segunda-feira, 17 de novembro de 2014

GREVE - SERVIÇO MÉDICO - PLR


A ADCAP – Associação dos Profissionais dos Correios tem apontado sistematicamente falhas na gestão da Empresa, as quais estão comprometendo seriamente a prestação de serviços e os próprios resultados empresariais. Estas falhas são ainda mais críticas nos processos relacionados a gestão de pessoas, onde tem predominado a falta de decisão ou sua má implementação, com prejuízos diretos para os trabalhadores. 

GREVE - PLR 
Na semana passada, tivemos o início da paralisação em São Paulo. Os motivos elencados pelo Sindicato em seu site na internet para a greve são:

- Pagamento da PLR
- Melhoria no convênio médico
- Concurso Público e Contratação de Funcionários
- Medidas eficazes e imediatas contra os assaltos
 
A ADCAP lamenta que os trabalhadores tenham que utilizar o recurso extremo da greve para reivindicar a solução de problemas dessa natureza, que nem deveriam existir, pois se referem a políticas de Recursos Humanos que já deveriam estar muito bem sedimentadas na Empresa.

Tivemos também na semana passada oportunidade de ler as comunicações das duas Federações  dando conta da reunião havida dia 12/11/14, no TST, para tratar da PLR. No cenário surreal produzido, Empresa e trabalhadores estão discutindo em novembro como distribuir a PLR do ano anterior. Ora, esses critérios já deveriam estar estabelecidos antes mesmo do início do ano de referência, ou seja, desde 2012! Assim, em vez de um mecanismo de estímulo, a PLR dos Correios foi transformada num ponto de conflito entre a gestão e os trabalhadores, por incapacidade da gestão de conduzir adequadamente as negociações. Chega a parecer que a direção da ECT optou por terceirizar a solução da PLR para o TST e agora para o DEST, quando, na verdade, deveria ter assumido a responsabilidade e resolvido a questão.

É de se registrar que o próprio ministro do TST condutor da audiência, demonstrou entender que a Empresa está querendo brincar com a justiça e com os trabalhadores, tendo concedido prazo de cinco dias para que os Correios resolvam a pendência. Segundo o relato de uma das federações, o ministro afirmou que, se houver greve, não vai declará-la como abusiva e não concordará com o desconto dos dias parados, etc.

Sobre este tema, a ADCAP espera então que se chegue finalmente a uma solução e se possa fazer logo a "distribuição de dinheiro" daí decorrente, já que, por sua intempestividade, não enxergamos mais nessa iniciativa um verdadeiro programa de Participação em Lucros e Resultados.

As manifestações das Federações sobre PLR  podem ser lidas nos respectivos sites:


As Federações parecem seguir os passos acertados com o TST, em reuniões passadas. A paralisação pode não ser o melhor modo de solução de conflito, mas é uma forma encontrada para expressar o inconformismo com a demora na solução e de pressionar a gestão a resolver a questão. Assim, a responsabilidade pelos prejuízos causados é da gestão da Empresa, que já está com prazo de validade vencido há muito tempo. As entidades representativas dos trabalhadores (associações, sindicatos e federações) têm o dever de defender os interesses deles e a greve é um dos instrumentos utilizados quando, realmente, não existe outra saída. Já ficou claro que este é o caso. Cabe à Direção da Empresa fazer de tudo para evitar que se chegue às últimas consequências o que demonstra não ter feito até então, seja por inabilidade, má-vontade,  desprezo para com os trabalhadores ou outros motivos menos nobres.

SERVIÇO MÉDICO
Inaceitável, também é a precarização do serviço médico ocorrida a partir da criação - e inábil gestão - da Postal Saúde. A respeitável assistência médica, conquistada com muito esforço dos trabalhadores, está se dissolvendo, face descredenciamentos médico/hospitalares, suspensão de atendimentos, restrições de procedimentos etc, por falta de pagamento, dificuldade de comunicação com a Postal Saúde e grande demora na autorização de procedimentos. Sem falar na total falta de transparência sobre os gastos. Pela lógica (e pelos argumentos apresentados), deve ter havido uma grande redução nas despesas médicas. Se não houve, devem alegar o "período de transição", que já dura mais de 18 meses. Na verdade, vemos o surgimento de uma empresa nova já com estrutura inchada, dispensando concurso público, e com suas contratações livres da lei 8.666.

CONCURSO PÚBLICO
Não há como compreender como uma organização tão grande e capilaridade como os Correios possa permanecer, por exclusiva decisão de sua direção, sem a reposição de seu quadro de pessoal, mesmo diante de um plano de demissão incentivada que desligou milhares de trabalhadores. É óbvio que em alguns locais esta falta de reposição de pessoal esteja causando graves problemas. Este fato nos sugere que a situação é proposital, para aumentar o número de vagas a serem oferecidas à empresa que será contratada para fornecer mão-de-obra terceirizada (que vai de OTT a atendente comercial, passando por vagas de nível superior). Diante das notícias diárias do que acontece no país, não será demais perguntar: de quem será a empresa que "ganhará" a licitação? E o nome serve de disfarce para a pura e simples terceirização: contratação de Serviços de Execução Indireta.

O presidente em seus discursos, prega a união de todos em prol do fortalecimento dos Correios e do patrimônio público, mas a prática parece estar  longe de provocar a motivação dos trabalhadores em prol de tal união. Não obstante, a ADCAP espera que as Federações e Sindicatos dos trabalhadores consigam obter da direção da Empresa efetivas soluções para estes problemas recorrentemente reclamados e que os serviços possam retornar o quanto antes à sua normalidade.


Atenciosamente,
Diretoria Executiva da Nacional da ADCAP.
 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

07/11/2014 - Notícias sobre os Correios 


Aécio: o diabo se envergonharia de campanha do PT

Diário do Poder
5 de novembro de 2014

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) discursou nesta quinta-feira (5) em reunião da Executiva Nacional tucana e afirmou que “o diabo se envergonharia” da campanha do PT nas eleições presidenciais deste ano. Aécio se referiu a uma fala da presidenta Dilma Rousseff (PT) que, em março deste ano, disse que pode “fazer o diabo na hora da eleição”.

O tucano classificou a atuação dos Correios como “infame” e questionou a entrega de panfletos de Dilma sem chancela da empresa. Aécio fez duras críticas ao governo e prometeu fazer oposição com a “mesma determinação” que se preparou para ser presidente do país. “Nós estamos a partir de hoje selando aqui um pacto de uma oposição revigorada e vitoriosa, porque disputamos essas eleições falando a verdade”, e disse ainda que “tão importante quanto governar é fazer oposição”.

Campanha destaca certeza dos brasileiros a respeito do Sedex

6 de novembro de 2014
Blog Correios

Tevê ou cinema? Salada ou pizza? Um filho ou dois? Tendo como mote as diversas decisões que as pessoas precisam tomar no dia a dia, a nova campanha dos Correios destaca que, para o envio de encomendas de forma rápida e segura, seja qual for o destino, os brasileiros não precisam ficar em dúvida: só Sedex é Sedex.

Com veiculação até dezembro em televisão aberta e fechada, rádio, revista, jornal, internet e mídia exterior, a ação publicitária visa reforçar a liderança da estatal no mercado no transporte de encomenda expressa, ressaltando a percepção da população quanto ao Sedex, bem como quanto aos atributos de entrega, segurança e capilaridade.

Mesmo se tratando de um mercado concorrencial, os Correios são líderes do segmento de encomendas expressas no Brasil. Além de realizar investimentos crescentes na área, a estatal tem como vantagens competitivas a credibilidade, a reconhecida eficiência do serviço e sua capilaridade, uma vez que está presente em todos os municípios do País.

Assista ao vídeo da campanha: http://blog.correios.com.br/correios/?p=12716

Diretor dos Correios é condenado por pedir voto para Dilma em MT

Folha SP
04/11/2014

A Justiça Eleitoral condenou o diretor regional dos Correios em Mato Grosso, Nilton do Nascimento, pelo uso indevido do cadastro de funcionários da empresa em cartas com pedidos de voto à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

As correspondências foram encaminhadas aos 1.700 funcionários da empresa no Estado. Nelas, Nascimento dizia que o Brasil precisava "avançar mais" e que somente a vitória da petista poderia "ampliar os programas sociais e econômicos".

"Pedi o seu voto em 2010 e conquistamos muito com isso [...] isso só foi possível graças ao seu voto para o governo do PT", disse o diretor, em um dos trechos.

Em representação protocolada no Tribunal Regional Eleitoral, o sindicato dos servidores dos Correios denunciou Nascimento por suposto uso irregular do banco de dados funcional da entidade.

Em nota divulgada à ocasião, o diretor disse que enviou as correspondências "na condição de cidadão", sem uso da estrutura da estatal e com recursos próprios.

"A participação do profissional, como cidadão, nessa ou em outra atividade, fora do âmbito dos Correios e fora do seu expediente de trabalho, diz respeito à pessoa e não à empresa", disse.

À Justiça Eleitoral Nascimento afirmou que as cartas foram endereçadas aos locais de trabalho dos servidores na capital e no interior do Estado e que essas informações estão disponíveis no site dos Correios.

O juiz Alberto Pampado Neto, porém, não aceitou a justificativa. "O endereço das unidades pode ser de conhecimento público, mas o nome de cada um dos funcionários que trabalha na unidade é informação privativa da empresa", argumentou.

O diretor foi condenado a pagar a multa mínima estabelecida pela Lei Eleitoral: R$ 5.000.

Por meio de sua assessoria, Nascimento disse que irá recorrer da decisão.

Em nota, ele disse que "trabalha na empresa há mais de 36 anos e, portanto, conhece a maioria dos colegas de trabalho pelo nome completo, não sendo necessária a utilização de nenhum banco de dados da empresa".




Supremo resiste em negar imunidade aos Correios

CONJUR
1 de novembro de 2014

No mais recente julgamento envolvendo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o Supremo Tribunal Federal, no Recurso Especial 773.992 interposto pelo Município de Salvador em face da EBCT, manteve a imunidade dos Correios, com base no artigo 150, inciso VI, alínea “a” da Constituição Federal.

Foram vencidos os ministros Marco Aurélio de Mello e Luis Roberto Barroso, e manifestaram-se favoravelmente à imunidade, privilegiando jurisprudência do STF, mesmo declarando pensamento pessoal em contrário, os ministros Teori Zavascky e o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski.

O STF, mesmo diante da evidente atividade econômica prestada pelos correios, com remuneração mediante contraprestação dos utentes do serviço, ainda inclina-se a classificar tais atividades como serviço público exercido em regime de monopólio[1] de manutenção obrigatória pela União, atraindo a imunidade fundada no artigo 150, inciso VI, alínea “a” da Constituição, conhecida como imunidade recíproca.

Ainda que a atividade fosse pública, e que os Correios pudessem ser equiparados aos entes políticos, restaria ainda a limitação da  imunidade prevista no parágrafo 6° do artigo 150, da Constituição, que estabelece a sua perda para os casos que enumera, a saber:

3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

O dispositivo constitucional em destaque foi enfático ao determinar a perda da imunidade dos entes políticos quando seu patrimônio, sua renda ou seus serviços estiverem relacionados com atividades públicas que sejam remuneradas, seja na forma de contraprestação, seja na forma de pagamento de preço, ou seja ainda pelo pagamento de tarifas pelos usuários dos serviços públicos.

Ora, se até os entes políticos podem vir a perder sua imunidade quando na prestação de um serviço público resolvem, ao invés de prestá-los gratuitamente, impor uma contraprestação ao utente do serviço, pela mesma razão os Correios não podem ser privilegiados com uma imunidade que nem os entes políticos detém.

O pior é que a imunidade da EBCT tem de outro lado as precárias condições econômicas dos municípios. Significa dizer que a União está a financiar as atividades dos Correios às custas dos já escassos impostos municipais.


Se a atividade desempenhada pela Empresa de Correios e Telégrafos é atividade essencial, que a União a preste de forma gratuita ou financie os Correios no envio das cartas postais. O que não pode é obter a receita decorrente do desempenho de uma série de atividades que escancaradamente concorrem com similares num mercado ativo e pujante, pronto para com o seu crescimento incrementar as receitas municipais.

terça-feira, 4 de novembro de 2014


O POSTALIS E A COBIÇA 



O jornal Correio Brasiliense de 28/10/2014 trouxe uma matéria intitulada “Donos de R$ 702 bi, fundos são cobiçados”. A matéria, disponível neste link (http://www.adcap.org.br/arquivos/f-fyedrzmmbe_fundospensao.pdf), aborda as questões do loteamento político dos fundos, da falta de transparência e da importância que essas entidades sejam blindadas com marco regulatório próprio e tenham dirigentes técnicos.

Na matéria, o POSTALIS é mencionado no seguinte parágrafo, como mau exemplo do quadro instalado: 

“Em muitos casos, o loteamento político dos cargos de gestão dos fundos de pensão traz prejuízos ao patrimônio dos participantes. Na Postalis, entidade de previdência complementar dos trabalhadores dos Correios, desde 2003, as vagas de diretores são loteadas entre o PT e o PMDB. A falta de critérios técnicos para essas escolhas levou a fundação a acumular perdas de mais de R$ 1 bilhão.” 

Em resposta à matéria o POSTALIS informou, em nota disponível neste link, (http://novosite.postalis.org.br/nota-de-esclarecimento-materia-correio-braziliense-27102014/#.VFjmX7lASM_)que: 

- A indicação de membros para a diretoria do Postalis é prerrogativa dos Correios, enquanto patrocinadora do fundo de pensão. Todos os indicados pela empresa cumprem os requisitos técnicos exigidos pela legislação e pelo estatuto do Postalis. A nomeação depende de aprovação do Conselho Deliberativo, que tem composição paritária entre representantes do patrocinador e dos empregados. 
A nota traz ainda links com explicações sobre os prejuízos incorridos pelo POSTALIS com títulos da dívida pública da Venezuela e Argentina, Banco BVA, Empresas do Grupo X e Grupo Galileo (UniverCidade e Gama Filho). 

A ADCAP entende que as justificativas e explicações oferecidas pelo POSTALIS não são suficientes nem satisfatórias, pois:

a. Os Diretores do POSTALIS são politicamente indicados. Conforme fartamente repercutido pela imprensa, nenhum deles foi selecionado no mercado, mas sim patrocinados por partidos e padrinhos políticos;
b. A aprovação pelo Conselho Deliberativo das indicações é hoje mero ato formal, já que o alinhamento de conselheiros indicados e eleitos se dá pela mesma vinculação a uma corrente política-partidária que capturou a gestão do POSTALIS. Os dois conselheiros não filiados ao partido são sempre vencidos em seus votos, inclusive no que se refere à aprovação de indicações para a Diretoria Executiva, como ocorreu por ocasião da última indicação ocorrida (Diretoria de Seguridade);
c. Os inúmeros prejuízos que vêm sendo imputados ao POSTALIS demandam investigação profunda, que comece desde a motivação de cada um dos investimentos diante de outras oportunidades existentes em cada momento, examine as garantias oferecidas, e alcance até mesmo, se for o caso, a responsabilização dos dirigentes que tomaram a decisão de investir sem os necessários cuidados e salvaguardas para o POSTALIS;
d. Os prejuízos atuariais que estão sendo acumulados pelo POSTALIS nos últimos anos são gigantescos e, por si só, já demandariam o disparo de alarmes em todas as alçadas de decisão e fiscalização, desde a Diretoria Executiva dos Correios, que escolhe os dirigentes do POSTALIS, até a PREVIC, Ministério Público e outros órgãos de controle. 

A ADCAP reafirma, portanto, o posicionamento adotado em conjunto com a ANAPOST e a FINDECT, de defender que haja intervenção da PREVIC no POSTALIS, de forma que a situação do instituto seja devidamente passada a limpo. 

Atenciosamente,
Diretoria Executiva da Nacional da ADCAP.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A ADCAP E O DIÁLOGO PARA A MUDANÇA NO
NOVO GOVERNO


 
Após o encerramento das eleições presidenciais, e conforme anunciou a Presidente da República, deve-se estabelecer o diálogo com todas as forças representativas da sociedade. No caso dos Correios, a expectativa da ADCAP é de que no novo Governo algumas questões que a associação vem levantando sejam melhor enfrentadas.
 
Referimo-nos especialmente à questão da profissionalização da gestão na Empresa, com a eliminação de indicações políticas, à situação do POSTALIS, cada vez mais preocupante, em função dos déficits gigantescos e crescentes, à gestão do Postal Saúde, que tem ocasionado suspensões de atendimentos e outros problemas para os trabalhadores que necessitam de assistência médico-hospitalar e à falta de concurso público para reposição de vagas operacionais, com reflexos sérios na qualidade dos serviços prestados pela Empresa.
 
A ECT tem grandes desafios pela frente e precisará de seus gestores e trabalhadores de todos os níveis devidamente unidos e motivados para vencê-los.
 
Esperamos que o novo Governo saiba compreender a importância disso e se disponha a corrigir essas questões que estão na agenda das mudanças e são urgentes.

   
Direção Nacional da ADCAP.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Resposta da ADCAP ao Primeira Hora Extra de 24/10/2014‏
24/10/2014


Esclarecimentos sobre a mensagem encaminhada pela ADCAP aos empregados dos Correios – Resposta da ADCAP ao Primeira Hora Extra
de 24/10/2014

A ADCAP reproduz ao final o teor do “Primeira Hora Extra” distribuído nesta data e apresenta seus comentários a respeito.

A ADCAP está segura quanto a seu posicionamento, expresso de forma cristalina nas inúmeras publicações e matérias já divulgadas e disponíveis no site da associação (visite http://www.adcap.org.br e leia tudo sobre as críticas relativas à realidade da gestão da Empresa).

Esta convicção se baseia na vivência e na observação prática da realidade da Empresa, materializada em fatos concretos e não em pesquisas, premiações ou proselitismo.

A posição da ADCAP é de intransigente defesa da Empresa e de seus trabalhadores.

Diferentemente do que alega a direção da Empresa, a ADCAP não enxerga melhoria na qualidade dos serviços, mas sim queda, expressa nos próprios números oficiais, em função especialmente da falta de condições de trabalho, decorrente da não realização de concurso público para reposição de vagas nas unidades operacionais, gerando sobrecarga para os trabalhadores, da falta de materiais operacionais para a correta execução dos serviços etc.

Será que a direção da Empresa não sabe desses problemas?

Será que a direção da Empresa conhece o gráfico de reclamações, cuja curva só sobe?

Será que a direção da Empresa poderá continuar negando que haja aparelhamento político-partidário na Empresa, quando as dimensões endêmicas desse problema são conhecidas na pele pelos ecetistas, que enfrentam diariamente os problemas decorrentes da atuação de chefes despreparados, mas politicamente alinhados?

Será que a direção da Empresa poderá negar que, depois de a ECT já ter obtido lucro anual de mais de um bilhão de reais, caminha agora para um resultado negativo em 2014, talvez o pior de toda a história da empresa?

Será que a direção da Empresa poderá negar que a PLR pífia de 2013, e ainda não paga, representa queda vertiginosa nos resultados econômicos e caracteriza o maior descaso com o trabalhador?

Será que a direção da Empresa poderá negar que os prejuízos do POSTALIS continuam acontecendo a cada mês sem que se perceba concreta tendência de reversão? Negará o que traz o próprio boletim do Postalis? Negará que teremos aumento nas contribuições dos trabalhadores e aposentados para cobrir os rombos ocorridos em 2013 e 2014?
Será que a direção da Empresa poderá negar que os trabalhadores estejam enfrentando hoje dificuldades para acessar o serviço médico, em função do fechamento de ambulatórios médicos em todo o Brasil e do atraso nos pagamentos dos médicos e hospitais credenciados?

A ECT possui uma enorme capacidade de resiliência. Sobreviveu ao mensalão, onde foi lançada às feras como “boi de piranha” e deu nome à CPMI instituída em 2005. Tem sobrevivido, a duras penas, ao quadro caótico da gestão atual, mas já respira com dificuldade, como demonstram seus indicadores de qualidade, que não melhoram, seus resultados econômicos, que já transitam pelo vermelho, e o clima organizacional, sempre piorando.

É nesta empresa que os ecetistas lutam diariamente para tentar dar sentido a seu trabalho e não na empresa que, por inércia, a opinião pública ainda percebe como uma referência. Mas não sabemos até quando esta reputação irá durar se o quadro atual permanecer.

A apresentação de números descontextualizados, sem a respectiva série histórica, e de declarações propagandísticas pode servir para iludir a imprensa, mas não serve para convencer os trabalhadores, que conhecem em profundidade a realidade da Empresa em que trabalham e se preocupam com seus atuais rumos.

A verdade é uma só. E os trabalhadores dos Correios a conhecem! Censura, perseguição são práticas da ditadura. Há motivos para sermos intimidados?

E, finalmente, com relação ao envio de e-mails, a ADCAP informa que utiliza ferramentas e mailings próprios para a remessa de suas comunicações, as quais sempre possuem, nos rodapés, dispositivo de opt out para os que desejarem deixar de receber mensagens da associação.

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Primeira Hora Extra - 24/10/2014

Esclarecimentos sobre mensagem encaminhada pela ADCAP aos empregados dos Correios

Com relação à mensagem enviada pela Diretoria-Executiva da Associação dos Profissionais dos Correios — ADCAP Nacional aos empregados na quinta-feira (23), os Correios esclarecem que:

1) A prestação de serviços e os resultados empresariais não estão comprometidos e os Correios continuam sendo empresa referência de qualidade de serviços públicos. Este fato é comprovado por inúmeras pesquisas, nacionais e internacionais, entre as quais citamos:

• Pesquisa CNI/Ibope em julho de 2013, em que os Correios foram o serviço público mais bem avaliado pela população brasileira (78% da população considerou a qualidade dos serviços dos Correios muito alta, alta ou adequada).

• Pesquisa internacional da Accenture, em 2013, que colocou os Correios entre os 10 melhores operadores postais do mundo.

• Prêmio de melhor empresa no setor Serviços do anuário Época Negócios 360º, da Revista Época Negócios, em 2014.

• Anuário Valor 1000, do jornal Valor Econômico, que colocou os Correios entre as 30 maiores empresas do Brasil, em 2014.

• Prêmio Marcas de Confiança, com pesquisa da Revista Seleções e Ibope Inteligência, que elegeu os Correios pela 12ª vez consecutiva como instituição mais confiável do Brasil em 2014.

2) As receitas de produtos e serviços crescem anualmente, bem como os investimentos e o índice de qualidade operacional. O lucro obtido no ano passado foi de R$ 325 milhões. Em 2013, o índice de qualidade operacional foi de 93% e o percentual de reclamações sobre objetos registrados foi de 0,018%. Em 2013 foram investidos R$ 575 milhões, valor 35% superior ao realizado em 2012 e 194% maior que o realizado em 2011.

3) Os trabalhadores são respeitados e valorizados. A empresa hoje mantém diálogo com os empregados, por meio da Mesa Nacional de Negociação Permanente. O acordo coletivo de trabalho 2014-2015 trouxe diversos benefícios para todas as categorias dos Correios. O reajuste deste ano, em forma de gratificação de incentivo à produtividade, representou um aumento de quase 20% sobre o salário base dos agentes de Correios e abrangeu 91 mil pessoas. O reajuste médio dos empregados dos Correios no período 2011-2014 foi de 36% (sendo até maior para os agentes de Correios), para uma inflação de 27,3% no mesmo período.

4) Os Correios estão tomando todas as medidas necessárias para assegurar o futuro de seus trabalhadores, como patrocinadores do Postalis. Em 2013, a direção da empresa indicou um novo diretor para a área de investimentos do fundo e tem realizado reuniões periódicas com a diretoria do fundo de pensão, para acompanhar o plano de ação de reversão de déficit. Todos os investimentos feitos pela atual diretoria do Postalis vêm obtendo retorno acima da meta atuarial — as aplicações que estavam em desacordo com a regulamentação do setor foram realizadas antes de 2011 e os procedimentos legais e regulamentares foram tomados.

5) A empresa passa hoje por um profundo processo de revitalização e diversificação de produtos e serviços, com o objetivo de ampliar o atendimento de qualidade à população brasileira e melhorar seus resultados. Este processo tem sido acompanhado por todos os trabalhadores dos Correios por meio de nossos meios internos e públicos de comunicação.

Por todo o exposto, repudiamos as afirmações emitidas pela Diretoria-Executiva da ADCAP Nacional, bem como a promoção de propaganda político-partidária com uso indevido e ilegal do mailing de empregados dos Correios e do e-mail corporativo da empresa. Os Correios já estão adotando as medidas legais cabíveis a respeito.


Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Mensagem importante


Colega Ecetista, 

A Associação dos Profissionais dos Correios – ADCAP tem apontado sistematicamente falhas na gestão da Empresa, as quais estão comprometendo seriamente a prestação de serviços e os próprios resultados empresariais.

Deixamos de ser uma empresa referência de qualidade de serviços públicos e passamos hoje a ser uma das empresas com maior volume de reclamações dos clientes por não cumprimento dos compromissos de qualidade.

Deixamos de ser uma empresa lucrativa, que fomos por décadas, e nos transformamos numa destruidora de valor.

O respeito e valorização dos trabalhadores foi transformada em valorização de um "projeto político".

Nosso futuro nunca esteve tão comprometido face abusos cometidos em nosso Fundo de Pensão, o Postalis.

Preocupada com esse quadro, a ADCAP enviou aos candidatos da oposição, no primeiro turno das eleições à Presidência da República, um conjunto de pontos que, na opinião da associação, precisariam ser enfrentados para mudar essa situação.  Dentre os candidatos consultados, um nos enviou a "carta compromisso" abaixo, que divulgamos para o conhecimento dos ecetistas, entendendo que isso faz parte do processo democrático de acesso a toda informação, para que cada um possa fazer, da melhor forma, sua escolha pessoal. 

Para saber mais detalhes a respeito, acesse: http://adcap.org.br/doc-postalis/Carta_Aecio.pdf

Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.