APARELHAMENTO POLÍTICO-PARTIDÁRIO
– LIÇÃO NÃO APRENDIDA
O aparelhamento político-partidário dos Correios é a principal
causa da queda de resultados que a Empresa vem apresentando nos últimos anos.
Quando posições
de liderança são distribuídas a apadrinhados políticos tem-se um duplo
problema. Primeiro, os apadrinhados em geral não estão preparados para o
exercício da função e acabam desempenhando muito mal suas atribuições. Segundo,
os demais trabalhadores perdem o estímulo de trabalhar, pois veem que, para
fazer carreira na empresa, conta mais “quem indica” do que o mérito, o esforço
pessoal ou as qualidades próprias.
E quando o
apadrinhado vem de fora dos quadros da Empresa, há também um gasto adicional,
expressivo e desnecessário. Um assessor especial, por exemplo, custa, em
salários, encargos e benefícios, algo como meio de milhão de reais por ano.
Dezoito deles e se consome os parcos R$ 9 milhões de lucro que a Empresa
conseguiu produzir em 2014.
O que fazem
de especial na gestão dos Correios dentistas, professores, bancários e
políticos sem mandato, custando meio milhão de reais por ano cada um, além de
agravar ainda mais o quadro de desempenho da Empresa?
Que
expertises especiais possuem que possam fazer diferença na gestão da Empresa ou
que justifiquem sua contratação sem concurso público para o segundo maior
salário da Empresa abaixo dos dirigentes?
São
perguntas sem respostas, para uma direção e um governo que parecem se preocupar
mais com a distribuição de bons cargos para os alinhados e apadrinhados do que
com a Empresa e com os resultados oferecidos aos clientes e à população.
E a lição
não aprendida prossegue, com a contratação de mais um assessor especial, como
relata a matéria trazida a seguir.
Derrotado nas urnas, ex-deputado
vira assessor especial
Campo Grande
News | 5 de junho de 2015 18h05d
oorreios
Derrotado nas urnas nas eleições
do ano passado, o ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT) começa, na
próxima segunda-feira (8), carreira nos Correios, como assessor especial da
presidência. A indicação, segundo ele, é o primeiro passo para assumir a
vice-presidência do órgão.
“O Berzoini (ministro das
Comunicações) e o presidente dos Correios me ligaram e começo na
segunda-feira”, anunciou Biffi. “O pleito inicial era uma das oito
vice-presidências”, completou, ressaltando que o cargo ainda virá.
O assessor especial, segundo o
petista, é abaixo do presidente. “É um coringa para atuar em várias frentes,
principalmente, neste período de reforma interna dos Correios para tornar a
empresa mais eficiente”, detalhou.
“É um cargo de muita
responsabilidade e vou usar minha experiência de secretário estadual de
administração e de educação, além dos 12 anos como deputado federal para ajudar”,
completou Biffi.
Ele frisou ainda que a nomeação é
independente da bancada federal e atende pleito do PT e do seu grupo político.
“É uma discussão que se arrasta desde janeiro”, comentou.
Após quase seis meses de governo
da presidente Dilma Rousseff (PT), parlamentares sul-mato-grossenses manifestam
insatisfação com a demora em nomear aliados para ocupar cargos federais no
Estado.
Até agora, só o PDT ganhou o
comando da Superintendência do Trabalho. Biffi é o segundo de Mato Grosso do
Sul a receber uma função no Governo Federal.
Boa Leitura!
Diretoria Adcap Nacional
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