terça-feira, 2 de maio de 2017

Em greve desde quinta-feira, trabalhadores dos Correios avaliam movimento

Diário de Pernambuco
02/05/2017

Em greve desde a quinta-feira passada, os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) avaliam nesta terça-feira a paralisação, que segue por tempo indeterminado. O comando de greve se reúne às 16h na sede do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos em Pernambuco (SINTECT-PE), no bairro de Santo Amaro, no Recife.

A categoria em Pernambuco decretou greve na última quarta-feira (26), em assembleia realizada no Clube Português e nas subsedes de Caruaru e Petrolina. Em nova assembleia, realizada na quinta-feira, a classe decidiu manter a mobilização grevista, que tem em torno de 50% de adesão dos trabalhadores em Pernambuco.

Os trabalhadores se mobilizam contra a precarização da mão de obra e dos serviços prestados pelos Correios, que não realiza um concurso público desde 2011, e o fechamento de agências. Eles também são contrários à cobrança de mensalidades no plano de saúde, o Postal Saúde (que poderia variar de R$ 600 a mais de R$ 2 mil, inviabilizando o acesso ao atendimento) e contra o cancelamento das férias já anunciado pela empresa até 2018. A categoria reivindica também melhores condições de trabalho, já que as agências têm sido constantemente alvo de assaltos em todo o país.

Sem avanço nas negociações -  Nesta segunda-feira, 1º de maio, a convite do presidente da ECT, Guilherme Campos, representantes dos trabalhadores estiveram reunidos no gabinete do diretor regional da DR/SPM para debater sobre a pauta de reivindicação dos trabalhadores. Segundo os sindicalistas, os trabalhadores devem rejeitar as propostas, que não contemplam os principais pontos da pauta e intensificam ainda o movimento paredista.
Seguem os pontos discutidos e as propostas da empresa, de acordo com o sindicato da categoria:


Sobre DDA, OAI, CDD Virtual e Centralizador: seriam suspensas novas implantações e criada uma comissão para avaliar os locais que já foram implantados.

Férias: seriam mantidas as férias nos meses de maio, junho e julho. O teto seria de R$ 3.500 e o valor que ultrapassasse, dividido em cinco vezes.

Dias parados: os dias de greve seria compensados até o dia 30 de maio e o dia 28 de abril seria descontado.Plano de saúde.

TST: a representação dos trabalhadores propôs a retirada, por parte da empresa, da mediação no TST, mas não houve acordo da empresa quanto a isso.

Fechamento de agências: a empresa que já anunciou o fechamento de mais de 200 agências, não teve acordo em recuar.

Demissão motivada: a empresa que admite estar sendo feito estudo sobre a questão e que foi noticiado pela imprensa a demissão de 20 à 25 mil concursados. Também sem avanço.

Auditoria nas contas da empresa, abertura dos livros contábeis, privatização e outros: sem avanços.

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