Na Black Friday, Correios projetam aumento de 20% nas entregas
Os Correios convivem com o crescimento de pequenos e médios grupos de logística que ganham espaço ao adotar modelos de negócio apoiados em tecnologia e maior agilidade na entrega em grandes centros
Valolr
10/11/2020
Alvo do programa de privatizações do governo Jair Bolsonaro, os Correios projetam que o volume de entregas deve crescer mais de 20% na Black Friday deste ano, em relação à edição de 2019.
A adesão massiva de consumidores às compras on-line, estimuladas pelo distanciamento social na pandemia, promete uma expansão expressiva na entrega dos produtos que serão adquiridos nas tradicionais promoções da última sexta-feira de novembro.
Ainda que esteja na liderança do mercado nacional de encomendas, os Correios convivem com o crescimento de pequenos e médios grupos de logística que ganham espaço ao adotar modelos de negócio apoiados em tecnologia e maior agilidade na entrega em grandes centros. Além disso, a estatal percebe que seus tradicionais parceiros comerciais - tanto varejistas quanto plataformas de venda online (os "marketplaces") - têm estruturado os próprios meios de logística nas principais rotas do e-commerce brasileiro.
Com a pandemia, os Correios também avaliam que a Black Friday 2020 se destacará em relação às edições anteriores. "De fato, será a maior Black Friday da história", diz o diretor de negócios dos Correios, Alex do Nascimento. O executivo prevê um aumento superior a 20% no volume de entrega em relação à Black Friday de 2019.
Ele relatou que a estatal, além de reforçar a capacidade operacional, apostou em novas modalidades de entrega de pacotes.
Nascimento citou os meios de entrega de pequenos objetos a custo reduzido, com o "Correios Mini Envios"; a recepção de produtos em endereço alternativo, com o "Entrega no vizinho"; e os armários inteligentes, os "Lockers", que começam a ser instalados nas capitais e funcionam como terminais de autoatendimento para retirada de encomendas. O diretor afirmou que a empresa conseguiu reduzir prazos de entrega nos dois serviços mais tradicionais, Sedex e PAC.
Os Correios vêm debatendo com executivos do setor os impactos da pandemia no e-commerce. O representante do Google Cássio Brandão relatou que, somente nos últimos seis meses, 10,2 milhões de pessoas passaram a usar plataformas de compras on-line. Isso representou, segundo ele, um aumento de quase 25% no número de consumidores digitais. Já as buscas por itens de varejo dobraram de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período do ano passado.
O Mercado Livre, maior cliente dos Correios no setor de encomendas, tenta migrar a entrega de seus produtos para estruturas próprias de logística. "Temos diminuído bastante a dependência dos Correios. Há alguns anos essa dependência, que era de cerca de 90%, vem caindo semestre a semestre, mas somos ainda o maior cliente da estatal no país", diz Leandro Bassoi, vice-presidente do braço logístico do grupo.
Por razões estratégicas, Bassoi, não diz qual é a fatia de produtos vendidos no Mercado Livre e entregues pelos Correios. Afirmou, no entanto, que o grupo já trabalha com mais de 70 parceiros logísticos no Brasil. Na semana passada, a empresa anunciou que passaria a operar com uma frota de quatro aviões próprios no país.
Para Bassoi, a estratégia de buscar maior autonomia na logística não é para se proteger das incertezas com a eventual privatização da estatal. "O Mercado Livre enxerga como positivos movimentos que possam tornar os serviços dos Correios mais eficientes, sejam eles a privatização, ou não. Eles são um parceiro muito importante para nós, especialmente pela sua capilaridade em todos os territórios brasileiros".
Questionado se o Mercado Livre teria interesse em algum ativo da estatal, Bassoi informou que o grupo, "a priori, não está focado em adquirir ativos logísticos, mas, sim, em desenvolver tecnologia própria" para gerenciar sua operação.
O governo ainda não enviou ao Congresso a proposta de privatização dos Correios.
Há 100 anos, era possível enviar crianças pelo Correio nos EUA; Entenda
Acredite ou não
09/11/2020
Os voto por correio nas eleições dos EUA ainda estão causando polêmica, mas o serviço postal já foi usado de forma bem mais estranha no passado.
Há cerca de 100 anos atrás, o que é relativamente pouco tempo, era perfeitamente possível enviar uma criança pelo correio e fazer com que ela chegasse bem no destino definido. E como se não bastasse, o serviço era barato.
O serviço dos correios estadunidense foi criado em 1775, por Benjamin Franklin. Hoje, o USPS (United States Postal Service) se tornou uma grande empresa estatal e é muito usada pela população, especialmente nas áreas rurais, distantes dos grandes centros urbanos.
No passado, isso era ainda mais evidentes, como o envio de crianças mostra.
Por mais estranho que possa parecer, sabe-se de pelo menos 6 crianças enviadas pelo correio nos EUA. Isso começou em 1913, quando o correio começou a trabalhar com pacotes mais pesados.
No mesmo ano, James Beagle, de 8 meses, foi enviado pelos pais para a casa da avó. O envio custou 15 centavos, na época, o equivalente a 4 dólares hoje. Um seguro também foi feito.
O caso mais famoso foi o da menina Charlotte May Pierstorff, de 4 anos, enviada pelo correio ferroviário em uma viagem de 117 quilômetros no estado de Idaho.
Felizmente, ela viajou junto com um parente que trabalhava nos correios e não foi "empacotada", como diziam as lendas urbanas da época.
Mil e uma utilidades
O voto pelos correios existe nos EUA desde 1988 e era pouco usado até as eleições deste ano.
Obviamente, foi a pandemia de covid-19 que fez com que o recurso batesse um recorde de utilização, o que causou uma grande confusão na hora da apuração dos votos.
Há quem esteja contestando a modalidade e pedindo seu fim para as próximas eleições.
Já o envio de crianças durou apenas alguns poucos anos.
Cerca de 10 anos após o aumento do peso dos pacotes manipulados pelo correio, que fez com que o envio de crianças começasse, o chefe do serviço postal dos EUA precisou dar uma entrevista coletiva anunciando que a prática seria proibida.
Direção Nacional da ADCAP.
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