Correios: Sindicalistas defendem esgotar diálogo com a empresa
Vermelho
21 de setembro de 2017
21 de setembro de 2017
A Federação Interestadual dos Trabalhadores e
Trabalhadoras dos Correios (FINDECT), que movimenta mais de 75% do fluxo
operacional dos Correios, reafirmou a posição de
manter a negociação com a empresa, com o prazo limite para apresentação da
proposta até esta quinta-feira (21).
Em respeito às lutas e conquistas históricas
da categoria, a Findect tem participado das negociações para o Acordo Coletivo
de Trabalho, em Brasília, representando trabalhadores de todo o país.
José Aparecido Gandara, presidente da Findect,
defende a necessidade de ouvir a íntegra da proposta de Acordo Coletivo de
Trabalho (ACT) 2017/2018 para, a partir disso, realizar assembleias, marcadas
para o dia 26 de setembro. A ECT apresentou apenas uma parte da proposta.
Gandara, diz que vai dialogar com serenidade e inteligência, em defesa dos
benefícios e melhores condições para os trabalhadores. “Não aceitaremos
retirada de direitos e benefícios dos funcionários. Por isso, estamos
negociando. Se não houver uma proposta que contemple os interesses da
categoria, aí sim, a greve será inevitável”, disse Gandara.
De acordo com o calendário das negociações,
nesta quinta-feira (21) a empresa deve apresentar a proposta final. “Nós não
podemos abrir mão do direito de negociar. Nosso Acordo Coletivo é histórico, e
decretar uma greve sem esgotar o calendário proposto pode levar ao dissídio no
TST. E sabemos que a decisão por lá não vai ser boa para os Trabalhadores”,
afirma Gandara.
Para Ronaldo Martins, secretário Geral da
Findect e presidente do Sintect-RJ, é preciso ter responsabilidade quando se
está a frente, representando a categoria. “Entendemos que é um momento difícil
para os trabalhadores, com a chegada da Reforma Trabalhista. Nós precisamos ter
responsabilidades nas ações para que não ocorra perda de direitos. O primeiro
passo da responsabilidade é manter o prazo acordado desde o início da campanha
. Nós vamos ouvir, se não houver uma proposta adequada, nós encaminharemos a
decisão para a assembleia dia 26”, afirmou.
Vice-presidente da Findect e presidente do
Sintect-SP, Elias Cesário (Diviza), afirma que a categoria não pode deixar a
decisão final para os representantes deste governo patronal. “Nós estamos
negociando em nome de todos os Ecetistas, não abandonamos o barco! Vamos
negociar até o fim para não prejudicar os Trabalhadores com uma greve que pode
ser considerada abusiva”.
Em estado de greve desde o dia 05 de
setembro, tralhadores e trabalhadoras filiados à Findect (São Paulo, Rio de
Janeiro, Bauru, Maranhão e Tocantins) voltam a se reunir em assembleia no dia
26, para avaliar a proposta da empresa e decidir os rumos da campanha
salarial.
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