Postal Saúde - Atendimentos médicos e odontológicos suspensos
POSTAL SAÚDE
A
Postal Saúde está devendo, hoje, R$ 472 milhões para os credenciados
(profissionais autônomos, hospitais e clínicas) que, por sua vez, seguem
suspendendo o atendimento dos serviços médicos e odontológicos.
Dessa
dívida, R$ 154 milhões são gerados pela irresponsabilidade e inconsequência dos
Correios.
Ao
descumprir o Termo de Assunção de Obrigações Econômicas e Financeiras firmado
com a ANS, cujo compromisso era de repassar R$ 160 milhões/mês à Postal Saúde,
os Correios vêm contribuindo para uma crescente dívida com o repasse apenas de
R$ 138 milhões. A cada mês a Postal Sáude se depara com uma desfasagem de R$ 22
milhões que, somada à defasagem dos anos anteriores (2013 a 2016), atingiu o
patamar atual de R$ 472 milhões de dívida.
Diante
desse cenário caótico, o prejuízo maior fica com os beneficiários, pois os
profissionais credenciados afirmam que só irão reativar os seus serviços após o
pagamento dos valores devidos. O que resta, em muitos casos, é buscar
Postos de Saúde e/ou o SUS, na situação precária que se encontram, para o
atendimento necessário. Ou até mesmo ficar sem o atendimento ...
A
atual administração dos Correios, liderada pelo presidente Guilherme Campos,
decretou como uma das "bandeiras da crise dos Correios" o Plano de
Saúde dos trabalhadores. Praticamente está proclamando que cuidar da saúde dos
seus quase 120.000 empregados não é prioridade da empresa. Fala em recuperar
capacidade operacional e produtividade dos Correios e ao mesmo tempo ameaça com
a eliminação de benefício concedido pela própria empresa, constante em Acordo
Coletivo de Trabalho. Mecanismo de motivação este bastante inapropriado.
Esquece,
o Presidente, que quem também provocou o crescimento absurdo dos custos com
esse benefício foi a própria empresa ao criar a Caixa de Assistência e
Saúde dos Empregados dos Correios - Postal Saúde, que desde 1º de janeiro
de 2014 opera o Plano de Assistência Médico-Hospitalar e Odontológica dos
Correios. O discurso para a sua criação era dar sustentabilidade ao nosso plano
de saúde com a geração de significativa economia. O que vimos foi justamente o
oposto. E agora, mais uma vez, a solução da empresa é "cortar na
carne", só do trabalhador!
A
ADCAP já adotou as providências judiciais cabíveis para que a empresa cumpra a
cláusula 28 do ACT-2016/2017. Compromisso negociado e assumido com as entidades
sindicais e devidamente homologado pelo TST.
Direção Nacional da ADCAP.
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