APARELHAMENTO POLÍTICO NA
POSTAL SAÚDE
Prezado Associado,
A
Diretoria da Empresa, que assumiu em novembro/2015, nos deixou confiantes que
ocorreriam mudanças, que seria resgatada a meritocracia e implantada uma gestão
profissional, quando destituiu os Diretores indicados politicamente da Postal
Saúde e os substituiu por técnicos dos Correios. Também foram substituídos os
conselheiros indicados por técnicos de elevado gabarito.
Importante
destacar também o bom trabalho da VIGEP para cessar o suposto desvio mensal de
milhões de reais, através do Plano de Benefício de Medicamentos, a revisão dos
contratos e uma auditoria na Postal Saúde.
Mas,
passados quatro meses, sentimos o retorno do modus operandi que era utilizado
pelo partido político que se achava dono dos Correios.
Observem
as últimas mudanças que a atual administração dos Correios fez e está
fazendo na Postal Saúde.
1. Substituiu os Gerentes de 14
(quatorze) URR – Unidade de Representação Regional (AC, AM, AP, CE, DF,
GO, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR e RJ) por indicados políticos de fora
dos quadros da ECT e da Postal Saúde.
2. Indicou, para a Diretoria
Administrativa e Financeira, um correligionário filiado ao PDT, candidato a
Prefeito derrotado nas eleições de 2012 no Município de Guajará–Mirim - RO e ex
- Superintendente Regional do Trabalho no Estado de Rondônia, em substituição a
um empregado de carreira dos Correios.
3. Criou a função de
Especialista Regional da Postal Saúde, com salário aproximado de R$ 15.000,00,
talvez para acomodar os indicados políticos que, logicamente, contribuirão
apenas no aumento de despesas. Ou, o que é pior, para acomodar alguns dos
gerentes substituídos, que terão a missão de realizar de fato o trabalho que
deveria ser feito pelos Gerentes de URR (os aliados políticos que não têm
nenhum conhecimento sobre o assunto e apenas "ganhariam" um bom
salário). Na votação da criação dessa função, tivemos uma peculiaridade: a
aprovação da criação das respectivas funções pelo Conselho Deliberativo deu-se
com a seguinte votação: 3 (três) votos contrários dos Conselheiros eleitos:
Anézio Rodrigues, Ney Bixiga e Laerte Setúbal. 3 (três) votos favoráveis do
Conselheiros Indicados pela ECT: Heli Siqueira de Azevedo, Claudio Roberto
Mathias Cabral e Flávio Roberto Fay de Souza (Presidente). Como houve empate, o
voto de minerva do Presidente decidiu pela criação das funções.
O
que se verifica é que os indicados pelo PDT, que estavam como superintendente
do trabalho nos estados, estão migrando para os Correios como cedidos e para a
Postal Saúde.
Até
o momento, na Postal Saúde já foram indicadas 25 pessoas com vínculos
partidários e, pelo ritmo exponencial, parece que toda a Postal Saúde será
administrada por militantes partidários. Dentre as indicações uma das
principais Diretorias, a Administrativa e Financeira.
Consideramos
totalmente incoerente a postura da administração da ECT junto à Postal Saúde em
decorrência da situação financeira da empresa que é a patrocinadora do plano de
saúde e do discurso inicial do Sr. Presidente dos Correios, que mencionou a
meritocracia como uma de suas principais diretrizes.
Não
dá para aceitar que outro partido venha “pagar suas faturas” às custas dos
recursos da Empresa, via Postal Saúde. E menos ainda que, com o aparelhamento
político, piore ainda mais um quadro de atendimento à saúde que já é crítico.
A
ADCAP surpreende-se com a demonstração de total desalinhamento da direção da
Empresa com relação à nova realidade brasileira, onde a sociedade demonstra
estar cansada dessa política barata de trocar apoio por cargos, de ocupar
funções em órgãos e empresas públicas exigindo apenas, como requisito, a
filiação e militância político-partidária. Defendemos a legalidade, exigimos o
cumprimento dos Princípios Constitucionais que regem a Administração Pública, a
ECT, o Postalis e a Postal Saúde, e continuaremos denunciado sempre que
identificarmos má gestão e farra com o dinheiro público, independente do
partido político de plantão.
BASTA!
Direção Nacional da ADCAP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário