quarta-feira, 20 de setembro de 2017

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS
2017/2018

Neste momento em que as negociações relativas ao Acordo Coletivo 2017/2018 estão ocorrendo, a ADCAP, embora novamente excluída do processo, manifesta sua posição.

Vivenciamos hoje nos Correios um cenário caótico de gestão. Mais uma reestruturação mal elaborada, mal liderada e mal implementada vai paralisando, novamente a Empresa. O próprio Presidente fala mal dos negócios da Empresa, potencializando as críticas da concorrência. E as indicações políticas correm à solta, comandadas diretamente pelo dirigente máximo da organização, numa demonstração inequívoca de que o partido de plantão – o PSD – como outros que por aqui passaram, se sente dono dos Correios, para fazer por aqui o que bem entendem, privilegiando correligionários e apadrinhados.

Os resultados desse quadro não poderiam ser outros. A Empresa caminha para ostentar o pior resultado financeiro de sua história, apesar de toda a penúria imposta às unidades. Faltam carteiros, atendentes e outros profissionais, em decorrência da ausência de concurso público. E sobram caros indicados políticos, nos gabinetes da administração central, na CorreiosPar e na Postal Saúde.

Neste contexto, nossa expectativa quanto às negociações trabalhistas não é boa. Precisaríamos de lideranças no comando da organização que estivessem legitimamente imbuídas de interesse no desenvolvimento da Empresa e não de caciques políticos ou seus apadrinhados, cujos interesses nunca são convergentes com os empresariais.

Apesar deste contexto adverso, a ADCAP registra que, com relação às discussões do acordo coletivo, considera haver dois pontos fundamentais que deveriam ser considerados, antes de qualquer outra coisa:
  1. Se a Empresa não pode ampliar/aprimorar benefícios, como seria desejável, que mantenha todos os benefícios já conquistados.
     
  2. Que não haja privilégios para quaisquer conjuntos de trabalhadores, pois todos são empregados da Empresa, e que o percentual de reajuste salarial seja isonômico.
A ADCAP permanecerá defendendo suas tradicionais bandeiras, especialmente às da profissionalização da gestão e do fim do aparelhamento político-partidário dos Correios, em todos os fóruns em que tiver assento. E espera que as representações das Federações saibam conduzir bem suas interlocuções com a Empresa alusivas ao acordo coletivo, representando não só uma parte dos ecetistas mas sim todos eles.


Direção Nacional da ADCAP.

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