Punição de ex-dirigentes do Postalis
A
ratificação da punição de ex-dirigentes do Postalis é mais uma comprovação de
que as manifestações da ADCAP a respeito da existência de problemas no Postalis
estavam corretas.
O
volume e a gravidade dos autos de infração aplicados demonstram cabalmente que
o POSTALIS esteve em mãos de pessoas que não cuidaram do patrimônio do
instituto como deveriam.
Apesar
de monetariamente pequenas, as penalidades aplicadas foram gravíssimas de
acordo com a legislação atual.
A
ADCAP espera agora que o Postalis e a Empresa adotem
medidas complementares para tentar reaver, de acordo com a lei, os prejuízos
incorridos indevidamente, bem como que denunciem em outras esferas esses maus
dirigentes que tanto prejuízo nos imputaram.
Boa
Leitura!
Diretoria da ADCAP Nacional.
Previdência confirma punição a ex-dirigentes do
Postalis
Fato
Online
27/05/2015
27/05/2015
Ex-presidente
e ex-diretores do fundo de pensão dos empregados dos Correios tentam anular, na
esfera administrativa, autos de infração aplicados pela Previc, órgão
fiscalizador da previdência complementar Três anos depois de a Previc
(Superintendência Nacional de Previdência Complementar) punir ex-dirigentes do
Postalis, fundo de pensão dos servidores dos Correios, por irregularidades na
aplicação de dinheiro da entidade, a última instância administrativa do
Ministério da Previdência Social confirmou, nesta terça-feira (26), as
punições.
Cinco
executivos (diretores, gerentes e o ex-presidente do Postalis), que comandavam
a instituição entre 2006 e 2011, terão que pagar multas de R$ 40,3 mil cada um
e estão inabilitados por três anos para gerir qualquer outra entidade fechada
de previdência complementar.
Essas
penalidades se somam a outras, na mesma linha, que já foram aplicadas aos
mesmos executivos e também confirmadas pela Câmara de Recursos da Previdência
Complementar no início de março. Entre 2012 e 2013, a Previc aplicou 12 autos
de infração a integrantes da diretoria do Postalis – que estiveram à frente da
entidade entre 2006 até 2011 – justamente por problemas encontrados na gestão
dos recursos das contribuições dos cerca de 75 mil funcionários dos Correios
que integram o plano de previdência chamado BD Saldado.
No
julgamento desta terça-feira (26), os integrantes da Câmara não aceitaram os
argumentos de defesa apresentados pelos ex-dirigentes que contestam as
punições. A condenação mais recente se deveu, entre outras acusações, à
desobediência aos limites de colocação de parte do dinheiro do plano de
previdência BD, que integra o Postalis, em títulos de dívida externa. No
portfólio de aplicações havia, por exemplo, fundo soberano de países como Venezuela
e Argentina.
O
déficit bilionário do Postalis, em torno de R$ 5,7 bilhões, deriva em parte do
desequilíbrio financeiro no plano BD que tem hoje cerca de 75 mil participantes
ativos e aposentados, e há dez anos já não aceita novos participantes. A principal
característica desse plano é ter definido, previamente, o valor do benefício a
ser pago aos participantes quando estes se aposentarem, independentemente do
valor das contribuições realizadas.
Os
servidores que entraram na empresa a partir de 2005 e optaram por ter uma
previdência complementar foram direcionados para o plano PostalPrev, cujo
benefício futuro dependerá diretamente das contribuições feitas. Segundo os
Correios, esse segundo plano está equilibrado e tem hoje cerca de 115 mil
participantes ativos.
Além
do descompasso financeiro provocado pelo pagamento de benefícios descolados das
contribuições, o fundo de pensão Postalis ainda sofre pelo resultado dos
péssimos investimentos e de erros na gestão dos recursos, pelos quais respondem
a ex-diretoria. No início deste ano, os Correios anunciaram que aumentariam a
contribuição extraordinária dos trabalhadores a partir deste mês para cobrir o
desequilíbrio financeiro do Postalis.
No
entanto, empresa e trabalhadores estão negociando uma forma mais amigável de
resolver a pendência financeira, mas ainda não formalizaram um acordo. Fontes
próximas das negociações informaram que o desconto nos salários previsto para
este mês não ocorreu, já que a folha de pagamentos fechada no último dia 22 foi
a mesma do mês anterior.
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