segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Adcap Net 03/02/2020 - "Sem estudo técnico, qualquer previsão de data de privatização é mera especulação" - Veja mais!


Privatização dos Correios é "mera especulação", diz grupo de trabalhadores

A Associação dos Profissionais dos Correios divulgou uma nota após governo apresentar calendário de privatizações

Tecnoblog
31/01/2020

O governo apresentou nesta semana um calendário com privatizações previstas até 2022. A lista inclui 15 estatais e, entre elas, estão os Correios que, segundo o planejamento, será vendido em 2021. No entanto, um grupo de trabalhadores da empresa questiona o planejamento.

A Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP) lembrou, em nota divulgada na quinta-feira (30), que a inclusão da estatal no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) representa somente o início de um estudo técnico sobre a alternativa. "Qualquer previsão de data de privatização é, portanto, mera especulação", diz o comunicado.

"A ADCAP tem convicção de que, se os técnicos puderem trabalhar com independência, os estudos apontarão claramente a inviabilidade/inconveniência de se materializar a privatização dos Correios, por inúmeros motivos".

Os trabalhadores destacam que joga a favor dos Correios o fato da empresa atender em todo o território nacional sem depender de verbas do Tesouro Nacional. A nota lembra ainda que o modelo atual garante economia e conveniência à população.

Os Correios foram incluídos em outubro de 2019 no PPI, que estuda como elas poderão ser repassadas ao setor privado. A venda da empresa, no entanto, acontecerá apenas com autorização da Câmara dos Deputados e do Senado.

Ainda em sua nota, os trabalhadores destacam essa exigência e afirmam acreditar que os parlamentares "saberão ouvir suas bases sobre o assunto e decidir pela manutenção da atual conformação dos Correios".

Além dos Correios, o calendário reúne empresas como Serpro e Dataprev, que tiveram suas privatizações aprovadas no PPI e passaram a fazer parte do Programa Nacional de Desestatização (PND). De acordo com o governo, elas também serão vendidas em 2021.

Correios anunciam novo reajuste nas tarifas postais

A correção média autorizada para este ano é de 4,3062% para serviços nacionais e internacionais.

G1
31/01/2020 

Os Correios anunciaram reajuste das tarifas dos serviços postais prestados em regime de exclusividade. A correção média autorizada para este ano é de 4,3062% para serviços nacionais e internacionais. Em 2019, o reajuste médio havia sido de 0,3893%.

O primeiro porte (até 20 gramas) da carta comercial passou para R$ 2,05. As cartas e cartões postais internacionais na modalidade econômica passaram para R$ 1,65 na primeira faixa.

No caso de telegrama nacional redigido pela internet, a nova tarifa é de R$ 8,54 por página – antes, a tarifa vigente era de R$ 8,19. O telegrama fonado passou de R$ 9,87 para R$ 10,30, e na agência, de R$ 11,85 para R$ 12,36.

As novas tarifas não se aplicam ao segmento de encomendas (PAC e Sedex) e marketing direto.

A portaria com o reajuste foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (31) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - veja as tabelas completas.
O reajuste médio segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, que fechou 2019 em 4,31%.

O último reajuste foi anunciado em janeiro do ano passado.

Os Correios vão fechar uma escola

Houve inúmeros investimentos para a restauração, recuperação, adequação e manutenção do edifício

O Globo
02/02/2020

A privatização de empresas públicas pode ser uma medida saudável na política econômica de qualquer governo. Mas se o preço da privatização for o fechamento de escolas, de centros de ensino que estão fornecendo mão de obra para o desenvolvimento de áreas importantes de nossa cultura e de nossa economia, ela só pode ser vista como uma ação selvagem, que não traz nenhum benefício para o país. Só prejuízo. É o que se está discutindo no atual debate entre os Correios e a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, nome com que é conhecido o IBAV (Instituto Brasileiro do Audiovisual), sociedade civil, sem fins lucrativos, responsável pela escola.

A eventual desestatização dos Correios parece ser uma fatalidade de nosso tempo. Sua privatização é um projeto permanente de quase todos os nossos ministros da Economia mais recentes. Não tenho uma posição muito definida sobre o assunto que, de um lado, deve levar em conta a inovação provocada pela revolução da internet; mas, por outro lado, tem-se hoje uma Empresa dos Correios, de natureza pública, que permite a comunicação e o comércio em todo o nosso território, do Oiapoque ao Chuí.

Enquanto ninguém chega a uma conclusão sobre qual será esse novo papel dos Correios, aqui e no mundo todo, quem está sofrendo as consequências é uma escola, por onde já passaram 20.000 jovens, em cursos regulares ou oficinas, vindos de todo o Brasil, alcançando todas as faixas sociais, exemplo de excelência pedagógica e social.

A Escola de Cinema Darcy Ribeiro (ECDR), comandada desde sempre pelo IBAV e pela obsessiva e eficiente professora Irene Ferraz, exemplo de servidora empenhada em seu papel, é um dos poucos centros que temos de ensino livre dedicado ao Audiovisual.

No ano 2000, ainda durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso, os Correios fizeram uma cessão de uso ao IBAV. Eram “restos” de um prédio em ruínas, confiscado durante a Segunda Guerra Mundial, por ser a sede do Deutsche Bank, nosso “inimigo de guerra”. Um prédio em desuso há muitos anos, na esquina da Rua Primeiro de Março com a Rua da Alfândega, no Rio de Janeiro, para que ali se instalasse o sonho raro de um centro de ensino e pensamento do Audiovisual. Para que isso se tornasse possível, os responsáveis pelo IBAV realizaram inúmeros investimentos para a restauração, recuperação, adequação e manutenção do edifício, utilizando-o em benefício da formação profissional na área.

Nesse prédio, hoje tombado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, por iniciativa do deputado Carlos Minc, sempre se praticou, antes de tudo, a pesquisa capaz de desenvolver, na prática e na teoria, uma enorme área de técnicos e criadores, homens e mulheres dedicados à cultura e à fabricação do Audiovisual brasileiro. Hoje a escola mantém o prédio funcional, com cinco pavimentos, todos recuperados e remodelados, que abrigam salas de aula, ilhas de edição, estúdios, biblioteca e filmoteca, sala de exibição de todos os formatos óticos e digitais, locais preparados para receber estudantes do Rio de Janeiro e de todo o Brasil, como vem acontecendo desde sempre.

São esses os elementos formadores dos profissionais que já atuam hoje ou que vão atuar amanhã na indústria criativa do Audiovisual. Um item hoje significativo em nosso PIB nacional. E também nas contribuições prestadas por alunos e ex-alunos, no debate cultural do país, um país que ainda inventa sua forma de pensar e de se comportar como nação. Nessa segunda feira, por exemplo, a escola começa a preparar uma nova turma de estudantes, fruto de emenda parlamentar da Câmara dos Deputados, que possibilitou a abertura de uma nova classe com 35 vagas de bolsas integrais para jovens de periferia, que por ela serão formados. Essa é uma das contribuições decisivas que a escola dá ao crescimento e à consolidação da atividade Audiovisual no país, em benefício sobretudo do que estará na televisão e no cinema, visando ao desenvolvimento democrático do Brasil.

O que os Correios fazem neste momento, pedindo de volta um prédio que não tem nenhuma utilidade para o serviço que prestam, apenas para valorizar seus bens imobiliários, na hipótese de uma privatização do que já não serve mais, é no mínimo medíocre e pouco patriótico. O que seu gesto vai certamente provocar, se por infeliz acaso for executado, é a interrupção da atividade letiva da Escola e do IBAV. E portanto um boicote ao futuro do Brasil. Fica Darcy!

Greenfield já denunciou 156 pessoas e deve recuperar R$ 11,7 bilhões

Crusoé
Por Mateus Coutinho
02/02/2020

Operação já soma 34 denúncias e 13 ações de improbidade contra 156 pessoas e 22 empresas. Perspectiva da operação é recuperar R$ 11,7 bilhões, graças a acordos de colaboração firmados com os investigados.

Operação Greenfield, que investiga fraudes em fundos de pensão de estatais, chega ao seu quarto ano com 34 denúncias e 13 ações de improbidade contra 156 pessoas e 22 empresas. A perspectiva é de recuperar 11,7 bilhões de reais graças a acordos de colaboração firmados com os investigados. Os dados mostram o volume das investigações, que já atingiram ex-dirigentes dos fundos indicados pelo PT e MDB, e até um assessor de Paulo Guedes no Ministério da Economia.

A operação tem fôlego para mais denúncias em 2020. Fontes ligadas ao caso apontam que a força-tarefa da Greenfield ainda tem material para apresentar ao menos uma acusação por mês durante este ano.

Os números da investigação incluem também 10 acordos de colaboração premiada, dois acordos de leniência, um firmado com a JBS e outro com a companhia aérea Gol, e dois termos de reparação, pelos quais os investigados se comprometeram a devolver o dinheiro desviado.

Ao todo, a investigação apura suspeitas de irregularidades envolvendo movimentações financeiras de cerca de 1 trilhão de reais. No centro das apurações estão os fundos de pensão de funcionários da Petrobras, dos Correios, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, que durante os governos petistas foram loteados por indicados do PT e MDB. 
--------------------------------------------------

 


Os Correios não dependem de
recursos do Tesouro Nacional, pois
produzem suas próprias receitas e
arcam com os custos da prestação do
serviço postal em todo o país. Não
acredite nas fakenews que alguns
andam espalhando por aí para iludir a
população.

 
Direção Nacional da ADCAP.

Nenhum comentário:

Postar um comentário