terça-feira, 21 de março de 2017

Dilma/Temer arrombaram os Correios desviando R$ 3 bi para pagar juros

Jornal Hora do Povo


O presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Guilherme Campos, anunciou o fechamento de 250 agências em todo o Brasil. O fechamento das unidades faz parte do plano de desmonte da estatal que há seis anos vem sendo implementado pelos governos Dilma/Temer.

A pretexto de cobrir um suposto rombo de R$ 4 bilhões nos últimos dois anos, os privatistas de plantão apresentaram, além do fechamento de agências, um plano de demissão voluntária para 5 mil funcionários e cortes de funções, e a revisão da política de universalização dos serviços postais, que garante a presença da empresa 100% estatal em todos os municípios do país. Atualmente, os Correios contam com 6.470 agências próprias e outras milhares de agências comunitárias e postos de coleta. Nesse processo de desmonte, cerca de mil agências foram “franqueadas”. 

Segundo auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), o Conselho de Administração e a direção dos Correios não tomaram as medidas necessárias para evitar a dilapidação do patrimônio da empresa, quando em 2011 manifestava tendência de queda no lucro operacional. 

O governo Dilma não só não tomou as medidas para evitar a dilapidação, como contribuiu para isso saqueando dos cofres da estatal bilhões de recursos do povo para pagar juros a bancos e demais rentistas. 

“Somente em 2011, foi repassado o valor de R$ 1,7 bilhões. Assim, verifica-se que já havia a possibilidade de se entrever que essa situação poderia causar um impacto financeiro à empresa. Ainda assim, foram pagos mais R$ 1,2 bilhões, somando-se os valores repassados em 2012 e 2013”, diz trecho da auditoria. Um total de R$ 2,9 bilhões tirados dos Correios para pagar juros, reduzindo o caixa da empresa de R$ 6 bilhões em 2011 para R$ 1,9 bilhão em 2015. No ano passado, foram mais R$ 2 bilhões de prejuízos.

“A partir de 2011 os lucros operacionais da Empresa já apresentavam uma tendência de queda, por conseguinte, a ECT (Correios) poderia ter exposto sua posição econômica junto ao Tesouro Nacional, de forma a evitar elevados montantes de repasses ou, ao menos, alertar o acionista das consequências desfavoráveis que essas transferências poderiam causar”, diz trecho da auditoria. 

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