sexta-feira, 19 de julho de 2019


MPF denuncia 12 pessoas por operações irregulares no fundo de pensão dos Correios

G1
18/07/2019 

Ex-presidente e diretores do Postalis são acusados de receber propina em aquisição de títulos imobiliários. Crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2011.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta quarta-feira (17) 12 pessoas por operações irregulares na gestão do fundo de pensão dos Correios, o Postalis.

A força-tarefa da operação Greenfield, que comanda as investigações, acusou os envolvidos dos crimes corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Caso a denúncia seja aceita pela Justiça Federal em Brasília, onde corre o caso, os denunciados se tornarão réus e responderão a uma ação penal.

No fim do ano passado, o Conselho Superior do Ministério Público Federal decidiu prorrogar por mais um ano os trabalhos da força-tarefa da operação Greenfield. Os trabalhos do grupo terminariam em 31 de dezembro de 2018.

Investigação
A primeira fase da operação Greenfield (vídeo abaixo) foi deflagrada em setembro de 2016 para investigar suspeitas de irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país, todos ligados a estatais – Funcef (fundo de pensão de funcionários da Caixa), a Petros (Petrobras), a Previ (Banco do Brasil) e o Postalis (Correios).

Segundo o MPF, os crimes ocorreram entre 2010 e 2011, época da aquisição, pelo Postalis, de títulos imobiliários das empresas JHSF Participações SA e pelo Banco Cruzeiro do Sul.

A denúncia aponta que diretores, ex-diretores e um ex-presidente do fundo receberam propina pela operação. De acordo com o MPF, o valor seria de, no mínimo, R$ 2,7 milhões. O montante corrigido ultrapassaria os R$ 4 milhões.

Além da condenação dos acusados, a força-tarefa Greenfield quer uma indenização no valor correspondente a 10 vezes o valor da propina paga para reparação dos danos materiais, morais e sociais causados.

Clique AQUI para assistir o vídeo da matéria.

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