Dilma/Temer arrombaram
os Correios desviando R$ 3 bi
para pagar juros
Jornal Hora do Povo
O
presidente da Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos (ECT), Guilherme Campos, anunciou o fechamento de
250 agências em todo o Brasil. O fechamento das unidades faz parte do plano de
desmonte da estatal que há seis anos vem sendo implementado pelos governos
Dilma/Temer.
A pretexto de cobrir um suposto rombo de R$ 4 bilhões nos últimos dois anos, os
privatistas de plantão apresentaram, além do fechamento de agências, um plano de
demissão voluntária para 5 mil funcionários e cortes de funções, e a revisão da
política de universalização dos serviços postais, que garante a presença da
empresa 100% estatal em todos os municípios do país. Atualmente, os Correios
contam com 6.470 agências próprias e outras milhares de agências comunitárias e
postos de coleta. Nesse processo de desmonte, cerca de mil agências foram
“franqueadas”.
Segundo auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), o Conselho de
Administração e a direção dos Correios não tomaram as medidas necessárias para
evitar a dilapidação do patrimônio da empresa, quando em 2011 manifestava
tendência de queda no lucro operacional.
O governo Dilma não só não tomou as medidas para evitar a dilapidação, como
contribuiu para isso saqueando dos cofres da estatal bilhões de recursos do
povo para pagar juros a bancos e demais rentistas.
“Somente em 2011, foi repassado o valor de R$ 1,7 bilhões. Assim, verifica-se
que já havia a possibilidade de se entrever que essa situação poderia causar um
impacto financeiro à empresa. Ainda assim, foram pagos mais R$ 1,2 bilhões,
somando-se os valores repassados em 2012 e 2013”, diz trecho da auditoria. Um
total de R$ 2,9 bilhões tirados dos Correios para pagar juros, reduzindo o
caixa da empresa de R$ 6 bilhões em 2011 para R$ 1,9 bilhão em 2015. No ano
passado, foram mais R$ 2 bilhões de prejuízos.
“A partir de 2011 os lucros operacionais da Empresa já apresentavam uma
tendência de queda, por conseguinte, a ECT (Correios) poderia ter exposto sua
posição econômica junto ao Tesouro Nacional, de forma a evitar elevados
montantes de repasses ou, ao menos, alertar o acionista das consequências
desfavoráveis que essas transferências poderiam causar”, diz trecho da
auditoria.
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