Tribunal condena Correios a indenizar consumidor por entregar bracelete e pingentes a outro
ESTADÃO
16/10/18
Desembargadora do TRF-4 rejeita recurso sob alegação de que a ausência de contratação de serviço de entrega em mão própria 'não afasta o dever de indenizar que cai sobre a empresa pública, cuja responsabilidade é objetiva' Guilherme Coura/especial para o Estado O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) determinou que os Correios indenizem um consumidor do município de Ijui, no Rio Grande do Sul, após entregarem sua encomenda para uma pessoa desconhecida. O homem havia feito uma compra de um bracelete e alguns pingentes no valor de R$ 690 e, após um mês, ainda não havia havia recebido o pedido. Após entrar em contato com os Correios, de posse do código de rastreio, ele constatou que sua compra havia Terça-feira, 16 de outubro de 2018 sido entregue a outra pessoa devido a sua ausência no momento da entrega.
Os Correios foram condenados a pagar R$ 690 a título de danos materiais.
A empresa tentou recorrer, afirmando que o consumidor não havia contratado o serviço adicional de entrega em próprias mãos. Mas o pedido foi negado pela desembargadora federal Marga Inge Barth Tessler, relatora do caso no TRF-4, sob a alegação de que a ausência de contratação de serviço de entrega em mão própria ‘não afasta o dever de indenizar que cai sobre a empresa pública, cuja responsabilidade é objetiva’.
Com a palavra, os Correios
A reportagem fez contato com os Correios. O espaço está aberto para manifestação.
A
Assessoria de Imprensa enviou nota para o jornalista Guilherme Couro, ontem
(15), às 19h. A redação já foi acionada para que a matéria seja atualizada
o mais rápido possível. Segue teor: Os Correios realizaram o serviço
conforme contratado. O objeto foi entregue no endereço do destinatário,
informado pelo remetente. Uma vez que não houve a contratação do serviço
de entrega em mão própria (pelo qual o remetente recebe a garantia de que
o objeto por ele postado será entregue, exclusivamente, ao destinatário),
a encomenda foi entregue à pessoa que se encontrava no endereço. A empresa
estuda recorrer da decisão.
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