Correios suspendem
férias e horas extras para cortar gastos;
sindicatos criticam
Rádio Agência Nacional
22/03/2017
A
Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos anunciou novas medidas de corte de gastos para
reverter o prejuízo de R$ 4 bilhões acumulado nos últimos 2 anos.
Os Correios suspenderam a concessão de férias, de maio deste ano até abril do
ano que vem. A medida só vai poupar quem estiver com férias vencidas e, de
acordo com a empresa, representa uma economia de R$ 800 milhões no período.
A empresa vai cortar as horas extras para os empregados que eram convocados em
horário de repouso para reforçar a equipe. E rever ou suspender contratos de
trabalho temporário.
A Fentect, federação que representa 31 dos 36 sindicatos ligados aos Correios,
criticou as medidas e disse que os funcionários estão sendo penalizados. Para a
secretária de imprensa da Fentect, Suzy Costa, as ações fazem parte de um
projeto de desmonte dos Correios para justificar uma futura privatização.
A Fentect destaca que o público que usa os serviços postais será o maior
prejudicado pelo corte de gastos. Em nota, os Correios informaram que as
medidas não vão prejudicar os prazos de entrega ou a qualidade do serviço.
Em janeiro, os Correios cortaram funções comissionadas e anunciaram o
fechamento de pelo menos 250 agências em todo o país, em cidades com mais de 50
mil habitantes. 60 agências já baixaram as portas e os funcionários foram
remanejados. A empresa informou que mantém agências em todos os municípios do
país.
O corte de gastos nos Correios começou no ano passado, quando a empresa
suspendeu todos os patrocínios culturais e manteve apenas 20% dos patrocínios
esportivos. Os Correios patrocinam atletas de rugby, handebol, tênis e de
desportos aquáticos.
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