Demora na entrega de encomendas pelos Correios gera reclamações em Alagoas
G1 AL
07/08/2017
07/08/2017
Empresa alega que está enfrentando
dificuldades operacionais por conta de atualização de equipamento na central em
Recife.
Esperar pela entrega de uma encomenda sempre
foi um teste de paciência, principalmente quando o rastreamento mostra que o
objeto já está na cidade, mas nunca chega às mãos do destinatário. Os Correios vêm
recebendo reclamações do todo o Brasil por causa disso.
Em Alagoas, a empresa reconhece que vem
enfrentando dificuldades, e garante que já está trabalhando para normalizar a
situação.
O coordenador de engenhara clínica, Acelino
Pedro, mora em Maceió e fez uma compra pela internet que foi postada no dia 11
de julho. O prazo de entrega terminou no dia 27 daquele mês, mas ele ainda não
recebeu nada.Ele diz que tentou entrar em contato com a Central de Distribuição
no Paraná, com a de Pernambuco, que controla a distribuição no Nordeste, e com
a de Maceió, que fica no bairro do Tabuleiro. As tentativas, no entanto, foram
sem sucesso.
“Tenho um amigo em Recife que só recebeu uma
encomenda depois de reclamar pela internet, no Ministério Público Federal e no
Procon. Tem muita gente na mesma situação que eu, e não resta mais nada a fazer
senão esperar”, diz.
Na página dos Correios nas redes sociais o
número de reclamações em cada postagem que a empresa faz é imenso. “Triste. Meu
produto em rota há 15 dias, e eu precisava dele para trabalho, e até agora
nada! Correios está piorando de uma maneira inexplicável”, disse uma
internauta.
Problema
O gerente operacional dos Correios em Alagoas, Adalberto Almeida, reconhece que a empresa vem enfrentando problemas para manter as entregas em dia.
O gerente operacional dos Correios em Alagoas, Adalberto Almeida, reconhece que a empresa vem enfrentando problemas para manter as entregas em dia.
“Tivemos um problema na máquina de triagem
(processo de separar os objetos postados para entrega) em Pernambuco, que é a
nossa centralizadora. Por isso, a triagem está sendo feita manualmente. Esse
gargalo é maior aqui no Nordeste. A máquina está passando por atualização, mas
não tem prazo para que isso seja concluído”, explica Almeida.Ainda segundo ele,
para contornar a situação no estado, a empresa está organizando mutirões de
entregas, que acontecem inclusive aos fins de semana. A expectativa é que os
atrasos sejas resolvidos até a próxima semana.
“A gente vem trabalhando para minimizar e
eliminar esses atrasos. Desde a semana passada estamos trabalhando também aos sábados
e domingos, em regime de mutirão, com a distribuição externa e tratamentos dos
objetos internos. O pessoal do administrativo também está ajudando, para
garantir que os carteiros fiquem mais tempo nas ruas e consigam fazer as
entregas. Todos estão trabalhando duas horas a mais por dia”, afirma o gerente
operacional.É preciso ficar atento.
Além do atraso operacional dos Correios,
existem outros detalhes que também podem interferir na velocidade da entrega
das encomendas. O tipo de postagem, se é rápida ou no tempo padrão de 10 dias,
e se o objeto vem de fora do país. Nesse último caso, o atraso pode ser
provocado por uma parada obrigatória na Receita Federal e, depois, na
Secretaria da Fazenda do estado.
“Para todo objeto internacional, que tem
observado um crescimento na demanda, quando ele entra no país quem primeiro
toca nele é a Receita. Ela não tem a mesma agilidade dos Correios para a
liberação dos objetos, já que há a fiscalização, a tributação de cada item.
Claro, nós temos uma parcela de culpa na demora também, mas se demora lá,
atrasa nossa parte”, esclarece Almeida.O que também pode fazer com que as
entregas demorem é a quantidade de pessoas que vão procurar receber suas
encomendas diretamente no Centro de Distribuição.
“Nossa central [no Distrito Industrial, no
Tabuleiro] está preparada para fazer a entrega dos objetos de forma externa. Se
tiver uma demanda grande de pessoas lá, vai ter que parar a triagem, o que
atrasa ainda mais as entregas. O ideal é que as pessoas não vão até lá e
aguardem a entrega em casa”, conclui Almeida.
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