Primeira Hora
A respeito do Primeira Hora de hoje, 10/01/2017, a ADCAP apresenta as seguintes considerações:
Plano de Saúde – A Empresa deveria, inicialmente, informar quando dará cumprimento ao Termo de Garantia Financeira que lhe dá a titularidade dos riscos econômico-financeiros decorrentes da operação de planos de assistência à saúde e fará os repasses integrais devidos à Postal Saúde, ainda pendentes, causando um déficit, até dezembro de 2016, de 500 milhões. Importante, também, mostrar os resultados do que tem feito para reduzir as despesas administrativas da Postal Saúde, informar os desligamentos de afiliados políticos que lá foram colocados indevidamente, a devolução de imóveis luxuosos indevidamente alugados e reformados por direção anterior daquela entidade, assim como também os resultados das respectivas apurações de responsabilidade e recuperação de prejuízos e, por fim, o que está fazendo para cumprir o que disse quando criou a entidade (atropelando normas e procedimentos), ou seja, que, com essa iniciativa, iria reduzir as despesas com assistência médica, hospitalar e odontológica.
PDI – A ADCAP aguarda a divulgação oficial do Plano para informar a seus associados seu posicionamento a respeito. Dois pontos merecerão especial atenção – o contrato a ser firmado entre os trabalhadores e a Empresa (que não pode ter “pegadinhas”, omissões ou cláusulas não isonômicas) e como será tratada pela Empresa a questão do impacto econômico no fundo BD do POSTALIS, que precisa estar em condições de arcar com suas obrigações junto aos assistidos. Não admitiremos nenhum tipo de obscuridade.
Redução de Funções – Antes de reduzir a remuneração dos trabalhadores, a direção da Empresa teria inúmeras medidas a adotar e não o fez ou, em alguns casos, fez até o contrário. Por que não devolveu ao Governo Federal os cedidos que aqui só ocupam posições indevidas de assessoria? Por que não desligou os assessores especiais, em linha com o entendimento do MPT de que essas contratações são ilegais? (em vez disso, contratou outros em novembro e dezembro) Por que não reduziu primeiramente a remuneração da Diretoria Executiva? Por que não estabeleceu critérios objetivos, justos, isonômicos e meritocráticos, que pudessem ser compreendidos e aceitos pelos trabalhadores, antes de colocar em prática um processo mal feito, grotesco e amorfo, que acabará onerando ainda mais a Empresa, em função das milhares de ações judiciais que serão interpostas pelos atingidos?
Demissão motivada – O fato de os trabalhadores terem sabido do assunto apenas em decorrência de um vazamento de informações já demonstra a ausência de transparência que tem pautado os trabalhos da área de gestão de pessoas da Empresa, comandada há anos da mesma forma e ainda abrigando cedidos trazidos para a Empresa por um ex-dirigente, ativista político, hoje em prisão domiciliar, responsável pela maior parte da destruição feita nessa área. Sobre esse assunto, a ADCAP informa que seus advogados já estão acompanhando o tema e estarão aptos a orientar e assessorar os associados no caso de algum desdobramento futuro.
Outras ações – As demais ações de redução de despesas e de ampliação de receitas feitas na Empresa deveriam merecer maior destaque, pois são efetivamente o que deveria ser feito por uma gestão que se preze. Mais que isso, cada área da Empresa deveria ser liderada por quem realmente conhece o trabalho a ser desenvolvido. Se fosse assim, certamente estaríamos num outro patamar de resultados e não tateando ainda, com a criação de grupos de trabalho, contratação de consultorias e outras coisas para tentar descobrir o que fazer. Temos um valoroso capital humano sendo desprezado em função de vaidades e outros interesses que não a nossa Empresa.
E, para finalizar, a ADCAP entende que a sustentabilidade da Empresa é responsabilidade de todos, especialmente da Diretoria Executiva, que não pode simplesmente querer passar a conta para o trabalhador, como parece estar acontecendo.
Direção Nacional da ADCAP.
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