Receitas 2017 - reflexões preliminares
Conselho Correios
17 de maio de 2018
17 de maio de 2018
No quadro a seguir, estão as informações básicas
sobre as receitas dos Correios em 2016 e 2017.
Analisando as principais variações negativas,
temos:
- Mensagens - caiu 4,2%, enquanto que o
tráfego caiu 13,68%, porque as tarifas subiram mais que a inflação no período,
recuperando defasagens anteriores;
- Financeiros - a expressiva queda se deve,
principalmente, ao fato de que, em 2016, os preços das transações financeiras
traziam um adicional compensatório pela resilição do contrato com o BB;
- Receitas Financeiras - além da redução das
taxas de juros e da diminuição dos volumes de recursos investidos, também
tivemos em 2016 um impacto a maior, na conta de juros, decorrente da nova
interpretação dos efeitos da imunidade tributária, no montante de R$ 394
milhões; sem esse impacto, a conta teria registrado o valor de R$ 367 milhões;
- Outras Receitas Operacionais: Em 2016 foram
contabilizados ganhos contingenciais de IRPJ, COFINS e PIS, decorrentes de nova
interpretação sobre os efeitos da imunidade tributária, no montante de R$ 1,002
bilhão; sem esses ganhos, a conta teria registrado o valor de R$ 208 milhões.
O conjunto de receitas de 2017 espelha,
então, um quadro em que o crescimento havido nas receitas de encomendas,
logística e internacional não foi suficiente para superar o impacto do
decréscimo nas receitas de mensagens, de malotes, de marketing e,
especialmente, de serviços financeiros, bem como dos efeitos no balanço de
itens não recorrentes, como as receitas originadas de mudança de interpretação
da imunidade tributária contabilizadas em 2016.
Em postagens subsequentes, procuraremos
aprofundar a análise, abordando também dados não financeiros.
http://conselhocorreios.blogspot.com/2018/05/receitas-2017-reflexoes-preliminares.html?m=1
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