MPF quer que BNY Mellon pague R$ 9,3 bilhões ao Postalis
Correio Braziliense
Por Antonio Temoteo
18/01/2018
Por Antonio Temoteo
18/01/2018
A Procuradoria da República em São Paulo
ingressou com uma ação civil pública na Justiça Federal contra o banco BNY
Mellon para que parte dos prejuízos acumulados pelo Postalis, o fundo de pensão
dos empregados dos Correios, sejam ressarcidos pela
instituição financeira.
No documento obtido com exclusividade pelo
Blog, o procurador Luiz Fernando Gaspar Costa solicitou que o BNY seja
condenado a pagar ao Postalis R$ 6,2 bilhões referente ao valor que os
investimentos descritos na ação deveriam valer com base nas informações
prestadas pelo próprio banco.
O Ministério Público Federal (MPF) ainda
requereu que outros R$ 1,2 bilhão sejam repassados ao Postalis a título de
pagamentos indevidos de taxas de administração, mais R$ 20 mil por participante
do fundo de pensão a título de dano moral, montante que deve chegar a R$ 1,9
bilhão.
Costa relata na ação a ré administrativa os
as carteiras própria e terceirizada da entidade fechada de previdência
complementar. Ele detalha que que no caso da carteira própria, o BNY pode
escolher os investimentos, comprar e vender ativos, além de ter poder integral
e absoluto de administração dos valores investidos.
Conforme ele, a instituição financeira deve
ser responsabilizada nos casos em que se omitiu do dever de vetar operações temerárias
que causaram prejuízos ao Postalis. Diversas aplicações realizadas pelo BNY
Mellon e que deram prejuízo para o fundo de pensão são citadas pelo MPF. Entre
elas estão o FIP Canabrava, o FIP Saúde, aquisições de debêntures e outros
títulos públicos .
Além disso, o procurador detalhou que os
investimentos foram realizados sem análise de riscos, o que levou a quebra de
dever fiduciário e um rombo para os participantes. Diversas aplicações foram
feitas sem observância de limites legais determinados pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN).
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