Os brasileiros da grande São Paulo e da pequena Serra da Saudade (foto) têm um ponto em comum em suas vidas: todos já contam com um serviço postal presente e próximo. E assim acontece em praticamente todo o Brasil, incluindo os municípios localizados na Amazônia ou em outros estados da Região Norte, com severas dificuldades de acesso.
O custo da universalização do serviço postal brasileiro, ou seja, dessa presença capilarizada em todo o país, alcança algo como R$ 6 bilhões de reais por ano e é totalmente bancado pelos Correios. A imensa maioria das agências postais custa mais do que arrecada, mas é mantida para assegurar a prestação do serviço à população. A lógica aplicada nesse tema nada tem a ver com exploração econômica, mas sim com prestação de serviço público e inclusão social e econômica da população.
Em mãos privadas, como ficará essa situação? Como agirão os novos proprietários dos Correios numa eventual privatização quando virem que uma agência dos Correios, por mais econômica que seja, produz de receita apenas uma pequena fração do que custa?
Não é difícil saber. É só observar o que aconteceu, por exemplo, em Portugal. Após a privatização, as tarifas subiram muito, agências foram fechadas e pessoal demitido, de forma que o serviço ficou mais caro e pior, mas capaz de assegurar bons dividendos aos compradores.
Na Argentina, então, a situação foi ainda pior e os argentinos se arrependem amargamente de terem perdido seu correio público, enquanto é decretada a falência do correio privatizado.
O Brasil não pode regredir no que já alcançou. O serviço postal é uma grande conquista dos brasileiros, que contam com um serviço similar aos oferecidos nos países do primeiro mundo e, melhor, mais em conta. Isso não pode ser colocado em risco para beneficiar especuladores e banqueiros.
Os municípios brasileiros não podem assistir passivos essa iniciativa lesa-pátria patrocinada pelo governo federal, pois o risco de terem seus cidadãos e suas economias prejudicadas é concreto.
ADCAP – Associação dos Profissionais dos Correios
Trabalhemos Correios 42 anos e tudo o que vi foi políticos se apossarem, administradores postais, sindicatos 27, acfs, bancos postais tudo Isso para mim já era o mais perverso meio de privatização pois sem controle do estado. Pago ao postalis por um roubo que não cometi. E foram ess4s agrupamentos que citei os responsáveis pela derrocada da empresa, todos querendo seu lote e os servidores simples no meio dessa cachorrada indefesos. Até o sistema de saúde implante do que eta acima de bom foi sugado por meliantes que estenderam os benefícios por orientação política a quem não tinha direito. Onerou quebrou. Vocês de fora não sabem o que se trabalhar sabendo que a empresa está indo para o lixo é sem poder fazer nada.
ResponderExcluirPor princípio estou seguro de que governo não é empresário. Não é para cuidar de empresa. Isso é o pai e a mãe da corrupção.