PF e MPF investigam
desvio de recursos nos
fundos de pensão
Petros e Postalis
O Globo
24/06/2016
24/06/2016
RIO - A Polícia Federal junto com o
Ministério Público Federal (MPF), deflagraram nesta sexta-feira a Operação
Recomeço com o objetivo de investigar o desvio de recursos dos fundos de pensão
Petros, dos funcionários da Petrobras, e do e Postalis, dos empregados dos
Correios. Os fundos, segundo a PF, investiram na empresa Galileo Educacional,
que teve sua falência decretada pela Justiça do Rio em maio último. A Galileu
foi responsável pela recuperação da Universidade Gama Filho que encerrou
atividades em 2014, no Rio de Janeiro. O prejuízo estimado pela PF é de cerca de
R$ 90 milhões. comunicado.
A operação da PF acontece um dia depois de a Petros ter anunciado um rombo atuarial de R$ 22,6 bilhões, dos quais R$ 16,1 bilhões terão que ser assumidos pela Petrobras, com 50% e os empregados da ativa e aposentados com os 50% restantes.
Na operação da PF, 60 policiais federais
cumprem sete mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão
em três estados. Dos sete mandados de prisão temporária, três já foram
cumpridos: um ex-diretor financeiro do fundo Postalis, preso em Brasilia/DF; um
homem ligado ao grupo Galileo; e um dos donos da Universidade Gama Filho, ambos
no Rio de Janeiro. Estão sendo procuradas mais três pessoas ligadas ao grupo
Galileo e também um dos donos da Universidade Gama Filho.
Os mandados foram expedidos pela 5º Vara
Federal Criminal do Rio de Janeiro. Estão sendo investigados os crimes de
gestão fraudulenta, desvio de recursos de instituição financeira, associação
criminosa e negociação de títulos sem garantia suficiente.
De acordo com a Polícia Federal, as
investigações indicaram que os fundos de pensão teriam adquirido cerca de R$
100 milhões em debêntures emitidas pela empresa responsável pela recuperação da
universidade. Porém, quando a instituição de ensino “quebrou”, perderam quase
todo o dinheiro aplicado, totalizando R$ 90 milhões.
A PF explicou que foram identificados
fortes indícios no sentido de que a empresa investigada teria “apresentado
garantias insuficientes, além de ter desviado grande parte dos recursos
aportados pelos fundos, em favor de seus sócios e pessoas jurídicas, ao invés
de contribuir para a manutenção e recuperação do estabelecimento de ensino.”
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