PT conseguiu a
façanha de falir os Correios, revela o presidente
do órgão
Jornal da Cidade
30/06/2016
30/06/2016
Situação dos
Correios não pode mais ser classificada como ‘grave’ ou ‘crítica’. Neste
momento, a estatal está à beira da falência. Não há mais dinheiro sequer para
pagar os salários dos funcionários, executar serviços ou cumprir prazos com
fornecedores.
A tétrica
constatação foi feita pelo novo presidente dos Correios, Guilherme Campos, em
entrevista à Revista Veja e ao jornal Estadão. O rombo deixado pela roubalheira
generalizada e pelo caos administrativo na última década pode ter comprometido,
em definitivo, a histórica Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Nos últimos três
anos, os Correios estão registrando sucessivos prejuízos, mas as contas estavam
aparentemente maquiadas e o rombo é bem maior do que fora apresentado nos
balanços de 2013 e 2014, quando registrados saldos negativos de R$ 313 milhões
e R$ 20 milhões, respectivamente. A prévia do balanço de 2015 já aponta um
prejuízo estratosférico de R$ 2,1 bilhões.
Em dezembro, a
então presidente Dilma Rousseff autorizou um aumento de 8,89% nas tarifas. Mas,
nem chegou perto de ajudar amenizar o rombo. Agora, o presidente em exercício
Michel Temer acaba de autorizar novo aumento de 10,64% em todos os serviços
monopolizados pelos Correios. O efeito será apenas paliativo.
A informação
oficial é de que o rombo deverá ser coberto pelos cofres públicos dos otários
nacionais pagadores de impostos. Para tentar sobreviver — você leu
corretamente: ‘tentar sobreviver’ —, os Correios estão pedindo um socorro
imediato de R$ 6 bilhões ao Tesouro Nacional.
Sob o mesmo viés, a
partir desta quinta-feira, 30 de junho, e pelos próximos 25 anos — isso mesmo:
25 anos! —, os 76 mil funcionários, aposentados e pensionistas dos Correios
terão 17,95% confiscados de seus rendimentos para cobrir o rombo do Postalis,
estimado atualmente em R$ 5,6 bilhões.
Noutras palavras, a
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos literalmente faliu. O curioso é
que, mesmo diante dessa situação catastrófica, os Correios seguem no rol dos
principais patrocinadores dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Não é apenas
irresponsável. É bizarro!
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