Presidente dos Correios se pronuncia sobre fim do e-Sedex
E-COMMERCE BRASIL
14/7/17
O presidente dos Correios, Guilherme Campos, se
pronunciou nesta sexta-feira (14) sobre o fim do eSedex. Em declaração ao
E-Commerce Brasil, Campos, filiado ao PSD, negou que a retirada do serviço do
portfolio da estatal tenha conexão com o crise financeira vivida pela empresa.
Ele também defendeu a extinção do e-Sedex e disse que, segundo as estatísticas
internas, houve queda de, em média, 8% no valor pago por lojistas. O número se
refere a cerca de um terço dos envios que antes eram feitos por e-Sedex e
registraram diminuição de preço.
Confira a declaração na íntegra:
“No fim do mês passado, os Correios foram foco do noticiário em função da
retirada de um serviço de seu portfólio, o e-SEDEX. Em primeiro lugar, é
preciso ressaltar que essa decisão não tem a ver com a situação financeira da
empresa. Ela é o resultado de muitos estudos estratégicos que deram origem à
Política Comercial dos Correios, uma abordagem que incorpora conceitos
mercadológicos ao relacionamento dos Correios com seus clientes.
Esses estudos pautaram a lógica da precificação, que antes considerava apenas
aspectos geopolíticos e privilegiava as capitais do País em detrimento de
cidades do interior com maior relevância mercadológica. Assim, cidades como
Campinas (SP), cidade maior do que muitas capitais do país, e Extrema (MG), que
desponta como polo do e-commerce, passaram a ter condições bem mais
interessantes.
Na mesma lógica, 32% dos envios que antes eram feitos por meio do e-SEDEX
tiveram queda real de preço. A diferença foi, em média, de 8%. Mas há casos em
que o preço chegou a cair 30%. Também é importante ressaltar que o e-SEDEX era
um serviço presente em apenas 250 cidades, enquanto a Nova Política Comercial
atende a todos os municípios do País, oferecendo pacotes específicos para o
ecommerce, com benefícios que vão desde redutores de preços à possibilidade de
um pós-venda dedicado.
Com a Nova Política, empresas de qualquer tamanho podem assinar contrato com os
Correios sem exigência de volume mínimo, tendo acesso, inicialmente, a preços
20% inferiores que os valores à vista.
Além disso, destaco que os Correios sabem da força da marca e-SEDEX, mas
entendem que não há como prestar um serviço premium cobrando preço de
serviço econômico. Por isso, há estudos em andamento para reformulação desse
serviço, com atributos que o diferenciem tanto do PAC quanto do SEDEX,
oferecendo um serviço ainda mais seleto para o e-commerce.
Por fim, ressalto que os Correios continuam líder no mercado de e-commerce.
Parceiros do comércio eletrônico desde que o setor surgiu no Brasil, sabemos do
potencial desse segmento e queremos crescer juntos!”
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