Micro e pequenos
empresários terão R$ 30
bilhões em linhas
de crédito
AGÊNCIA BRASIL
5/102016
5/102016
O governo federal lançou nesta quarta-feira
(5) uma linha de crédito para que os micro e pequenos empresários possam
pegar empréstimos de bancos públicos e privados e editou um decreto que
facilita a exportação de bens pelas micro e pequenas empresas. As ações
foram apresentadas pelo presidente Michel Temer no Dia Nacional da Micro e
Pequena Empresa, celebrado hoje.
Pelo menos R$ 30 bilhões serão
disponibilizados a financiamentos de compra de máquinas e para
a modernização do segmento, com o objetivo de aumentar a produtividade e
retomar a confiança dos consumidores brasileiros nos pequenos negócios. De
acordo com a secretaria especial da Micro e Pequena (Sempe), as operações
vão envolver taxas de juros mais baixas e condições diferenciadas oferecidas
pelos bancos Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil, Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal.
Já no campo das exportações, o secretário
da Micro e Pequena Empresa, José Ricardo Veiga, assinou um decreto que
institui a figura do chamado Operador Logístico para executar ações no exterior
no lugar das micro e pequenas empresas. Com a mudança, que visa
desburocratizar as ações, os procedimentos de exportação serão feitos por
meio do operador e permitirá às empresas de pequeno porte finalizarem
seus negócios como se estivessem vendendo no próprio mercado nacional.
De acordo com José Ricardo Veiga, uma
instrução normativa da Receita Federal vai possibilitar a ação
dos operadores, que poderão abrir novos guichês para receber mercadorias
dos micro e pequenos empresários.
Ele destacou que a intenção do governo é
fazer que a exportação seja “tão simples” como despachar uma mercadoria.
Colaboração
Sobre as linhas de crédito, o secretário informou que os bancos decidiram colaborar com o governo “por acreditarem” no sucesso dessas ações, mas disse que eles têm “total liberdade” para estipularem suas taxas e determinarem a quantidade de recursos a serem disponibilizados. Dos valores, R$ 10 bilhões virão do Banco do Brasil, R$ 10 bilhões da Caixa e, de acordo com Veiga, o valor no total já “está extrapolando os R$ 30 bilhões”.
Sobre as linhas de crédito, o secretário informou que os bancos decidiram colaborar com o governo “por acreditarem” no sucesso dessas ações, mas disse que eles têm “total liberdade” para estipularem suas taxas e determinarem a quantidade de recursos a serem disponibilizados. Dos valores, R$ 10 bilhões virão do Banco do Brasil, R$ 10 bilhões da Caixa e, de acordo com Veiga, o valor no total já “está extrapolando os R$ 30 bilhões”.
Segundo o secretário, os bancos sinalizaram
ao governo a sinalização em reduzir em até 30% suas taxas, mas esses
números, por uma questão de concorrência, serão anunciadas por cada um deles.
“Hoje está se consolidando um exemplo claro da interação entre o poder
público com a iniciativa privada. É a reivindicação de todos que faz o
país crescer”, disse Temer ao participar do evento.
Além do crédito e do chamado Simples
Exportação, o governo pretende criar o projeto Instituição Amiga
do Empreendedor, para possibilitar que universidades promovam atividades
de orientação, capacitação e assistência técnica a potenciais
empreendedores de micro e pequenos negócios.
Ao participar do evento, o pequeno
empreendedor Lourenço da Cunha citou as dificuldades dos empresários
iniciantes para se adaptarem às burocracias de abertura e regularização dos
seus negócios. “O projeto de capacitação vai nos ajudar bastante com essa
questão que não tinha naquela época”, disse, mencionando experiência em
que sua primeira empresa durou apenas um ano.
Ao parabenizar os empreendedores pela data,
o presidente Michel Temer disse que os “milhões de micro e pequenos
empresários transformam capacidade empreendedora em riqueza nacional”. “Os
senhores são os campeões nacionais do crescimento, os campeões nacionais
em emprego. O emprego é o mote principal do nosso governo”, disse.
Mercado
Segundo dados da Sempe, 52% dos empregos formais no país são gerados por
pequenos negócios, que representam atualmente 27% do PIB [Produto Interno
Bruno – a soma de todas as riquezas produzidas no país]. O governo avalia
que o empreendedorismo vem crescendo no Brasil devido a possuir um
mercado consumidor com 100 milhões de pessoas e ter jovens ocupando um
percentual de 52% das atividades.
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