Adcap Net 11/03/2020 - A quem interesse acabar com os Correios? - Veja mais!
Paulo Guedes envia lista de prioridades para o Congresso
Congresso em Foco
10/03/2020
10/03/2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, enviou
para o Congresso Nacional, no final da noite desta terça-feira (10), uma lista
de projetos que são prioritários para a pasta. As reformas administrativa e
tributária estão entre os itens dessa lista.
"Considerando o agravamento da crise
internacional em função da disseminação do Coronavírus e a necessidade de
blindagem da economia brasileira, o Ministério da Economia propõe acelerar a
pauta que vem conduzindo junto ao Congresso Nacional. Trata-se de matérias infraconstitucionais
que já estão em tramitação e que são extremamente relevantes para resguardar a
economia do país, aumentar a segurança jurídica para os negócios e atrair
investimentos", diz o documento.
"O Ministério da Economia reforça a
necessidade de aprovação de reformas estruturais necessárias para que o país
tenha contas equilibradas e que promovam a transformação do Estado brasileiro
em favor da prestação de melhores serviços aos cidadãos", continua o
texto.
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O ministro cita as reformas e destaca que a
administrativa ainda será enviada pelo Executivo. Como matérias de interesse do
ministério estão - além da administrativa - a reforma tributária, regra de
ouro, plano de equilíbrio fiscal, autonomia do Banco Central, extinção do
monopólio dos Correios, privatização da Eletrobras, lei das
concessões e nova lei do gás.
Prioridades em tramitação na Câmara
PL 6407/2013 – Nova Lei do Gás
PLP 149/2019 – Plano de Equilíbrio Fiscal
PLP 200/1989 – Autonomia do Banco Central
PL 5877/2019 – Privatização da Eletrobrás
PL 6229/2005 – Recuperação Judicial
PL 5387/2019 – Simplificação de Legislação de Câmbio
PL 3443/2019 – Governo Digital
PL 7316/2019 – Certificação Digital
PLP 295/2016 – Nova Lei de Finanças Públicas
PL 7063/2017 – Lei de Concessões
PLP 149/2019 – Plano de Equilíbrio Fiscal
PLP 200/1989 – Autonomia do Banco Central
PL 5877/2019 – Privatização da Eletrobrás
PL 6229/2005 – Recuperação Judicial
PL 5387/2019 – Simplificação de Legislação de Câmbio
PL 3443/2019 – Governo Digital
PL 7316/2019 – Certificação Digital
PLP 295/2016 – Nova Lei de Finanças Públicas
PL 7063/2017 – Lei de Concessões
Prioridades em tramitação no Senado
PLS 232/2016 – Marco Legal do Setor Elétrico
PLS 261/2018 – Novo Marco Legal de Ferrovias
PL 3261/2019 – Marco Legal do Saneamento Básico
PL 3178/2019 – Alteração do Regime de Partilha
Prioridades em tramitação no Congresso
MP 902/2019 – MP da Casa da Moeda
MP 905/2019 – MP Emprego Verde Amarelo
MP 902/2019 – MP da Casa da Moeda
MP 905/2019 – MP Emprego Verde Amarelo
Reformas estruturais
PEC 188/2019 – Pacto Federativo
PEC 197/2019 – Fundos Públicos
PEC 186/2019 – Emergencial
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O ministro cita as reformas e destaca que a administrativa ainda será
enviada pelo Executivo. Como matérias de interesse do ministério estão - além
da administrativa - a reforma tributária, regra de ouro, plano de equilíbrio
fiscal, autonomia do Banco Central, extinção do monopólio dos Correios, privatização da Eletrobras, lei das concessões e nova lei do gás.
(ADCAP).
Guedes envia lista de projetos prioritários para o Congresso
Essa lista, contudo, não se limita às
reformas e conta com 48 propostas diferentes, das quais 19 são consideradas
prioritárias
Correio Braziliense
10/03/2020
10/03/2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, enviou
um ofício ao Congresso Nacional nesta terça-feira (10) para apresentar os
projetos que, segundo ele, podem amortecer os impactos da crise mundial que foi
deflagrada pelo coronavírus na economia brasileira. Essa lista, contudo, não se
limita às reformas e conta com 48 propostas diferentes, das quais 19 são consideradas
prioritárias e deveriam ser aprovadas pelo Congresso ainda neste semestre,
junto as reformas tributária e administrativa, segundo Guedes.
“Considerando o agravamento da crise
internacional em função da disseminação do Coronavírus e a necessidade de
blindagem da economia brasileira, o Ministério da Economia propõe acelerar a
pauta que vem conduzindo junto ao Congresso Nacional”, começa Guedes, no ofício
que foi enviado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e
ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a lista de projetos que
considera importantes para a recuperação da economia brasileira.
O ministro da Economia ainda diz no ofício
que avançar com a pauta econômica no Congresso é extremamente relevante para
“resguardar a economia do país, aumentar a segurança jurídica para os negócios
e atrair investimentos”. “A equipe econômica monitora atentamente a evolução
dos cenários internacional e doméstico. Com a continuidade de reformas
estruturais que o país precisa, será possível recuperar espaço fiscal
suficiente para a concessão de outros estímulos à economia”, afirma Guedes,
que, assim, volta a colocar as reformas como uma forma de o Brasil escapar da
crise mundial que foi deflagrada pelo coronavírus e pela redução dos preços
internacionais do petróleo.
Na lista de projetos prioritários de Guedes,
contudo, não estão apenas a reforma tributária, a reforma administrativa e as
três propostas de emenda à Constituição (PECs) do pacto federativo - a PEC
emergencial, a PEC dos Fundos e a PEC do Pacto Federativo - que já são tratadas
como prioridade pelo Congresso. Mas também projetos como o plano de equilíbrio
fiscal dos estados, a privatização da Eletrobrás, o novo marco legal do setor
elétrico e a MP do Emprego Verde e Amarelo. Veja a lista completa abaixo.
“O esforço para a aprovação, neste semestre,
das matérias listadas acima tem a capacidade de proteger o Brasil da crise
externa”, alega Guedes, que, desta forma, cita como prazo ideal de aprovação
dessas propostas o mesmo período de tempo que parece ter recebido do
presidente Jair Bolsonaro como prazo para mostrar resultado.
Veja os projetos prioritários para Paulo
Guedes:
Em tramitação na Câmara dos Deputados:
PL 6407/2013 – Nova Lei do Gás
PLP 149/2019 – Plano de Equilíbrio Fiscal
PLP 200/1989 – Autonomia do Banco Central
PL 5877/2019 – Privatização da Eletrobrás
PL 6229/2005 – Recuperação Judicial
PL 5387/2019 – Simplificação de Legislação de
Câmbio
PL 3443/2019 – Governo Digital
PL 7316/2019 – Certificação Digital
PLP 295/2016 – Nova Lei de Finanças Públicas
PL 7063/2017 – Lei de Concessões
Em tramitação no Senado Federal:
PLS 232/2016 – Marco Legal do Setor Elétrico
PLS 261/2018 – Novo Marco Legal de Ferrovias
PL 3261/2019 – Marco Legal do Saneamento
Básico
PL 3178/2019 – Alteração do Regime de
Partilha
Em tramitação no Congresso Nacional:
MP 902/2019 – MP da Casa da Moeda
MP 905/2019 – MP Emprego Verde Amarelo
Pacto federativo (no Senado)
PEC 188/2019 – Pacto Federativo
PEC 197/2019 – Fundos Públicos
PEC 186/2019 – Emergencial
Reformas: Reforma tributária
Reforma administrativa
Outros projetos
No ofício enviado a Maia e a Alcolumbre,
Paulo Guedes ainda diz que esses não são os únicos projetos legislativos que
podem contribuir com a retomada da economia brasileira. "Além de todos
esses projetos prioritários, há ainda um grande conjunto de propostas, que tem
sido discutido pelo Ministério da Economia com o Parlamento”.
Em anexo que também foi enviado ao Congresso,
lista 27 projetos desse tipo. Entre eles, propostas que discutem questões como
o fim do monopólio dos Correios, a aquisição de terras
por estrangeiros, um percentual mínimo para ocupação de Cargo em Comissão por
Servidores Públicos e um plano de revisão periódica de gastos. “São matérias
importantes não somente para que o Brasil atravesse momentos como este, mas
para que se prepare para desafios futuros”, concluiu Guedes.
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A quem interessa acabar com os Correios?
Release enviado ao Congresso e Imprensa
A imprensa noticiou hoje que entre os projetos apontados ao Congresso Nacional pelo Ministério da Economia como capazes de contribuir para a retomada da economia brasileira estaria a quebra do monopólio postal. Cabem, então, alguns esclarecimentos, para que a população e o Congresso Nacional percebam com clareza que estão sendo induzidos a um erro gravíssimo pelo Ministério da Economia.
Inicialmente, é importante registrar que a
área de reserva dos Correios – denominação adequada, já que se trata de serviço
público – se limita às correspondências, ou seja, cartas, cartões postais,
telegramas e malotes com correspondência agrupada. Essa área de reserva não
alcança o serviço de encomendas, onde os Correios concorrem com milhares de
outras empresas que atuam livremente no mercado. A mesma coisa se aplica às
malas diretas, que também estão fora da área de reserva, podendo ser
distribuídas livremente.
No mundo todo, há previsões similares à brasileira,
exatamente para assegurar que se possa prestar um serviço universal, com preço
único no território todo, independentemente dos locais de postagem e de
destino. Assim, no Brasil uma carta de São Paulo para São Paulo custa o mesmo
que uma do Oiapoque ao Chuí, no mesmo padrão de qualidade, o que garante
integração do território e acesso democrático ao serviço.
Além disso, a área de reserva possibilita que
os Correios mantenham, com seus próprios recursos, redes de atendimento
(agências) e de entrega que cobrem o país todo. O custo anual da manutenção
dessa infraestrutura, totalmente suportado pelos Correios, é estimado em R$ 8,5
bilhões.
Importante observar, ainda, que o preço da
carta brasileiro é um dos menores do mundo, apesar de o território brasileiro
ter dimensões continentais e desafios logísticos significativos.
A receita das correspondências corresponde a
mais de 40% das receitas operacionais dos Correios, constituindo uma fonte
indispensável de recursos para a manutenção da infraestrutura postal. Sem essa
receita, os Correios seriam transformados imediatamente numa organização
deficitária e economicamente inviável, principalmente se ainda tiverem que
manter o serviço de cartas para os locais mais remotos, enquanto operadores
privados se concentram nos filões mais lucrativos da entrega local em grandes
centros.
O que leva, então, o Ministério da Economia a
defender a necessidade de “quebra do monopólio postal”, aproveitando o momento
de crise econômica mundial? Por que um representante do próprio acionista
(União), em vez de proteger estruturas que vem funcionando, advoga por mudanças
que sequer analisou e para as quais não construiu alternativas?
As únicas respostas plausíveis que nos
ocorrem é que os interesses que motivam essa conduta do Ministério da Economia
possuem viés puramente ideológico ou então atendem demanda específica de algum
grupo econômico que possui interesse na retirada dos Correios do mercado. Em
nenhum dos dois casos está presente o interesse público; pelo contrário, os brasileiros
serão todos penalizados se a intenção do Ministério da Economia eventualmente
prosperar.
Direção Nacional da
ADCAP.
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