sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Manutenção do benefício à saúde dos associados, aposentados, que se desliguem dos correios

Para permanecer no plano de saúde em caso de demissão do titular, sem justa causa ou no caso de falecimento do titular do plano, o Titular ou Dependente deve apresentar, em até 30 dias contados da data do desligamento dos Correios, os seguintes documentos, pelos canais abaixo relacionados:

Canais de envio:

- Entregar a documentação necessária pessoalmente na Unidade Regional da Postal Saúde em seu Estado; ou

- Enviar por correspondência para: Caixa Postal 9555, CEP: 70.040-976 / Brasília-DF; ou

- Enviar para o e-mail: exclusao@postalsaude.com.br

Documentação Necessária:

- FOP 284 (Termo de opção de permanência) disponível no site da Postal Saúde; (Clique AQUI);

- Comprovante de residência atualizado;

- 3 (três) últimos comprovantes de rendimentos dos Correios.

Observação: A falta de qualquer documento necessário poderá acarretar a perda do direito de permanência no plano.


Direção Nacional da ADCAP.

Adcap Net 13/11/2020 - "Comércio eletrônico salvando negócios e ausência de argumentos para privatização" - Veja mais!

Presidente dos Correios destaca ecommerce como "salvação de negócios"

12/11/2020
Valor

Em encontro de comércio exterior, Floriano Peixoto não citou em nenhum momento proposta de privatização da empresa

O presidente dos Correios, Floriano Peixoto Vieira Neto, destacou nesta quintafeira a importância da internet para a sobrevivência dos negócios das empresas no país, em meio à crise na economia causada pelo avanço da covid19, em meados de março.

Em participação nesta manhã na 39ª Edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), promovida pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Vieira Neto comentou a expansão das vendas digitais, com o e-commerce "crescendo a ritmo
acelerado", devido às restrições sociais originadas pela pandemia.

Mesmo com efeitos negativos da crise, observou ele, a migração para o comércio eletrônico "representou salvação e oportunidades para negócios no país", no entendimento do executivo, até mesmo com entrada em nichos do comércio internacional, pontuou.

Vieira Neto comentou, ainda, sobre intenção de investimentos na modernização de oferta de serviços dos Correios, para facilitar negócios dos exportadores.

Em nenhum momento de sua fala, no evento, o executivo mencionou a proposta de privatização dos Correios, já veiculada por diferentes integrantes da gestão de Jair Bolsonaro. Nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, citou a estatal entre as quatro empresas que deverão estar privatizadas até o fim do ano que vem.

Em nota enviada após a publicação deste texto, os Correios esclarecem que o evento da AEB discutia comércio exterior e, por isso, as falas dos participantes abordaram temas relacionados a esse assunto. Acrescentam que "qualquer posicionamento sobre processos de desestatização deve ser emitido pelo órgão responsável, ou seja, a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos/Ministério da Economia, em conjunto com o Ministério das Comunicações". Por Gabriel Vasconcelos
e Alessandra Saraiva, Valor — Rio.

Sem argumentos para justificar privatizações, ministro agora recorre à hiperinflação

Correio Braziliense
12/11/2020

“Os brasileiros não podem ver seu patrimônio vendido a preço vil para empresas estrangeiras, enriquecendo banqueiros e intermediários à custa do empobrecimento da população e da piora nos serviços. Chega de apagões!”

Marcos César Alves Silva*

Incapaz de justificar sua intenção de privatizar estatais, o ministro da Economia agora tira da cartola o argumento de risco de hiperinflação. Já acostumado às declarações espalhafatosas e desencontradas do ministro, o mercado não deu atenção e seguiu seu rumo.

Com relação à temática das privatizações, o ministro continua incluindo os Correios no rol de estatais a serem privatizadas, apesar de não haver nenhum estudo que aponte razões ou a necessidade desse movimento. Pelo contrário, o que a última experiência de privatização de correio ocorrida no mundo indica é que a população acaba penalizada, com aumento de preços e precarização do atendimento. Não é à toa que os portugueses estão cobrando do governo a renacionalização de seu correio.

Insistir na aceleração da privatização dos Correios é um duplo erro do governo, pois estamos num momento em que, por um lado, falta dinheiro no mercado, e por outro se abrem boas perspectivas para a Empresa com o crescimento do e-commerce, por exemplo. Muito mais consistente seria aproveitar a infraestrutura dos Correios para apoiar as pequenas e médias empresas que precisam migrar para o comércio eletrônico e utilizar a capilaridade da Empresa para levar serviços públicos para mais perto dos cidadãos.

Os brasileiros não podem ver seu patrimônio vendido a preço vil para empresas estrangeiras, enriquecendo banqueiros e intermediários à custa do empobrecimento da população e da piora nos serviços. Chega de apagões!

*Marcos César Alves Silva – Vice-presidente da Associação dos
Profissionais dos Correios (ADCAP)

 


 

Direção Nacional da ADCAP.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Desmontando Fake News nº 17 - A forma desastrada como o governo federal vem tratando os Correios

Como estamos numa luta desigual, em que a mídia reproduz informações distorcidas provenientes de órgãos do governo federal a respeito dos Correios e a própria empresa não se defende, emudecida por um direção subserviente e comprometida com o desmonte da organização, a ADCAP passará a oferecer por esse canal seu posicionamento sobre matérias que tratarem dos Correios.


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Comentaremos hoje matéria trazida pelo UOL intitulada "Incompetência na privatização dos Correios vai levar valor a zero" diz Henrique Bredda.

Primeiramente, é necessário registrar que se trata de manifestação de um gestor de fundo de investimento, ou seja, de um dos poucos que pode ganhar com uma eventual privatização dos Correios. Para os demais brasileiros, o prejuízo se essa iniciativa prosperar é certo.

De acordo com a matéria, em uma mensagem escrita em sua conta no Twitter publicada nesta quinta-feira (12), Henrique Bredda disse que o valor da estatal brasileira está indo para zero: "A incompetência na privatização vai fazendo o valor dos Correios convergir p/ zero, se tornando descartáveis, inúteis".

Comentário da ADCAP: A forma desastrada como o governo federal vem tratando os Correios, escolhido agora como "bola da vez" em suas iniciativas de privatização, realmente tem depreciado a Empresa para o mercado, que acaba enxergando a situação da organização de uma forma completamente enviesada, para pior. Quanto às expressões descartáveis e inúteis, não se aplicam aos Correios, que existem para prestar um serviço público relevante.  

A matéria prossegue mencionando que o gestor reforça o posicionamento sobre os Correios: "Se tornando apenas uma sombra do q foi um dia, virando cada vez mais uma sucata podre pesada demais p/ os pagadores de impostos sustentarem. Já deve valer zero".

Comentário da ADCAP: Apesar das declarações injuriosas de membros do Governo Federal, os Correios estão longe de merecer a descrição feita pelo gestor, que repete também, indevidamente, a afirmação falaciosa de impacto para pagadores de impostos. O gestor se soma assim aos que atuam para depreciar os Correios, repetindo mentiras sem base. Os Correios não dependem de recursos do Tesouro Nacional e possuem uma infraestrutura bem montada e em pleno funcionamento.

A ADCAP compreende que os grandes bancos e fundos de investimento que vislumbravam na privatização dos Correios um grande negócio capaz de criar bilionários estejam preocupados com a incapacidade do governo federal de entregar-lhes logo esse presente. A sociedade e o Congresso Nacional saberão cuidar desse assunto e evitar que os brasileiros sejam enganados com essa história e passem a sofrer o que hoje sofrem os portugueses, que tiveram seu serviço postal sensivelmente piorado após a privatização.

O interesse público precisa prevalecer. 

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Os brasileiros merecem receber melhores informações e os devidos contrapontos ao discurso falacioso do governo. A ADCAP estará atenta às matérias que tratem dos Correios e divulgará amplamente sua opinião e suas observações a respeito. 

 


Direção Nacional da ADCAP.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

ADCAP ingressa com ação coletiva para discutir questão dos aposentados

Nº 114 – 11/11/2020 

Considerando as diversas comunicações emitidas pelos Correios sobre a situação dos aposentados que continuam com contratos ativos, em flagrante desrespeito à legislação vigente, após manifestações do representante dos trabalhadores dos Correios no Conselho Deliberativo da Empresa e da ADCAP à DIGEP, a diretoria da Associação deliberou por ingressar com medida judicial preventiva visando garantir a manutenção dos contratos de trabalho para todos os seus associados que:

  1. Se aposentaram na vigência da legislação providenciaria aplicada até 13/11/2019, mesmo que tenham feito recebimentos ou saques de FGTS/PIS/PASEP após essa data;
  2. Pediram aposentadoria até 13/11/2019 e tiveram a concessão após essa data, mas utilizaram contribuições integrais do regime anterior;
  3. Se aposentaram após 13/11/2019, entretanto, utilizaram das contribuições integrais vertidas ao INSS no regime anterior.

Dúvidas poderão ser encaminhadas para o endereço: previdencia@adcap.org.br

 

 

Direção Nacional da ADCAP.


terça-feira, 10 de novembro de 2020

Adcap Net 10/11/2020 - Crescimento na Black Friday e transporte de crianças pelo correio dos EUA - Veja mais!

Na Black Friday, Correios projetam aumento de 20% nas entregas

Os Correios convivem com o crescimento de pequenos e médios grupos de logística que ganham espaço ao adotar modelos de negócio apoiados em tecnologia e maior agilidade na entrega em grandes centros

Valolr
10/11/2020

Alvo do programa de privatizações do governo Jair Bolsonaro, os Correios projetam que o volume de entregas deve crescer mais de 20% na Black Friday deste ano, em relação à edição de 2019.

A adesão massiva de consumidores às compras on-line, estimuladas pelo distanciamento social na pandemia, promete uma expansão expressiva na entrega dos produtos que serão adquiridos nas tradicionais promoções da última sexta-feira de novembro.

Ainda que esteja na liderança do mercado nacional de encomendas, os Correios convivem com o crescimento de pequenos e médios grupos de logística que ganham espaço ao adotar modelos de negócio apoiados em tecnologia e maior agilidade na entrega em grandes centros. Além disso, a estatal percebe que seus tradicionais parceiros comerciais - tanto varejistas quanto plataformas de venda online (os "marketplaces") - têm estruturado os próprios meios de logística nas principais rotas do e-commerce brasileiro.

Com a pandemia, os Correios também avaliam que a Black Friday 2020 se destacará em relação às edições anteriores. "De fato, será a maior Black Friday da história", diz o diretor de negócios dos Correios, Alex do Nascimento. O executivo prevê um aumento superior a 20% no volume de entrega em relação à Black Friday de 2019.

Ele relatou que a estatal, além de reforçar a capacidade operacional, apostou em  novas modalidades de entrega de pacotes.

Nascimento citou os meios de entrega de pequenos objetos a custo reduzido, com o "Correios Mini Envios"; a recepção de produtos em endereço alternativo, com o "Entrega no vizinho"; e os armários inteligentes, os "Lockers", que começam a ser instalados nas capitais e funcionam como terminais de autoatendimento para retirada de encomendas. O diretor afirmou que a empresa conseguiu reduzir prazos de entrega nos dois serviços mais tradicionais, Sedex e PAC.

Os Correios vêm debatendo com executivos do setor os impactos da pandemia no e-commerce. O representante do Google Cássio Brandão relatou que, somente nos últimos seis meses, 10,2 milhões de pessoas passaram a usar plataformas de compras on-line. Isso representou, segundo ele, um aumento de quase 25% no número de consumidores digitais. Já as buscas por itens de varejo dobraram de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período do ano passado.

O Mercado Livre, maior cliente dos Correios no setor de encomendas, tenta migrar a entrega de seus produtos para estruturas próprias de logística. "Temos diminuído bastante a dependência dos Correios. Há alguns anos essa dependência, que era de cerca de 90%, vem caindo semestre a semestre, mas somos ainda o maior cliente da estatal no país", diz Leandro Bassoi, vice-presidente do braço logístico do grupo.

Por razões estratégicas, Bassoi, não diz qual é a fatia de produtos vendidos no Mercado Livre e entregues pelos Correios. Afirmou, no entanto, que o grupo já trabalha com mais de 70 parceiros logísticos no Brasil. Na semana passada, a empresa anunciou que passaria a operar com uma frota de quatro aviões próprios no país.

Para Bassoi, a estratégia de buscar maior autonomia na logística não é para se proteger das incertezas com a eventual privatização da estatal. "O Mercado Livre enxerga como positivos movimentos que possam tornar os serviços dos Correios mais eficientes, sejam eles a privatização, ou não. Eles são um parceiro muito importante para nós, especialmente pela sua capilaridade em todos os territórios brasileiros".

Questionado se o Mercado Livre teria interesse em algum ativo da estatal, Bassoi informou que o grupo, "a priori, não está focado em adquirir ativos logísticos, mas, sim, em desenvolver tecnologia própria" para gerenciar sua operação.

O governo ainda não enviou ao Congresso a proposta de privatização dos Correios.

Há 100 anos, era possível enviar crianças pelo Correio nos EUA; Entenda

Acredite ou não
09/11/2020

Os voto por correio nas eleições dos EUA ainda estão causando polêmica, mas o serviço postal já foi usado de forma bem mais estranha no passado.

Há cerca de 100 anos atrás, o que é relativamente pouco tempo, era perfeitamente possível enviar uma criança pelo correio e fazer com que ela chegasse bem no destino definido. E como se não bastasse, o serviço era barato.

O serviço dos correios estadunidense foi criado em 1775, por Benjamin Franklin. Hoje, o USPS (United States Postal Service) se tornou uma grande empresa estatal e é muito usada pela população, especialmente nas áreas rurais, distantes dos grandes centros urbanos.

No passado, isso era ainda mais evidentes, como o envio de crianças mostra.

Por mais estranho que possa parecer, sabe-se de pelo menos 6 crianças enviadas pelo correio nos EUA. Isso começou em 1913, quando o correio começou a trabalhar com pacotes mais pesados.

No mesmo ano, James Beagle, de 8 meses, foi enviado pelos pais para a casa da avó. O envio custou 15 centavos, na época, o equivalente a 4 dólares hoje. Um seguro também foi feito.

O caso mais famoso foi o da menina Charlotte May Pierstorff, de 4 anos, enviada pelo correio ferroviário em uma viagem de 117 quilômetros no estado de Idaho.

Felizmente, ela viajou junto com um parente que trabalhava nos correios e não foi "empacotada", como diziam as lendas urbanas da época.

Mil e uma utilidades
O voto pelos correios existe nos EUA desde 1988 e era pouco usado até as eleições deste ano.

Obviamente, foi a pandemia de covid-19 que fez com que o recurso batesse um recorde de utilização, o que causou uma grande confusão na hora da apuração dos votos.

Há quem esteja contestando a modalidade e pedindo seu fim para as próximas eleições.

Já o envio de crianças durou apenas alguns poucos anos.

Cerca de 10 anos após o aumento do peso dos pacotes manipulados pelo correio, que fez com que o envio de crianças começasse, o chefe do serviço postal dos EUA precisou dar uma entrevista coletiva anunciando que a prática seria proibida.

 

Direção Nacional da ADCAP.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Adcap Net 09/11/2020 - Movimentos nos maiores marketplaces brasileiros e o desserviço do governo brasileiro ao defender a privatização dos Correios - Veja mais!

Amazon inaugura mais três centros de distribuição no Brasil e amplia serviço Prime

UGT
09/11/2020

Novos armazéns estão em Minas, Rio Grande do Sul e Distrito Federal

A Amazon inaugurou na última semana três novos centros de distribuição no Brasil, na maior expansão da empresa no país em oito anos.

Os novos galpões logísticos já estão em operação nas cidades de Betim, em Minas Gerais, Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, e Santa Maria, no Distrito Federal.

Com essas inaugurações, a empresa chega a oito centros de distribuição de produtos no Brasil. O primeiro foi aberto em janeiro de 2019, em Cajamar, na Grande São Paulo.

Segundo a Amazon, 1.500 pessoas foram contratadas para operação desses novos núcleos de distribuição.

A empresa não informa o aumento em sua capacidade de processamento de pedidos com as novas unidades, mas afirma que, de imediato, compradores de 100 novas cidades passam a ter acesso às entregas mais rápidas do serviço Prime, a partir de dois dias. Isso eleva para 500 o número de municípios atendidos no prazo.

Assinantes do Amazon Prime têm frete grátis, acesso aos serviços de streaming (Prime Vídeo), de música, além de revistas, jogos e alguns livros.

Lançado em setembro do ano passado no Brasil –o primeiro na América do Sul a ter o serviço–, o crescimento no número de adesões ao Prime no país foi o mais rápido entre os outros 18 países com o programa. Alex Szapiro, presidente da companhia no Brasil, porém, não abre o número de assinantes na região. No mundo, são 150 milhões de assinantes.

A inauguração dos novos centros de distribuição, segundo Szapiro, está alinhado à necessidade de atender essa base crescente de consumidores que usam o serviço e esperam que a entrega ocorra rapidamente.

Essa proximidade com o cliente é a obsessão da Amazon, diz Szapiro. Segundo ele, a estratégia da empresa para o Brasil tem abrangência nacional, e a abertura dos novos galpões dará capilaridade às entregas.

O centro de Brasília, por exemplo, garante fácil acesso aos estados da região norte e nordeste. A Amazon já tem um armazém em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.

No mês em que o ecommerce se prepara para a Black Friday, o executivo da Amazon no Brasil diz que sua preocupação maior hoje é garantir entrega e estoque. "Me preocupo menos com crescimento e mais em ter orgulho de que a gente prometa e consiga entregar."

Ainda assim, ele afirma que a empresa registra um "crescimento extremo" mensalmente.

Os novos centros de distribuição somam 75 mil metros quadrados e todos são expansíveis, conforme a demanda.

A escolha da localização dos armazéns seguiu critérios comerciais, segundo Szapiro. Em comunicado divulgado pela Amazon, o governador Romeu Zema, de Minas, disse que o investimento da empresa é uma demonstração das condições favoráveis aos negócios no estado.

Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, afirmou que a instalação do armazém vai "ao encontro do ambiente competitivo criado pelo nosso governo –com programas de incentivos fiscais, segurança jurídica e redução de burocracia."

O governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse, também no comunicado da Amazon, que a decisão da empresa revela o "sucesso da política de atração de investimentos".

Procurados, os governos dos três estados não responderam se houve a concessão de benefício fiscais para a atração dos centros de distribuição.

Falta privatizar os Correios para melhorar o serviço, diz presidente do Mercado Livre para América Latina

Executivo participou de live do InfoMoney e disse que dependência dos Correios está diminuindo a cada trimestre com investimentos em logística própria

InfoMoney
06/11/2020

A dependência do Mercado Livre (MELI34) aos Correios está cada vez menor e vai continuar assim, segundo o presidente de commerce para América Latina do grupo, Stelleo Tolda. A empresa argentina tem investido cada vez mais em logística própria, inclusive com uma frota de aviões recém anunciada.

"Hoje nossa dependência dos Correios é muito menor. A gente fechou o trimestre com uma penetração de 74% da nossa rede logística dentro do cupom total do Mercado Livre. Isso é entregue majoritariamente através de outras transportadoras privadas. O restante que não vai para a nossa rede, uma parte vai sim pelos Correios", disse.

"A grosso modo, se a gente olhar para trás, uns dois ou três anos, a gente chegou a ter 90% do nosso volume que ia via Correios, mas hoje está em torno de 20%, diminuindo a cada trimestre. Houve a greve dos Correios, uma greve longa. É lamentável sob qualquer ótica", completou o executivo.

"O Mercado Livre é o maior cliente dos Correios no que diz respeito a volume de encomendas ou no que os Correios faturam. A gente se viu, então, enfrentando demoras, um nível de serviço deplorável. (...) A gente gostaria sim de ver os Correios privatizados não simplesmente por privatizá-lo, mas para tornar os seus serviços mais eficientes."

Ele participou nesta quinta-feira (5) de uma live no InfoMoney da série Por Dentro dos Resultados, onde executivos de importantes empresas da Bolsa apresentam os principais destaques financeiros do terceiro trimestre, comentam os números e falam sobre perspectivas.

O grupo teve volume de vendas (GMV) de US$ 5,9 bilhões no terceiro trimestre de 2020, uma alta de 62,1% na comparação anual. O lucro líquido foi de US$ 15 milhões. Já a receita ficou em US$ 1,1 bilhão, um recorde trimestral — do total, 55% vieram das operações no Brasil.

Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago no Brasil, também participou da live e comentou o desempenho do braço de fintech da empresa argentina no país. "Nossos clientes já estão processando pagamentos nos níveis pré-pandemia", disse. "O Mercado Pago vem crescendo em crédito, mesmo com o cenário de restrição causado pela pandemia, e estamos controlando a inadimplência."

Oliveira e Tolda falaram sobre como a reabertura das lojas físicas não prejudicou o e-commerce, o mercado de maquininhas, o novo sistema de pagamentos do BC — o Pix —, as parcerias e os investimentos previstos. Assista à live AQUI.

Venda dos Correios vira "menina dos olhos" de Bolsonaro, que busca marca igual teles

Gazeta do Povo
02/11/2020

O plano é que o projeto seja aprovado nas duas Casas do Congresso até o primeiro trimestre de 2021

A privatização dos Correios virou uma das principais agendas do governo Bolsonaro para o ano de 2021. O presidente e seu corpo técnico têm apostado que ela será um dos principais marcos do seu mandato, assim como foi a privatização da telefonia no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). Também seria uma forma de diminuir as críticas sobre as dificuldades de o governo levar adiante sua promessa de redução do Estado brasileiro.

A expectativa é de que o projeto que abre caminho para privatização da estatal seja enviado ao Congresso em novembro. O texto já teve o aval dos ministérios da Comunicação e da Economia e falta apenas passar pelo crivo jurídico do Planalto. A análise está sendo feito pela Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República e pela Casa Civil.

Interlocutores do governo disseram à Gazeta do Povo que o plano é que o projeto seja aprovado nas duas Casas do Congresso até o primeiro trimestre de 2021, com a tramitação começando pela Câmara dos Deputados ainda neste ano.

O prazo será apertado: caso o Congresso não cancele o recesso de fim de ano, o Legislativo para no fim de dezembro e em teoria só volta a funcionar em fevereiro. Como será um ano de eleição da mesa diretora da Câmara e do Senado e de nova composição das comissões, o funcionamento só deve se dar de fato a partir de março.

Governo tem pressa para privatizar os Correios
A pressa do governo em aprovar o projeto se justifica pela meta de privatizar os Correios em 2021. O governo ainda precisará definir o modelo de venda da estatal, algo que já está sendo feito paralelamente ao envio do PL ao Congresso, mas que só pode ser finalizado após a aprovação do texto com os princípios norteadores.

Depois, ainda terá de realizar audiências públicas, road shows (encontros com potenciais compradores/investidores) e audiências com empregados e aposentados da estatal. Só aí é que será publicado o edital, que terá de ter anuência do Tribunal de Contas da União.

Ao fim de todas essas etapas é que o leilão poderá ser realizado. Essas etapas que dependem unicamente do Executivo, após o aval do Legislativo, tendem a demorar pelo menos seis meses, segundo integrantes do governo. O prazo não considera eventuais judicializações que possam interromper o processo.

Sobre a adesão do Congresso ao projeto, interlocutores com quem a Gazeta do Povo conversou se mostraram bastante confiantes. Eles afirmam que o fato de o ministro Fábio Faria estar diretamente envolvido no caso tem ajudado nas conversas com o Legislativo. Faria é deputado federal pelo PSD, um dos partidos do Centrão. Ele acabou ficando com o Ministério das Comunicações, que foi recriado pelo presidente neste ano e é responsável pelos Correios.

Antes, a estatal estava vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, chefiado pelo ministro Marcos Pontes. A mudança dos Correios para as Comunicações de Fábio Faria foi bem recebida pelo Ministério da Economia, pasta mais atuante em favor das privatizações. Faria é considerado dentro do governo como um líder político em ascensão, de fácil interlocução e com viés pró-mercado. Pontes, por sua vez, se opunha as privatizações.

Em relação ao modelo estudado para privatizar os Correios, a tendência é que se opte pela concessão dos serviços da estatal à iniciativa privada no modelo "filé com osso", conformou mostrou a Gazeta do Povo. Basicamente, a ideia seria dividir o país por regiões, oferecendo à iniciativa privada a concessão de municípios superavitários junto de deficitários. Seria uma forma rentável de garantir a universalidade dos serviços.

O modelo já é adotado nas novas concessões de saneamento e aeroportos. Marco igual à privatização das teles? A economista e advogada Elena Landau, uma das responsáveis pelo programa de privatizações do governo FHC, diz que a privatização do setor postal tem potencial para ser um marco para o país – assim como foi da telecomunicação – caso seja bem feita. Mas que só saberemos de fato quando o governo der publicidade ao processo, o que não vem ocorrendo.

"Para ter a qualidade da privatização da telecomunicação, tem que ter a qualidade do processo de privatização da Telebras. A privatização da Telebras foi boa porque foi muito bem preparada em todas as suas etapas: contratação clara de consultores, definição de modelo de negócio, preparação de leis e da regulação, bons juristas fazendo as leis, filosofia de competição", resumiu a economista em entrevista à Gazeta do Povo.

Mais importante do que cumprir um cronograma é a garantia da qualidade do processo, diz Landau. "É uma privatização muito complexa. Por isso mesmo, quanto mais transparência, melhor. Tem que estar muito claro que o objetivo é manter a universalização, porque é obrigação, está na Constituição. Tem que saber se eles vão colocar entrega de encomendas junto ou separado da privatização do setor postal. Tem que saber o que vai acontecer com o passivo da Postalis [fundo de pensão dos Correios] e da empresa. E o que você vai fazer com 100 mil funcionários. Essas questões são muito complexas e vão além da modelagem", afirma.

Ela também alerta para a necessidade de se construir uma boa legislação que possibilite a competição, além de alguma flexibilidade para incorporações de novas tecnologias ao longo do tempo. "Eles [governo] vão ter que aprender com as telecomunicações que a tecnologia é muito mais rápida que regulação. Alguma flexibilização para avanço tecnológico no sistema de comunicação eles vão ter de prever pra não ter que mudar a lei o tempo todo." Por Jéssica Sant'Ana, Gazeta do Povo

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A tentativa de privatização dos Correios é um desserviço aos brasileiros


O jornal Gazeta do Povo trouxe hoje matéria intitulada "Venda dos Correios vira "menina dos olhos" de Bolsonaro, que busca marca igual teles".

Comentaremos algumas informações e citações da matéria, apresentando a posição da ADCAP a respeito.

Pressa: A maneira atropelada com que vem sendo tratado o assunto, com projetos sendo apresentados antes de estudos técnicos, além da completa falta de motivação baseada no interesse público, indicam que tem-se nesse caso mais uma situação em que o governo federal tenta impor um encaminhamento que lhe é ideologicamente simpático, ignorando os procedimentos formais e adequados para lidar com o patrimônio público.

Marco regulatório similar ao das teles: Uma das especulações que têm sido comentadas refere-se à utilização de princípios similares aos usados por ocasião da privatização das teles brasileiras, com o país sendo dividido em regiões abrangendo mercados mais rentáveis e mercados menos rentáveis em cada região. No mundo postal, esse tipo de modelo nunca foi utilizado e não faz sentido cogitar-se de algo cuja complexidade operacional torne ainda mais difícil a regulação e o controle. Encomendas e cartas são muito diferentes de pulsos eletrônicos.

É importante lembrar, ainda, que, quando ocorreu a privatização das teles, o governo federal apresentou, como argumentos, o fato de haver muita demanda reprimida, com algo próximo a 70% do mercado sem cobertura, e preços elevados para as linhas de telefonia fixa. No caso do serviço postal, a situação é bem diferente: os Correios já estão presentes em todos os municípios e o preço da carta brasileira é um dos menores do mundo, apesar de o Brasil ser o 5º país em extensão territorial. As questões de universalização e de modicidade tarifária já estão, portanto, vencidas, não cabendo como argumentação.

Desserviço aos brasileiros: O governo federal faz um desserviço à sociedade quando utiliza recursos públicos para tentar privatizar os Correios, deixando, assim, de priorizar outros tantos temas que são efetivamente prementes, como os ligados à saúde, ao meio-ambiente, à educação e à segurança pública, e colocando em risco um serviço público prestado de forma adequada e sustentável à população.


 

Direção Nacional da ADCAP.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Adcap Net 06/11/2020 - Privatizar por privatizar não melhora o Brasil - Veja mais!

Privatizar por privatizar não melhora o Brasil

A recente crise provocada pelo Decreto 10.530, de 26/10, que abria caminho para a privatização do SUS, e a forte reação vi...

Jornal do Brasil
Por Marcos Alves
06/11/2020

A recente crise provocada pelo Decreto 10.530, de 26/10, que abria caminho para a privatização do SUS, e a forte reação vinda da sociedade contra essa intenção do governo federal mostrou que posicionamentos meramente ideológicos começam a ser percebidos como nocivos à coletividade.

Privatizar por privatizar, para cumprir promessas de governo ou para agradar simpatizantes - banqueiros, consultorias e empresários interessados em ganhar com as transações ou com o espólio - não melhora o Brasil e a sociedade começa a perceber isso mais claramente e a reagir contra essa sanha.

No caso específico dos Correios, alçado agora pelo governo federal à posição de bola da vez na fila das privatizações, já que a resistência à privatização da Eletrobras tem se mostrado forte, também se coloca em risco uma conquista histórica dos brasileiros – um serviço postal presente e acessível.

Num país com as características do Brasil, com um território continental e diferenças marcantes entre as regiões, os brasileiros podem contar com o mesmo serviço postal em todos os municípios, da grande São Paulo à pequena Serra da Saudade. E, apesar de o Brasil ser o 5º maior país em extensão territorial, os brasileiros pagam pelo envio de suas correspondências uma das menores tarifas do mundo.

Ao longo do tempo, os Correios têm conseguido manter sua infraestrutura sem depender de recursos do governo federal. Ao contrário do que alguns tentam pregar, alegando que o serviço postal onera o Estado, o que se viu nos últimos dez anos foi exatamente o contrário – o Tesouro Nacional depauperou a Empresa, recolhendo em dividendos bem mais do que a organização produziu de lucros. Assim, apesar de tratar-se de uma instituição que não visa lucros, mas sim a prestação de serviço público, os Correios têm se mostrado sustentáveis e até lucrativos.

O que explicaria, então, a intenção do governo federal de privatizar os Correios mesmo assim, ou então de quebrar o monopólio postal, como alguns mencionam?

Certamente a motivação não está no interesse público, que se encontra bem atendido pelos Correios como empresa pública, se não com perfeição, posto que há sempre flancos a melhorar e em algumas regiões como o RJ estes flancos estão mais expostos, mas com uma formulação que tem se mostrado exitosa e econômica.

Num contexto em que o interesse público ocupasse mesmo o lugar principal, o governo federal deveria estar pensando em como desenvolver ainda mais os Correios, aproveitando as oportunidades que lhe foram abertas pela Lei nº 12.490/11. Isso sim poderia melhorar o Brasil, favorecendo tanto os cidadãos como as empresas brasileiras. Por que não retomar o Banco Postal, selecionando um novo parceiro para ocupar o vazio deixado com o encerramento da parceria com o Banco do Brasil? Por que não expandir os negócios dos Correios para países onde o Brasil tenha interesse de intensificar o comércio bilateral, favorecendo, assim, as empresas brasileiras? Por que não expandir os negócios dos Correios para atividades relacionadas às operações tradicionais, utilizando, para isso, de parcerias com a iniciativa privada, na forma de coligadas?

Se o viés ideológico não contaminasse a visão do governo federal, já teriam percebido que os Correios são uma infraestrutura muito valiosa para o país, não pelos ativos que possui, mas sim porque constitui uma base já construída e em plena operação, a partir da qual se desenvolvem incontáveis negócios, com destaque especial para o comércio eletrônico. Algo assim tem muito valor, especialmente no momento pelo qual passa a humanidade, com uma pandemia mostrando que a logística precisa estar no centro das atenções de qualquer país.

Os Correios são parte importante da solução e não um problema a ser resolvido.
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Marcos Alves é vice-presidente da
Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP)



 

Direção Nacional da ADCAP.