Venda de chips dos Correios é 'pequena', mas serviço 'rejuvenesceu' a marca, diz presidente da estatal
G1
21/06/2017
21/06/2017
Apontado como a “marca do rejuvenescimento
dos Correios”, o serviço de telefonia móvel da estatal
ainda não deslanchou. Foram vendidos apenas 21 mil chips em três meses,
informou nesta quarta-feira (21), o presidente dos Correios, Guilherme Campos
Junior. Ele admite que o número é baixo, mas diz que está dentro das
expectativas.
“Dentro do universo da telefonia celular, é
um número pequeno. Mas, dentro daquilo que se propunha o projeto, é um
crescimento muito criterioso sem afobamento, sem correr risco de colocar em
xeque um projeto que demorou tanto para ser implementado”, disse Campos Junior,
após participar de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico
da Câmara dos Deputados.Os Correios começaram a vender chips em março em São
Paulo. No mês seguinte, o serviço foi lançado em Brasília. As regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Campinas também tem o
serviço.
O presidente da estatal disse que a expansão
da linha móvel será feita gradativamente. Segundo ele, até o fim do ano, todos
os estados devem contar com o serviço, em mais de três mil municípios.
Ele mantém a previsão de que sejam vendidos 1
milhão de chips até março de 2018 e que o serviço chegue a 500 mil clientes.
“Não adianta querer abraçar o mundo. Seria um
erro e uma ousadia até irresponsável querer fazer esse lançamento no Brasil
inteiro do dia pra noite. Não temos perna para isso. Não temos capacidade de
fazer isso de um dia pra noite”, afirmou.
Para o presidente da estatal, o novo serviço
de telefonia móvel oferecido pela estatal desde março deste ano vai “dar uma rejuvenescida”
da marca da empresa.“Esse produto que tem sido um grande sucesso principalmente
para a marca e a imagem dos Correios.[O Correios Celular] deu uma rejuvenescida
à sua imagem. Muito menos pelo que tem acontecido no âmbito comercial, mas de
imagem, conceito e integração ao mundo digital”, disse.
Crise nos Correios
Por mais que o produto seja avaliado como
“sucesso” pelo presidente da empresa, ele admite que as vendas de chip não
serão suficientes para sanar a crise pela qual passa a estatal.
“Não há nenhum produto ou atividade que vá
conseguir da noite pro dia resolver a vida dos Correios”, explica. “É um
produto que com o tempo terá uma relevância muito significativa para a empresa,
mas nesse momento é mais imagem do que financeiro”, continua.
Os Correios acumulam um prejuízo de R$ 4
bilhões nos últimos dois anos. Para sair da crise, o presidente da empresa
tenta uma reestruturação, que inclui o fechamento de agências deficitárias e um
programa de demissão incentivada.
O plano também prevê uma renovação dos
serviços dos Correios – nessa linha está o lançamento de um serviço de
telefonia móvel. A estratégia é usar a capilaridade das agências para vender
outros produtos.
Estrutura
A estatal usa a infraestrutura da EUTV (empresa que venceu a licitação pública para operar o serviço). Desta forma, os Correios não precisaram investir em antenas e cabeamento, por exemplo. O contrato entre as duas empresas é de cinco anos.O Correios Celular oferece um plano mensal que custa R$ 30 e com franquia de internet de 1 GB. Sites dos Correios, do Governo Federal e o aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp não são cobrados na franquia.
A estatal usa a infraestrutura da EUTV (empresa que venceu a licitação pública para operar o serviço). Desta forma, os Correios não precisaram investir em antenas e cabeamento, por exemplo. O contrato entre as duas empresas é de cinco anos.O Correios Celular oferece um plano mensal que custa R$ 30 e com franquia de internet de 1 GB. Sites dos Correios, do Governo Federal e o aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp não são cobrados na franquia.
O plano também oferece 100 minutos em
ligações para qualquer telefone ou fixo do país de qualquer operadora. A compra
de chips e recargas são feitas apenas nas agências dos Correios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário