Pesquisa mostra rejeição a corte de gastos públicos com saúde e educação
Folha SP
21/11
Uma
pesquisa coordenada por professores da Unifesp e da USP mostra rejeição em São
Paulo à ideia de que o governo pode cortar gastos com saúde e educação em
momentos de crise. Cerca de 85% das pessoas são contra a medida, tanto entre
mais pobres (com renda de até R$ 1.760) quanto entre mais ricos (renda superior
a R$ 17.600).
Termômetro
"Quisemos
medir o consenso sobre medidas privatizantes, de Estado mínimo e cortes sociais
que estão na agenda do governo de Michel Temer", diz a socióloga Esther
Solano (Unifesp), que conduziu o levantamento, com 1.058 entrevistas em toda a
cidade, ao lado de Marcio Moretto Ribeiro e Pablo Ortellado (ambos da USP). As
perguntas eram ligadas a temas como PEC do Teto e reforma da Previdência.
Dois lados
Segundo o
estudo, o "consenso não liberal" é maior entre os entrevistados mais
pobres. A eventual privatização de estatais como os Correios, por exemplo, é
repudiada por 48% das pessoas na faixa salarial mais baixa. Na mais alta, o
percentual cai para 26%.
Veja bem
O governo
Temer diz que o projeto de congelamento dos gastos federais não significa corte
de verbas para saúde e educação, que seriam mantidas no orçamento.
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