Adcap Net 15/01/2020 - Intenção de Privatização, Militarização dos Correios e Postal Saúde em foco - Veja mais!
Funcionários dos Correios podem fazer paralisação no próximo dia 30, dizem sindicatos
Eles reivindicam melhores condições no plano de saúde que é oferecido
pela estatal; movimentação em prol da greve começou em novembro passado, após
liminar assinada por Toffoli
liminar assinada por Toffoli
Estadão
14 de janeiro de 2020
14 de janeiro de 2020
Os funcionários dos Correios estão
preparando uma paralisação para o próximo dia 30, conforme informado por
sindicatos ligados a estatal. O motivo são os novos valores do plano de saúde,
que a partir de fevereiro, já passam a ficar mais caros para os trabalhadores.
Segundo Marcos Alves,
vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios, ADCAP,
a ideia é que os sindicatos e organizações se reúnam ainda nas próximas semanas
para decidir. "Há ações na justiça, inclusive no próprio STF, que pedem
pela revisão dessa liminar aprovada pelo presidente do Supremo".
Ele também acrescenta que "até o
momento, ainda não há um retorno se as ações irão ser avaliadas em curto prazo
ou não. Se isso não acontecer, é natural que os trabalhadores partam para a
greve".
Alves também conta que, nesse meio tempo, os
funcionários da empresa têm sido "assediados diariamente com notas e
boletins, que dão um prazo limite para que eles aceitem as novas
condições". Segundo ele, a ação visa fazer com que os empregados da
estatal "abram mão do benefício", uma vez que "existem opções
particulares no mercado, muito mais baratas do que o preço que está sendo
cobrado pela empresa".
A liminar em questão foi aprovada por Dias
Toffoli em novembro de 2019, e derrubou um acordo feito na Seção de Dissídios
do Tribunal Superior do Trabalho, TST naquele ano. Na ocasião, ficou definido
que a estatal arcaria com 70% das despesas com plano de saúde, enquanto que o
funcionário precisaria pagar um restante de 30%.
O acordo do TST, que na época foi feito para
dar fim a uma greve iniciada em setembro, tinha como intuito derrubar uma outra
decisão dos Correios de 2018, na qual os funcionários começariam a arcar com
metade dos custos do plano de saúde, deixando na proporção de 50% para o
usuário do benefício e 50% para a empresa.
Com a decisão, as internações em caso de
doença também deixariam de ser pagas pela estatal. No entanto, com a liminar
aprovada por Toffoli, a antiga cobrança de 50% volta a valer agora em 2020,
para todos os funcionários da empresa que forem beneficiados pelo plano de
saúde.
Em nota divulgada no site, a Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Fentect, disse que que irá
fazer reuniões com os sindicatos já na próxima quarta-feira, 15, e também na
quinta, 16, para decidir como irão seguir com a questão.
No mesmo comunicado, a Fentec ainda aconselha
os funcionários das agências dos Correios "a não assinarem nada e muito
menos a sair do plano de saúde". O sindicato também disse que se as
decisões do STF forem mantidas, a categoria "aponta uma paralisação para o
dia 30/01/2020, caso a direção da empresa insista em manter este ataque".
"O plano de saúde é um aspecto vital
para os funcionários dos Correios, pois muitos dos trabalhadores não conseguem
arcar com esse gasto de forma particular", disse Alves. Nesse caso, como a
cobrança passaria a se iniciar já entre o final deste mês e o começo de
fevereiro, "há um grande desespero dos servidores", para que isso se
resolva antes, acrescentou o porta-voz.
O anúncio de uma possível greve vem em um
momento de grande indefinição para a empresa, que tem visto nos últimos meses
um grande aceno da equipe do governo em prol da privatização. Na terça-feira
passada, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que se pudesse,
"privatizaria os Correios hoje", mas que não o faria, pois não podia
"prejudicar os servidores".
No entanto, segundo Alves, não há uma ligação
direta entre a situação dos planos de saúde com uma possível privatização dos
Correios. Para o porta-voz, a decisão faz parte de um "crescente movimento
em prol de melhorias nos resultados anuais da empresa", e acompanha o
atual cenário de corte nos planos de saúde de boa parte das estatais.
Para vender Correios, governo avalia como resolver possível demissão de 40 mil servidores
Folha SP
Painel
15/01/2020
Painel
15/01/2020
Espólio de guerra Um dos pontos que o governo avalia para a
venda dos Correios é o que fazer com um contingente de cerca de 40 mil pessoas
que possivelmente vão perder o emprego com a privatização da estatal. Em
conversas reservadas, executivos de empresas privadas relataram que fariam o
mesmo serviço com praticamente a metade do quadro atual de 100 mil
funcionários. O governo não pretende absorver os demitidos –teme criar
precedente para os expurgos de estatais vendidas no futuro.
Herança maldita Outro complicador é o passivo de cerca de R$
11 bilhões deixado pelos governos passados no fundo de pensão Postalis e de R$
3 bilhões no plano de saúde dos funcionários. O governo avalia como tapar o
rombo e honrar o pagamento dos que ainda vão se aposentar. Uma das opções é
descontar do valor a receber, mas isso será definido no desenho da venda.
Deadline estendido Dada a complexidade e o impacto do tema, a
data prevista para a apresentação do formato de privatização ficou para o fim
de 2021.
Não entrega A quebra do monopólio dos Correios, como sugere Rodrigo
Maia (DEM-RJ), tem apoio no Executivo, mas a execução não é simples. A
avaliação é que alcançaria apenas o setor de cartas –nas entregas, o mercado é
aberto– e há dúvidas sobre se as empresas se interessarão em atuar fora dos
grandes centros urbanos.
Cargos O
imbróglio nos Correios por causa do aumento no peso do plano de saúde para os
funcionários teve um novo capítulo nesta terça (14). Segundo Marcos
Alves, vice-presidente da associação dos trabalhadores Adcap,
a Postal Saúde, que opera os planos de saúde dos profissionais, trocou o
presidente, elevando os custos da empresa.
Carta “Lamentamos
que, enquanto os trabalhadores são colocados para fora do plano de saúde porque
não têm como arcar com as novas mensalidades, a diretoria adota medidas que
elevam os custos administrativos”, diz Alves. Os Correios não comentam.
Enquanto não privatiza, Correios amplia cota de generais em seus quadros
Estatal está tomada por militares
Veja
15/01/2020
15/01/2020
Enquanto não
privatiza, os Correios continuam acolhendo militares nos seus quadros. Uma
repartição verde-oliva.
Foi empossado ontem
na presidência do Postal Saúde o general José Orlando Ribeiro Cardoso.
A cota só de generais
na estatal, assim, chega a quatro nomes, incluídos Floriano Peixoto
(presidente), Celso José Tiago (Diretoria de Governança) e Paulo Humberto de
Oliveira (no Postalis, fundo de pensão da empresa).
Além de dois coronéis
como assessores especiais da Presidência.
CTT reabrem loja de Melgaço mais de um ano depois do encerramento
Os CTT vão reabrir, dia 03 de fevereiro, a loja de Melgaço, no
distrito de Viana do Castelo, mais de um ano depois de ter sido encerrada,
anunciou hoje a empresa, acrescentando que a mesma vai funcionar no mesmo espaço.
Economia ao Minuto
14/01/2020
14/01/2020
Em comunicado, a empresa explicou que "o
último dia de funcionamento daquela loja cumpriu-se dia 26 outubro de
2018" e que "irá reabrir, no dia 3 de fevereiro, segunda-feira, no
mesmo local onde funcionava anteriormente, estando aberta nos dias úteis das
9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30".
Em comunicado, os CTT - Correios de Portugal
referem que "esta é a terceira loja em sede de concelho a ser reaberta, no
âmbito do compromisso público da empresa, tendo em vista o reforço da elevada
proximidade às populações e da capilaridade da rede, não procedendo, como já
foi tornado público, a novos encerramentos".
Em janeiro de 2019, a Autoridade Nacional de
Comunicações (ANACOM) exigiu aos CTT a apresentação de "uma proposta"
para que todos os concelhos do país tenham, "pelo menos, uma estação de
correios ou um posto de correios com características equivalentes às da
estação".
Além da reabertura agora anunciada, os CTT já
reabriram as lojas de Alpiarça, no distrito de Santarém e Vila Flor, no
distrito de Bragança.
.......
"Em Portugal, a população precisou ir às ruas para frear e
reverter o fechamento de agências postais. Aqui no Brasil, isso não é
necessário.
Basta que o governo federal deixe o pessoal dos Correios fazer seu
trabalho em paz e cuide do que é problema para os brasileiros, como saúde,
educação, segurança pública e emprego".
(ADCAP)
.......
Se privatizarem os Correios, você e as
empresas brasileiras terão que pagar mais caro pelos serviços postais, como
está acontecendo em Portugal depois da privatização do correio português.
Não se iluda com declarações falaciosas. Se
privatizarem, quem vai pagar a conta é toda a sociedade brasileira, incluindo
especialmente as empresas que dependem dos Correios para chegar a todos os
cantos do país. #TodosPelosCorreios
Direção Nacional da
ADCAP.
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