Servidores param o triplo do tempo de celetistas
FOLHA DE S. PAULO
5/9/17
De todas as horas paradas por causa de greves no Brasil em 2016, 75%
foram de servidores da administração pública ou de empresas estatais, aponta o
Dieese (departamento intersindical de estudos econômicos).
Já é tradicional que as paralisações de funcionários do Estado durem mais, pois
não há regulamentação de como elas devem ser.
Além de mais longas, no ano passado elas também foram mais numerosas —foram
1.100, contra 986.
Mesmo em empresas privadas, parte significativa das greves aconteceu em
concessionárias de serviços públicos, como transportes e saúde, diz Rodrigo
Linhares, responsável do Dieese por acompanhar o tema.
"Se isolarmos a iniciativa privada, houve uma diminuição razoável de
paralisações deflagradas", afirma ele.
Entre as motivações para as greves, houve um motivo que apareceu com mais
frequência: segurança.
"A violência urbana motivou movimentos de protestos entre bancários,
trabalhadores de transportes, da saúde e dos Correios."
A maioria (81%) das paralisações no ano passado foi considerada defensiva pelo
Dieese, ou seja, para manter condições que os funcionários tinham e temiam
perder.
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