Correios têm lucro de R$ 111 milhões no 2º tri, melhor resultado desde 2014
IstoÉ
16/08/18
16/08/18
Os Correios fecharam o segundo
trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 111 milhões, melhor resultado da empresa
desde 2014 e mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.
No semestre, porém, a ECT ainda acumula um
prejuízo de R$ 120 milhões. Ainda assim, o desempenho é 91,7% melhor que o
contabilizado no primeiro semestre de 2017.Segundo Carlos Fortner, que assumiu
a presidência dos Correios em maio, deixando o comando da área de finanças da
estatal, a melhora no resultado se deve, em parte, ao aumento no transporte de
encomendas (18,2%), que apresenta maior margem de resultado financeiro. No
mesmo período, o segmento postal caiu 4,7%. As receitas operacionais do
primeiro semestre chegaram a R$ 9,2 bilhões, contra R$ 8,6 bilhões do mesmo
período do ano passado.
Em 2017, os Correios registraram um lucro
total de R$ 667 milhões, mas este resultado foi muito influenciado pela
inclusão de provisões ligadas a acordos na área de saúde, com impacto de cerca
de R$ 1 bilhão nas contas. Neste ano, esse benefício não existe.
“Neste ano, devemos mostrar lucro
operacional. Talvez não consigamos um balanço tão bom quanto o do ano passado,
mas quando expurgamos os resultados do acordo, já vemos uma melhora
significativa. Nosso objetivo é chegar ao fim do ano com as contas equilibradas
e tendência de crescimento. Creio que fecharemos no positivo”, disse.Em 2016, a
ECT fechou no vermelho, com prejuízo de R$ 1,48 bilhão. Em 2015, o saldo negativo
chegou a R$ 2,12 bilhões.
Entre o ano passado e este ano, os Correios
registraram cerca de 8 mil desligamentos por meio de seu programa de demissão
voluntária. Hoje a empresa possui cerca 106 mil funcionários. Fortner confirmou
que, até outubro, a estatal deve fechar 41 lojas próprias, que são “sombreadas”
por outras unidades da companhia.
Os Correios possuem cerca de 6 mil lojas
próprias em todo o País. A estratégia de fechar agências próprias como forma de
economizar diante da grave crise financeira vivida pela estatal foi antecipada
pelo jornal O Estado de S. Paulo. Com o fechamento de agências próprias, os
Correios economizam nos custos de manutenção ou aluguel dos imóveis e no
enxugamento do quadro de funcionários. “São situações que têm imóvel alugado,
custo fixo e que podem ser atendidas por outras unidades. Vamos mobilizar os
funcionários para outros postos. Só isso vai gerar uma economia de mais R$ 1,5
milhão por mês”, comentou.Já as agências franqueadas são selecionadas por meio
de uma oferta pública e remuneradas com um porcentual das receitas dos
serviços. Atualmente, são pouco mais de mil e oferecem quase todos os serviços
postais das agências próprias, mas não atuam como correspondentes bancários. Há
negociações para que os franqueados possam também oferecer serviços financeiros
por meio do Banco Postal. Até fim do ano, um edital deve ser publicado para
contratar “lojas modulares”, com instalação simplificada de balcões de
atendimento.
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