Governo descartou parceria com Correios para ajudar na crise do INSS
Assunto vinha sendo discutido até
final de 2019; de olho em privatizar, governo quer tirar protagonismo da
empresa
Veja / Radar
17/01/2020
17/01/2020
Antes do uso de militares da
reserva, o governo Bolsonaro descartou uma parceria com os Correios –
com agências em todo o país – para resolver o problema das filas do INSS. Esse
assunto estava sendo discutido há pelo menos dois anos dentro do governo, com
criação de Grupo de Trabalho e reuniões no Planalto. Mas empacou.
De olho em privatizar a empresa,
o governo quer tirar qualquer protagonismo da estatal.
O general Juarez Cunha,
ex-presidente da empresa e que foi demitido em 2019 por participar de “ato
sindicalista” com petistas na Câmara contra a privatização, defendia essa
parceria. Seria um contrato dos Correios com o INSS. O custo seria bem menor
que com os militares, pelas contas feitas.
Os Correios cobrariam, em média,
R$ 50,00 por atendimento ao segurado. O custo final até a regularização da
situação de todos os casos seria de R$ 100 milhões. Com os militares, que ainda
vão aprender a tarefa, o processo será mais longo e essa conta pode chegar a R$
400 milhões.
A parceria Correios-INSS seria
feita nos moldes da ECT com o DPVAT, na as agências atendiam os usuários do
seguro nos recônditos do país.
Registra-se que o INSS sempre
resistiu a dividir esse serviço e agora estão tendo que engolir os milicos de
pijama.
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