esquema também funcionou no Postalis. No mês passado, a
Polícia Federal deflagrou operação para combater fraudes na Gerência de Saúde
dos Correios, que teria desviado R$ 7 milhões da empresa e envolveria a
participação da cúpula da estatal no Rio de Janeiro.
Conforme
dirigentes dos Correios ouvidos pelo Estado, pela primeira vez neste ano a
empresa deve contabilizar prejuízo considerando os resultados dos investimentos
e aplicações financeiras. A empresa continua dando prejuízo operacional, quando
se considera apenas a receita com a atividade para a qual foi criada e que tem
exclusividade de atuação entrega de carta, telegrama e correspondência
agrupada.
Oficialmente,
a empresa nega trabalhar com expectativa de prejuízo no balanço do ano de 2014.
Perguntada sobre essa hipótese, responde apenas: "Não." Em meio a
esses números, os Correios gastaram neste ano R$ 42 milhões para alterar a sua
logomarca e foi acusada de uso eleitoral em favor da campanha de Dilma Rousseff
à reeleição.
O
Estado revelou que a empresa abriu exceção para distribuir 4,8 milhões de
panfletos da campanha de Dilma sem chancela, selo que comprovaria a postagem.
Os Correios negaram uso político da empresa.
Sobre o novo
logotipo, a empresa afirmou, na época, que a "nova marca é resultado do
novo posicionamento dos Correios, já que a empresa está entrando em novas
atividades, como serviços postais financeiros, eletrônicos e de logística
integrada e passa por um processo de revitalização desde 2011, com recuperação
da capacidade de investimentos e da qualidade operacional.
Polícia Federal investiga operações
de fundos de pensão das estatais
Jornal Nacional
27/11/2014
Nesta semana, o jornal O Globo
mostrou que investimentos feitos por esses fundos teriam dado prejuízo.
No
Brasil, depoimentos colhidos durante a Operação Lava Jato levaram a Polícia
Federal a uma nova suspeita. Desta vez, sobre a administração de fundos de
pensão de empresas estatais. Esses fundos já são investigados por outros órgãos
de fiscalização.
A
investigação na Previc - Superintendência Nacional de Previdência Complementar
- começou há dois anos, quando foram detectadas as primeiras suspeitas de irregularidades
nos fundos de pensão de funcionários da Petrobras - Petros - e Postalis - dos
funcionários dos Correios.
Nesta
semana, o jornal O Globo mostrou que investimentos feitos por esses fundos
teriam dado prejuízo. O Petros e o Postalis teriam aplicado R$ 73 milhões na
empresa Trendbank, por influência do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Segundo
a reportagem, o Postalis teria aplicado R$ 40 milhões em um fundo do banco BNY
Mellon, por meio de uma gestora de investimentos indicada pelo doleiro Alberto
Youssef. Segundo o jornal, os fundos de pensão de funcionários das estatais são
descritos como o "clube do amém", devido ao direcionamento de
investimentos dessas entidades para negócios suspeitos.
A
conexão entre os fundos de pensão, João Vaccari e o doleiro Alberto Youssef já
tinha sido apontada pelo advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, considerado
pela Polícia Federal como laranja do doleiro.
Ele
disse à polícia e à Justiça que o Petros adquiriu R$ 13 milhões em créditos da
Indústria de Metais do Vale, como parte de um acerto que incluiu o pagamento de
R$ 500 mil em propina a dirigentes do fundo.
O
dinheiro foi repassado a três intermediários, identificados como Claudio Mente,
Rubens de Andrade e Antônio Bahia.
A
operação, segundo Carlos Alberto, seria para beneficiar o diretor do Petros,
Humberto Pires Grault, e outro acima dele, cujo nome disse não recordar.
“Foi
feito, emitido, uma nota através de uma terceira empresa, uma ou várias, duas
ou três, eu não me recordo exatamente. E esse recurso foi desviado para o
pagamento de propina para funcionários da Petros. Segundo o senhor Cláudio
Mente, os funcionários eram o senhor Humberto Pires e mais um diretor”, disse
Carlos Alberto Pereira da Costa.
Nos
negócios suspeitos com fundos de pensão, o laranja também citou o nome do
tesoureiro do PT. Segundo Carlos Alberto, Vaccari esteve várias vezes na CSA,
uma das empresas da quadrilha. Possivelmente a fim de tratar de operações com
fundos de pensão com Cláudio Mente.
A
Previc não quis gravar entrevista, mas informou em nota que as irregularidades
encontradas nos fundos são "situações atípicas" e que outros órgãos
estão colaborando com as investigações, como a Comissão de Valores Mobiliários,
a Superintendência de Seguros Privados, o Ministério Público Federal e o Banco
Central. A Previc não informa quais os responsáveis que estão sendo
investigados. Mas disse que eles foram autuados e estão recorrendo.
O
secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, declarou que nunca orientou os
fundos de pensão, que não ocupava o cargo quando ocorreram os fatos mostrados
na reportagem e que só esteve uma vez com o doleiro Alberto Youssef, em
situação social.
O
Postalis declarou que não houve interferência política, nem influência do
doleiro nos investimentos.
A
Petros negou ter recebido notificação da Previc sobre irregularidades e afirmou
que todas as decisões sobre investimentos são técnicas.
O
Jornal Nacional não conseguiu contato com os outros citados.
Alteração do CEP causa confusão ao receber correspondências
Alteração do CEP causa confusão ao receber correspondências
Jornal de Brasília
26/11/2014
26/11/2014
Receber correspondência pelos Correios
faz parte da rotina do cidadão, seja para receber faturas, encomendas ou
documentos. Mas, para alguns moradores do DF, esta ainda é uma realidade
distante, por conta da falta do Código de Endereçamento Postal (CEP). Na
Fercal, há quem nunca tenha recebido ao menos uma carta em casa. No Setor
Habitacional Vicente Pires, a situação é diferente: o CEP geral foi substituído
por códigos específicos para cada endereço. A mudança, no entanto, provoca
confusão.Em Vicente Pires, que abrange a Colônia Agrícola Samambaia
e a Vila São José, moradores reclamam da falta de alerta sobre a alteração e
alegam que foram pegos de surpresa. Em função disso, os transtornos têm sido
constantes.
De
acordo com a professora Kenia Vieira, 33, a alteração numérica foi notada há
pelo menos três meses. “Acho um desrespeito ninguém avisar antes. Algumas
faturas atrasaram, inclusive a do cartão de crédito. Terei que pagar multa no
mês que vem”, reclama. Segundo a moradora, as contas de luz e água são
impressas com o endereço antigo. “Ainda não decorei o número novo”, acrescenta.
A
microempresária Maria do Socorro, moradora da Rua 1, região do Jockey, percebeu
que havia dois números de CEP nas faturas. “Algumas vêm com o
código do Guará e outras de Taguatinga”, conta, citando as cidades vizinhas.
“Quando preciso fazer algum serviço pela internet, só dá certo com o novo CEP.
O outro consta como inválido”, comenta.
Surpresa
A
funcionária pública Ivanise Barbosa, 52, moradora da Colônia Agrícola
Samambaia, soube há pouco tempo que o número sofreu alteração. “Fui trocar o
nome da minha identidade, na Receita Federal, a moça me informou que o
CEP da minha casa não era o mesmo e me passou o número novo”, conta a moradora.
O
marido da funcionária pública, o empresário Tony Dirceu, 43 anos, questiona a
falta de planejamento. “E, agora, teremos que ligar em cada cartão de crédito,
na CEB e na Caesb para avisar a mudança?”, indaga.
Medida
prevista em legislação
De
acordo com os Correios, desde 2007 foram criados códigos de endereçamento
específicos para cada localidade do DF. A mudança atende as determinações
da Portaria 567/2011, do Ministério das Comunicações, que destaca a importância
de os logradouros e domicílios estarem bem identificados.
Mesmo
com a necessidade prevista em lei, somente neste ano houve a retirada do CEP
geral do Setor Habitacional Vicente Pires, que era utilizado pelas colônias
agrícolas Vicente Pires, Vila São José e Colônia Agrícola Samambaia para a
inclusão de um número específico para cada endereço.
Mesmo
com a inclusão da nova codificação, os moradores de Vicente Pires têm até dois
anos para continuar usando o antigo CEP, até que ele seja retirado para consulta,
segundo informações dos Correios.
Para
evitar o atraso no pagamento das contas e possíveis transtornos, é importante
que a população comunique as mudanças numéricas às companhias, lojas e empresas
de cartões de crédito.
Fercal
sofre com a falta de codificação
Os
mais de 32 mil habitantes da Fercal sofrem com a precariedade do recebimento de
cartas. É o caso do mecânico Gercimar Cardoso, 28, que mora na cidade há 23
anos. “Nunca recebi nada aqui. Seria bom se as correspondências chegassem à
minha casa”, ressalta. Ele conta que precisa buscá-las na unidade dos Correios
de Sobradinho, na Quadra 8. “Muitas vezes, tenho que pegar na internet e
imprimir, para evitar desgastes”, acrescenta.
A
cobradora Suely Gomes, 29 anos, sofre com o mesmo problema. “Desde que me
mudei, há dois anos, tenho que colocar as faturas para chegarem na casa da
minha cunhada”, comenta. A dona de casa Juliana Gabriela Silva, 26, passa por
situação parecida. “É um desrespeito não contar com esse serviço”, afirma.
Até
o início deste ano, o Centro Comunitário da cidade era o principal ponto de
recebimento das correspondências dos moradores. Ali, 647 caixas de correio
ficavam à disposição da população. Porém, o serviço foi suspenso pelos
Correios.
Cartas
voltam
Segundo
um carteiro, que preferiu não se identificar, 90% das cartas endereçadas à
Fercal costumam voltar em virtude da falta de CEP. Segundo a Administração
Regional da cidade, o problema pode estar perto do fim, com a implementação do
novo sistema de endereçamento, que começou no ano passado e deve ser finalizado
em seis meses, sob a coordenação da Secretaria de Habitação (Sedhab).
Saiba
mais
Quando
ocorre a mudança no CEP, é feita a atualização no Diretório Nacional de
Endereçamento (DNE).
O
CEP fica disponível no site dos Correios (www.correios.com.
br). Para os remetentes com contratos com os Correios, são
disponibilizados os arquivos eletrônicos para atualização dos seus respectivos
bancos de dados.
'Papai Noel dos Correios' tem 11 mil cartinhas à espera de adoção em MT
'Papai Noel dos Correios' tem 11 mil cartinhas à espera de adoção em MT
G1
30/11/2014
A
agência central dos Correios, em Cuiabá, já recebeu mais de 11 mil
cartas destinadas ao Papai Noel, com pedidos de crianças. A campanha é
realizada há 25 anos e pretende que o Bom Velhinho chegue até elas, por meio de
padrinhos voluntários. Os interessados em adotar uma das cartas devem procurar
qualquer unidade dos Correios, adquirir o presente e devolver à instituição
para que seja entregue à criança.O padrinho ou a madrinha pode decidir a carta
a ser adotada e leva consigo uma cópia, onde consta o presente desejado. A
campanha de Natal dos Correios vai até o dia 20 e as pessoas devem entregar os
presentes até o dia 24. Em Mato Grosso, nos últimos três anos, foram
recebidas 28.711 cartas. Desse total, 22.969 atenderam aos critérios da
campanha e quase 75% foram adotadas, o que equivale a pouco mais de 17 mil
cartinhas.
Já para as crianças que querem enviar uma
cartinha ao Papai Noel, há alguns pré-requisitos que devem atender. São
considerados válidos os pedidos de crianças que se encontram em situação de
vulnerabilidade social. A campanha, também contempla as correspondências de
estudantes das escolas da rede pública (até o 5º ano do ensino fundamental) e
de instituições parceiras, como creches, abrigos, orfanatos e núcleos
socioeducativos.
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